quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Oferta maciça de crédito que está permitindo à população satisfazer todas as suas necessidades, faz Silvio Santos acabar com o carnê do Baú






Um dos maiores símbolos do sonho de consumo dos brasileiros acabará até o fim do ano. O grupo Silvio Santos decidiu deixar de vender o carnê do Baú da Felicidade, que dá a seus portadores a oportunidade de concorrer mensalmente a prêmios — entre eles, a casa própria. A justificativa é simples: diante da oferta maciça de crédito no país, que está permitindo à população satisfazer todas as suas necessidades, incluindo a compra de um imóvel, o carnê deixou de seduzir a clientela.





Há mais de 50 anos no mercado, o Baú da Felicidade ficou conhecido pela população porque tinha como “garoto-propaganda” o apresentador Silvio Santos, que começou a montar seu império como camelô. Hoje, são 35 empresas com faturamento anual próximo de R$ 5 bilhões. Os carnês sempre foram apresentados como uma forma de poupança que garantia ao detentor, ao fim do pagamento, a possibilidade de levar uma série de mercadorias para casa, sobretudo eletrodomésticos.





Aposta em lojas





Diante da nova realidade econômica do país, o grupo SS mudou a estratégia do Baú da Felicidade. Em 2006, passou a apostar em lojas de varejo com a marca Baú. Hoje, são 127 pontos de venda em todo o país, que passaram a competir com grandes lojas de departamento, oferecendo produtos para o lar por meio de crediário. Em 2009, Silvio Santos chegou a cogitar a compra da rede Ponto Frio para aumentar o negócio, mas acabou sendo atropelado por Abílio Diniz, do Pão de Açúcar, que também levaria o controle das Casas Bahia.





Apesar dos quase três anos em que o grupo SS vem tocando o processo de encerramento dos carnês do Baú, ainda são realizadas cerca de três mil trocas mensais por produtos nas lojas da rede.CB

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