sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Vídeo mostra Arruda afirmando que dinheiro seria para Roriz pagar votos no TSE e no STF








Carlos Carone



carone@jornaldebrasilia.com.br







São poucos segundos, mas poucos e chocantes segundos. Um dos vídeos mais famosos da Operação Caixa de Pandora, no qual o ex-governador José Roberto Arruda recebe dinheiro do ex-secretário de Relações Institucionais Durval Barbosa, traz, nos últimos três segundos de filmagem, Arruda explicando que o dinheiro que acabara de receber serviria para o ex-governador Joaquim Roriz pagar votos supostamente comprados no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).







O Jornal de Brasília teve acesso ao relatório de transcrição de gravação, feito pela Polícia Federal, do vídeo produzido por Durval e analisado por peritos criminais. Passaram despercebidos os três segundos finais, nos quais Arruda fala para Durval – antes de a imagem ser cortada – o seguinte:







"Esse governador (Roriz) é uma parada! Esse negócio aqui... esse assunto aqui... é o seguinte... um dos votos do Supremo, do TSE".







De acordo com as investigações da PF, este encontro entre Arruda e Durval, no qual Roriz é mencionado, foi em 4 de setembro de 2006. No mês seguinte, Arruda foi eleito governador em primeiro turno. Segundo as investigações, a suposta compra de votos seria para evitar que Roriz tivesse o futuro mandato de senador cassado, após o escândalo que veio à tona com a Operação Aquarela, da Polícia Civil do DF.







A ação, que desmantelou um esquema de corrupção e acabou levando para cadeia o ex-presidente do Banco de Brasília (BRB), Tarcísio Franklin de Moura, respingava em Roriz, flagrado em uma interceptação telefônica negociando o desconto de um cheque de R$ 2,2 milhões.

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