quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Tracking Vox/Band/iG: Dilma mantém 55% dos votos válidos


A três dias da ida às urnas, cenário da disputa permanece estável na medição diária realizada pelo instituto

Rodrigo Rodrigues, iG São Paulo
30/09/2010 17:22

Faltando apenas três dias para as eleições, o cenário da disputa presidencial permanece estável, dando à candidata do PT, Dilma Rousseff, 55% dos votos válidos no tracking Vox Populi/Band/iG. A conta, que exclui os votos nulos e em branco, mantém a perspectiva de uma vitória da petista ainda no primeiro 1°turno, segundo o Vox Populi. Se a eleição fosse hoje, o tucano José Serra teria 29% dos votos válidos e a candidata do PV, Marina Silva, 13%.



Para vencer no primeiro turno, a candidata do PT precisa obter 50% dos votos válidos mais um.



Quando é analisado o total de intenções de voto, Dilma continua com 49%, mesmo patamar registrado nos últimos cinco dias. O candidato do PSDB, José Serra, aparece na segunda colocação, mantendo 26% da preferência do eleitorado, mesmo índice registrado na medição de ontem.



Marina também continuou com 12% das intenções de voto na medição de hoje, mesmo patamar do dia anterior. Os outros candidatos, juntos, alcançaram 1% dos entrevistados pelo instituto. Ainda segundo o Vox Populi, 4% dos entrevistados pretendem votar em branco no próximo domingo e 8% se declaram indecisos.



Cenário regional



No atual cenário, Dilma mantém dez pontos de vantagem em relação à soma de todos os adversários. O melhor cenário para a candidata petista é o Nordeste, onde ela tem 64% das preferências – contra 18% de Serra e 7% de Marina.





Termômetro da Política

Compare o desempenho de Dilma e Serra no Twitter

No Sudeste, onde Dilma chegou a ter 48% das intenções de voto há dez dias, o índice chega agora a 42%. Ela oscilou um ponto percentual positivo em relação a ontem, tirando um ponto da candidata do PV, Marina Silva, que oscilou de 16% para 15%.



O maior avanço de Dilma na comparação com a medição de ontem foi no Sul, onde ela passou de 46% para 49%, oscilando além da margem de erro. Nessa mesma região Serra passou de 36% para 32% e Marina se manteve com 6%.



O tracking Vox/Band/iG conta com 2.000 entrevistas, sendo que um quarto dessa amostra é renovada diariamente. A pesquisa é registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número 27.428/10.
STF: Gilmar Mendes e José Serra perderam




O STF retomou o julgamento da exigência de apenas 1 documento para votar, após o mal-estar generalizado causado por Gilmar Mendes, ao paralisar a votação, pedindo uma inexplicável vista do processo.



O assunto ganhou ares de crise institucional quando notícias de hoje, deram conta de que o ato de Gilmar, com forte conotação política, se deu após um telefonema de José Serra (PSDB), testemunhado por jornalistas.



Falou-se nos corredores do STF em impeachment (expulsão) de Gilmar Mendes do Supremo. Até a OAB manifestou-se contrariada.



Com isso, a votação foi retomada hoje, e Gilmar Mendes destoou de todos os demais, votando por manter dois documentos na eleição.



Celso de Mello foi o nono a votar, e acompanhou os outros 7 votos, defendendo o fim de dois documentos para votar.



O placar de 7 x 0 ontem já garantia com folga a decisão de que os eleitores que não encontrarem o título de eleitor, poderão votar com outro documento de identidade com foto (como já acontecia nas eleições passadas).



O pedido de vistas feito por Gilmar Mendes, soou como manobra para impedir a decisão de vigorar nas eleições de domingo. A retomada da votação desmanchou qualquer manobra.

A ESPERANÇA TEM QUE CONTINUAR

Plenária de apoiadores: Cabo Patrício emociona e motiva a todos




  • Valcir Araújo


  • Valcir Araújo


  • Valcir Araújo


  • Valcir Araújo


  • Na noite de terça-feira (28), o deputado Cabo Patrício se reuniu com seus apoiadores e militantes no auditório do PT Nacional. O encontro foi emocionante. Patrício relembrou a história de sua vida, descreveu detalhes das primeiras mobilizações de militares e destacou um dos principais diferenciais do seu mandato: trabalhar sempre com dignidade e transparência. “Se não for assim, não vale a pena”, afirmou.

    Patrício destacou também a importância desses últimos dias de campanha e falou sobre o cenário político ainda instável do DF. “Precisamos usar toda nossa energia nessa reta final para pedir votos. Sei que muitos de vocês estão cansados, mas o número de indecisos é muito grande”, ressaltou.

    Patrício aproveitou a oportunidade para agradecer pelo apoio de cada um dos presentes. “Todos são importantes. Esse projeto é de todos nós. Cada um constrói um pouco dele a cada dia. Obrigado!”, finalizou. Veja as fotos
    PESQUISA INSTITUTO O PARLAMENTO: DEPUTADOS DISTRITAIS


    Publicado em 29/09/2010 por Donny Silva



    O Instituto O Parlamento sondou ainda as intenções de votos para deputado distrital. O número de indecisos é de 58,49%. A ocupação na Câmara Legislativa do Distrito Federal depende da coligação dos partidos e da proporcionalidade dos votos, o que dificulta saber se exatamente os 24 primeiros citados pela amostragem serão os 24 a ocuparem as cadeiras da Casa, mas serve de norte para os eleitores e candidatos nesta reta final de campanha.



    Se as eleições fossem hoje, em quem você votaria para deputado distrital? A pergunta foi feita a 1802 pessoas em todo o Distrito Federal e as respostas foram de forma espontânea – ou seja, não havia o nome de nenhum candidato para escolha dos entrevistados.



    Lidera a corrida à Câmara Legislativa a candidata Liliane Roriz, com 1,78% dos votos. Em seguida, Eliana Pedrosa, com 1,55% e Olair Francisco, com 1,50% dos votos. Chico Leite seria o quarto eleito, com 1,39% dos votos. Brancos e Nulos, 1,44%.



    A pesquisa ouviu 1802 pessoas em todo o Distrito Federal entre os dias 25 e 26 de setembro de 2010. Está registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) com o número: 33.758/2010.



    Os 24 primeiros colocados



    Liliane Roriz 1,78%



    Eliana Pedrosa 1,55%



    Olair Francisco 1,50%



    Chico Leite 1,39%



    Arlete Sampaio 1,28%



    Doutor Charles 1,22%



    Agaciel Maia 1,22%



    Paulo Roriz 1,22%



    Chico Vigilante 1,17%



    Cabo Patrício 1,17%



    Alírio Neto 1,11%



    Campanella 1,11%



    Raad 1,05%



    Celina Leão 1,05%



    Benedito Domingos 1,05%



    Benício Tavares 1%



    Marco Lima 1%



    Wasny de Roure 1%



    Roney Nemer 1%



    Cristiano Araújo 0,94%



    Lunardi 0,94%



    Ezequiel Nascimento 0,94%



    Batista das Cooperativas 0,89%



    Guarda Jânio 0,89%



    Fonte: Blog do Lívio Di Araújo
    Sem Roriz, Agnelo fica mais perto de vitória no 1º turno




    Petista teria 52% dos votos válidos contra 36% de Weslian, diz Datafolha



    A primeira pesquisa Datafolha após a desistência do candidato Joaquim Roriz (PSC) e da indicação de sua mulher, Weslian Roriz (PSC), mostra a retomada da vantagem de Agnelo Queiroz (PT), que aumenta a chance de ser eleito governador do Distrito Federal no primeiro turno.Segundo pesquisa Datafolha realizada nos dias 28 e 29, Agnelo passou de 41% para 43%, enquanto Roriz caiu de 34% para 29%.



    Toninho (PSOL) cresceu mais dois pontos e chegou a 7% das intenções.Se considerados apenas os votos válidos, o petista teria 52%, e Roriz, 36%.Como a margem de erro é de três pontos percentuais, ele poderia ter entre 49% e 55%. Para vencer no primeiro turno, precisa ter mais de 50% dos votos válidos.A pesquisa revela também que Roriz caiu drasticamente nas citações espontâneas (quando os nomes dos candidatos não são mostrados ao entrevistado), passando de 30%, há uma semana, para 14%. Agnelo subiu de 33% para 36%.



    Como a desistência de Joaquim Roriz ocorreu após o prazo em que o Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal poderia trocar os dados do candidato na urna eletrônica e como Weslian se registrou como Roriz, o Datafolha manteve esse nome no cartão que é exibido aos entrevistados.



    No entanto, o instituto também mediu a intenção de voto para a candidata Weslian Roriz.

    Nesse segundo cenário, Agnelo teria 54% dos votos válidos, contra 31% de Weslian Roriz (44% a 25% se tomados os votos totais).Os dois Roriz também são os candidatos mais rejeitados no Distrito Federal. Enquanto 36% afirmam que não votariam de jeito nenhum em Joaquim Roriz, 26% rejeitam Weslian Roriz, e 23% rejeitam Agnelo.



    SENADO

    Na disputa pelo Senado, os candidatos Cristovam Buarque (PDT), com 48%, e Rodrigo Rollemberg (PSB), com 38%, mantêm a liderança e seriam eleitos senadores pela capital federal se as eleições fossem hoje.Em terceiro lugar aparecem empatados Alberto Fraga (DEM), com 24%, e Maria de Lourdes Abadia (PSDB), com 23%.



    Se tomados somente os votos válidos (brancos e nulos são excluídos, e a soma das intenções de voto é 100%, não 200%), Buarque teria 34%, Rollemberg, 27%, Fraga, 17%, e Abadia, 16%. Informações da Folha.
    Mudando para o vermelho


    Eleições 2010 em 29/09/2010 às 21:15



    Agnelo, Lins





    O candidato do PSL ao GDF, Newton Lins, anuncia esta noite a desistência de sua candidatura e o apoio da Coligação Quero Mudar ao candidato do PT, Agnelo Queiroz. O namoro de Lins com Agnelo vem acontecendo já há algum tempo. A decisão chegou a ser anunciada, mas, Newton Lins considerou precipitada a divulgação da notícia e negou a adesão à época. Preferiu torná-la pública apenas às vésperas do pleito. Lins, Agnelo e demais integrantes das duas chapas majoritárias estão reunidos no Lago Sul, de onde deve sair o anúncio oficial do apoio.
    Deu na Folha de S. Paulo


    Datafolha/DF - Agnello mais perto da vitória



    Sem Roriz, Agnelo fica mais perto de vitória no 1º turno



    Petista teria 52% dos votos válidos contra 36% de Weslian, diz Datafolha



    A primeira pesquisa Datafolha após a desistência do candidato Joaquim Roriz (PSC) e da indicação de sua mulher, Weslian Roriz (PSC), mostra a retomada da vantagem de Agnelo Queiroz (PT), que aumenta a chance de ser eleito governador do Distrito Federal no primeiro turno.



    Segundo pesquisa Datafolha realizada nos dias 28 e 29, Agnelo passou de 41% para 43%, enquanto Roriz caiu de 34% para 29%.



    Toninho (PSOL) cresceu mais dois pontos e chegou a 7% das intenções.



    Se considerados apenas os votos válidos, o petista teria 52%, e Roriz, 36%.



    Como a margem de erro é de três pontos percentuais, ele poderia ter entre 49% e 55%. Para vencer no primeiro turno, precisa ter mais de 50% dos votos válidos.



    A pesquisa revela também que Roriz caiu drasticamente nas citações espontâneas (quando os nomes dos candidatos não são mostrados ao entrevistado), passando de 30%, há uma semana, para 14%. Agnelo subiu de 33% para 36%.



    Como a desistência de Joaquim Roriz ocorreu após o prazo em que o Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal poderia trocar os dados do candidato na urna eletrônica e como Weslian se registrou como Roriz, o Datafolha manteve esse nome no cartão que é exibido aos entrevistados.



    No entanto, o instituto também mediu a intenção de voto para a candidata Weslian Roriz.



    Nesse segundo cenário, Agnelo teria 54% dos votos válidos, contra 31% de Weslian Roriz (44% a 25% se tomados os votos totais).



    Os dois Roriz também são os candidatos mais rejeitados no Distrito Federal. Enquanto 36% afirmam que não votariam de jeito nenhum em Joaquim Roriz, 26% rejeitam Weslian Roriz, e 23% rejeitam Agnelo.



    Assinante do jornal leia mais em Sem Roriz, Agnelo fica mais perto de vitória no 1º turno
    Deu na Folha de S. Paulo


    Dilma para de cair e segundo turno é incerto



    Candidata do PT tem 52% dos votos válidos, contra 48% de todos os demais presidenciáveis, aponta Datafolha



    Serra oscila 1 ponto para baixo e Marina mantém índices; petista mostra recuperação em alguns dos estratos e regiões



    Fernando Canzian



    A candidata à Presidência da República Dilma Rousseff (PT) conseguiu estancar a tendência de perda de intenções de voto dos últimos 20 dias e mantém seu favoritismo na atual disputa eleitoral.



    Segundo pesquisa nacional do Datafolha, encomendada pela Folha e pela Rede Globo e realizada ontem e anteontem com 13.195 eleitores, Dilma oscilou positivamente um ponto em relação ao último levantamento e tem 52% dos votos válidos na projeção para o primeiro turno.



    Seu principal adversário, José Serra (PSDB), oscilou um ponto para baixo e tem hoje 31% dos votos válidos. Marina Silva (PT) também variou negativamente um ponto, e está com 15%.



    A soma dos adversários de Dilma é de 48% dos válidos. Ela precisa de 50% mais um voto para vencer domingo.



    Como a margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, é impossível afirmar com segurança que não haverá segundo turno.



    Considerando essa margem, Dilma pode, em seus limites, vencer com cerca de 54% dos votos válidos ou ter de enfrentar outra rodada eleitoral em 31 de outubro.



    No último levantamento do Datafolha, realizado na segunda-feira, Dilma havia perdido apoio ou oscilado negativamente em todos os estratos da população.



    Essa queda parece ter estancado. Dilma chegou a se recuperar no Sul, entre os eleitores de 35 a 59 anos e entre os que ganham entre dois e cinco salários mínimos (R$ 1.020 e R$ 2.550) - faixa em que tinha perdido mais votos no levantamento anterior.



    A petista também oscilou positivamente, dentro da margem de erro, em vários estratos da população, como entre eleitores com ensino fundamental e do Sudeste.



    "Ao menos momentaneamente, Dilma parou sua tendência de perda de votos", afirma o diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino.



    Antes da divulgação da quebra de sigilo fiscal de tucanos e da demissão da ex-braço direito de Dilma na Casa Civil, a ex-ministra Erenice Guerra, a petista chegou a ter 57% dos votos válidos.



    Duas semanas depois dos escândalos, Dilma caiu para 51%, perdendo nacionalmente cerca de 6 milhões de votos no período. Agora, a candidata oscila positivamente para 52%.



    Na simulação de segundo turno, a petista oscilou positivamente um ponto. Passou de 52% para 53%. O tucano manteve seus 39%.



    Sobre o conhecimento do número dos candidatos, 55% acertam os algarismos e 40% admitem desconhecê-los.



    No caso de Marina, apenas 39% citam corretamente o seu número.



    No de Dilma, 64%; e no de Serra, 53%.
    Deu na Folha de S. Paulo


    Após falar com Serra, Mendes para sessão



    Ministro do STF adiou julgamento que pode derrubar exigência de dois documentos na hora de votar, pedida pelo PT



    Candidato e ministro negam conversa, que foi presenciada pela Folha; julgamento sobre se lei vale continuará hoje



    Moacyr Lopes Junior e Catia Seabra



    Após receber uma ligação do candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes interrompeu o julgamento de um recurso do PT contra a obrigatoriedade de apresentação dos dois documentos na hora de votar.



    Serra pediu que um assessor telefonasse para Mendes pouco antes das 14h, depois de participar de um encontro com representantes de servidores públicos em São Paulo.



    A solicitação foi testemunhada pela Folha.



    No fim da tarde, Mendes pediu vista (mais prazo para análise), adiando o julgamento. Sete ministros já haviam votado pela exigência de apresentação de apenas um documento com foto, descartando a necessidade do título de eleitor.



    A obrigatoriedade da apresentação de dois documentos é apontada por tucanos como um fator a favor de Serra e contra sua adversária, Dilma Rousseff (PT). A petista tem o dobro da intenção de votos de Serra entre os eleitores com menos escolaridade.



    A lei foi aprovada com apoio do PT e depois sancionada por Lula, sem vetos.



    Ontem, após pedir que o assessor ligasse para o ministro, Serra recebeu um celular das mãos de um ajudante de ordens, que o informou que Mendes estava na linha.



    Ao telefone, Serra cumprimentou o interlocutor como "meu presidente". Durante a conversa, caminhou pelo auditório. Após desligar, brincou com os jornalistas: "O que estão xeretando?"



    Depois, por meio de suas assessorias, Serra e Mendes negaram a existência da conversa.



    Para tucanos, a exigência da apresentação de dois documentos pode aumentar a abstenção nas faixas de menor escolaridade.



    Temendo o impacto sobre essa fatia do eleitorado, o PT entrou com a ação pedindo a derrubada da exigência.



    O resultado do julgamento já está praticamente definido, mas o seu final depende agora de Mendes.



    Se o Supremo não julgar a ação a tempo das eleições, no próximo domingo, continuará valendo a exigência.



    À Folha, o ministro disse que pretende apresentar seu voto na sessão de hoje.
    Deu na Folha de S. Paulo


    Após falar com Serra, Mendes para sessão



    Ministro do STF adiou julgamento que pode derrubar exigência de dois documentos na hora de votar, pedida pelo PT



    Candidato e ministro negam conversa, que foi presenciada pela Folha; julgamento sobre se lei vale continuará hoje



    Moacyr Lopes Junior e Catia Seabra



    Após receber uma ligação do candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes interrompeu o julgamento de um recurso do PT contra a obrigatoriedade de apresentação dos dois documentos na hora de votar.



    Serra pediu que um assessor telefonasse para Mendes pouco antes das 14h, depois de participar de um encontro com representantes de servidores públicos em São Paulo.



    A solicitação foi testemunhada pela Folha.



    No fim da tarde, Mendes pediu vista (mais prazo para análise), adiando o julgamento. Sete ministros já haviam votado pela exigência de apresentação de apenas um documento com foto, descartando a necessidade do título de eleitor.



    A obrigatoriedade da apresentação de dois documentos é apontada por tucanos como um fator a favor de Serra e contra sua adversária, Dilma Rousseff (PT). A petista tem o dobro da intenção de votos de Serra entre os eleitores com menos escolaridade.



    A lei foi aprovada com apoio do PT e depois sancionada por Lula, sem vetos.



    Ontem, após pedir que o assessor ligasse para o ministro, Serra recebeu um celular das mãos de um ajudante de ordens, que o informou que Mendes estava na linha.



    Ao telefone, Serra cumprimentou o interlocutor como "meu presidente". Durante a conversa, caminhou pelo auditório. Após desligar, brincou com os jornalistas: "O que estão xeretando?"



    Depois, por meio de suas assessorias, Serra e Mendes negaram a existência da conversa.



    Para tucanos, a exigência da apresentação de dois documentos pode aumentar a abstenção nas faixas de menor escolaridade.



    Temendo o impacto sobre essa fatia do eleitorado, o PT entrou com a ação pedindo a derrubada da exigência.



    O resultado do julgamento já está praticamente definido, mas o seu final depende agora de Mendes.



    Se o Supremo não julgar a ação a tempo das eleições, no próximo domingo, continuará valendo a exigência.



    À Folha, o ministro disse que pretende apresentar seu voto na sessão de hoje.
    Cristovam e Rollemberg lideram disputa pelo Senado no DF





    Cristovam Buarque (PDT), com 48%, e Rodrigo Rollemberg (PSB), com 38%, mantêm a liderança e seriam eleitos senadores pelo DF se as eleições fossem hoje.



    Em terceiro lugar aparecem empatados Alberto Fraga (DEM), com 24%, e Maria de Lourdes Abadia (PSDB), com 23%.



    Se tomados apenas os votos válidos (brancos e nulos são excluídos, e a soma dá 100%, não 200%), Buarque teria 34%, Rollemberg, 27%, Fraga, 17%, e Abadia, 16%.



    A margem de erro máxima da pesquisa é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.



    Foram ouvidos 1.087 eleitores do DF.



    Contratada pela Folha e pela Rede Globo, a pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral com o número 33.188/2010.



    + Notícias sobre eleições
    30/09/2010 - 01h15


    Agnelo recupera vantagem sobre Roriz no DF, aponta Datafolha


    DE SÃO PAULO



    A primeira pesquisa Datafolha após a desistência do candidato Joaquim Roariz (PSC) e da indicação de sua mulher, Weslian Roriz (PSC), mostra a retomada da vantagem de Agnelo Queiroz (PT), que aumenta a chance de ser eleito governador do Distrito Federal no primeiro turno.



    Segundo pesquisa Datafolha realizada nos dias 28 e 29, Agnelo passou de 41% para 43%, enquanto Roriz caiu de 34% para 29%. Toninho (PSOL) cresceu mais dois pontos e chegou a 7%.



    Se considerados apenas os votos válidos, o petista teria 52%, e Roriz, 36%.







    Como a margem de erro é de três pontos percentuais, ele poderia ter entre 49% e 55%. Para vencer no primeiro turno, precisa ter mais de 50% dos votos válidos.



    A pesquisa revela também que Roriz caiu drasticamente nas citações espontâneas (o nome do candidato não é mostrado ao entrevistado), passando de 30%, há uma semana, para 14%. Agnelo subiu de 33% para 36%.



    Como a desistência de Joaquim Roriz ocorreu após o prazo em que o Tribunal Regional Eleitoral do DF poderia trocar os dados do candidato na urna eletrônica e como Weslian se registrou como Roriz, o Datafolha manteve esse nome no cartão exibido aos entrevistados.



    No entanto, o instituto também mediu a intenção de voto para a candidata Weslian Roriz. Nesse segundo cenário, Agnelo teria 54% dos votos válidos, contra 31% de Weslian Roriz (44% a 25% se tomados os votos totais).



    O casal Roriz também são os candidatos mais rejeitados no Distrito Federal. Enquanto 36% afirmam que não votariam de jeito nenhum em Joaquim Roriz, 26% rejeitam Weslian Roriz, e 23% rejeitam Agnelo.



    Foram ouvidos 1.087 eleitores do DF. Contratada pela Folha e pela Rede Globo, a pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral com o número 33.188/2010.

    Datafolha começa a ajustar sua curva ao vox populi

    Começa ficar difícil malhar os números quando é 5ª feira e as urnas serão abertas no domingo.



    O Datafolha de hoje (pesquisado nos dias 28 e 29) já mostrou Dilma subindo 1 ponto, e Serra e Marina caindo 1 (nos votos válidos), em relação à pesquisa de 2ª feira.



    A Folha, diz que Dilma "parou de cair". Se ler o texto diz que ela "se recuperou" em vários segmentos:



    ... Dilma chegou a se recuperar no Sul, entre os eleitores de 35 a 59 anos e entre os que ganham entre dois e cinco salários mínimos (R$ 1.020 e R$ 2.550) --faixa em que tinha perdido mais votos no levantamento anterior.



    A petista também oscilou positivamente, dentro da margem de erro, em vários estratos da população, como entre eleitores com ensino fundamental e do Sudeste.
    Dilma para de cair, tem 4 pontos a mais que soma dos rivais e 2º turno é incerto




    FERNANDO CANZIAN

    DE SÃO PAULO



    A candidata à Presidência da República Dilma Rousseff (PT) conseguiu estancar a tendência de perda de intenções de voto dos últimos 20 dias e mantém seu favoritismo na atual disputa eleitoral.



    Segundo pesquisa nacional do Datafolha, encomendada pela Folha e pela Rede Globo e realizada ontem e anteontem com 13.195 eleitores, Dilma oscilou positivamente um ponto em relação ao último levantamento e tem 52% dos votos válidos na projeção para o primeiro turno.







    Seu principal adversário, José Serra (PSDB), oscilou um ponto para baixo e tem hoje 31% dos votos válidos. Marina Silva (PV) também variou negativamente um ponto, e está com 15%.





    A soma dos adversários de Dilma é de 48% dos válidos. Ela precisa de 50% mais um voto para vencer domingo.



    Como a margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, é impossível afirmar com segurança que não haverá segundo turno.



    Considerando essa margem, Dilma pode, em seus limites, vencer com cerca de 54% dos votos válidos ou ter de enfrentar outra rodada eleitoral em 31 de outubro.



    No último levantamento do Datafolha, realizado na segunda-feira, Dilma havia perdido apoio ou oscilado negativamente em todos os estratos da população.



    Essa queda parece ter estancado. Dilma chegou a se recuperar no Sul, entre os eleitores de 35 a 59 anos e entre os que ganham entre dois e cinco salários mínimos (R$ 1.020 e R$ 2.550) --faixa em que tinha perdido mais votos no levantamento anterior.



    A petista também oscilou positivamente, dentro da margem de erro, em vários estratos da população, como entre eleitores com ensino fundamental e do Sudeste.



    MOVIMENTOS



    "Ao menos momentaneamente, Dilma parou sua tendência de perda de votos", afirma o diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino.



    Antes da divulgação da quebra de sigilo fiscal de tucanos e da demissão da ex-braço direito de Dilma na Casa Civil, a ex-ministra Erenice Guerra, a petista chegou a ter 57% dos votos válidos.



    Duas semanas depois dos escândalos, Dilma caiu para 51%, perdendo nacionalmente cerca de 6 milhões de votos no período. Agora, a candidata oscila positivamente para 52%.



    Na simulação de segundo turno, a petista oscilou positivamente um ponto. Passou de 52% para 53%. O tucano manteve seus 39%.



    Sobre o conhecimento do número dos candidatos, 55% acertam os algarismos e 40% admitem desconhecê-los.



    No caso de Marina, apenas 39% citam corretamente o seu número. No de Dilma, 64%; e no de Serra, 53%.



    O percentual de indecisos é de 6%, e outros 3% votarão em branco ou nulo. Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) teve 1% das intenções dos votos. Os demais candidatos, juntos, não atingiram 1%.



    A margem de erro da pesquisa Datafolha, feita nos dias 28 e 29 deste mês, é de dois pontos para mais ou para menos. Foram ouvidos 13.195 eleitores em 480 municípios.



    O número do registro no Tribunal Superior Eleitoral é o 33119/2010.

    quarta-feira, 29 de setembro de 2010

    Vox Populi/Band/iG: Dilma mantém 55% dos votos válidos


    Serra alcança, pela primeira vez, 26% das intenções de votos; Marina mantém 12% e Dilma, com 49%, venceria no primeiro turno

    Matheus Pichonelli, iG São Paulo
    29/09/2010 17:28

    A candidata petista à Presidência, Dilma Rousseff, mantém a dianteira sobre os adversários na corrida para a sucessão e seria eleita, no próximo domingo, com 55% dos votos válidos (excluídos os votos nulos e em branco), aponta o mais recente tracking Vox Populi/Band/iG.



    Na medição do instituto, publicada nesta quarta-feira, ela aparece, pelo quarto dia consecutivo, com 49% das intenções de voto quando é considerada a totalidade dos votos, incluindo brancos e nulos. O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, alcançou, pela primeira vez desde o início da medição, 26% das preferências – há 20 dias, ele tinha 21%, seu pior índice na pesquisa. Marina Silva (PV) segue com 12%, enquanto os outros candidatos, como Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) têm, juntos, 1%.



    Com este cenário, Dilma mantém dez pontos de vantagem em relação à soma de todos os adversários. Para vencer no primeiro turno, a candidata precisa obter 50% dos votos mais um. Se considerados apenas os votos válidos, Serra teria hoje 29% e Marina, 13%.



    O tracking aponta também que 9% dos eleitores não sabem ou não responderam em quem pretendem votar no próximo domingo. Votos brancos e nulos somam 3%. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.



    O melhor cenário para a candidata petista é o Nordeste, onde ela tem 64% das preferências – contra 18% de Serra e 7% de Marina. No Sudeste, onde Dilma chegava a ter 48% das intenções de voto há dez dias, o índice chega agora a 41%. É o pior desempenho da petista entre todas as regiões. Ela aparece à frente dos adversários, no entanto, em todas as áreas pesquisadas.



    Serra tem o melhor cenário no Sul, onde alcança 36% dos votos. No Sudeste, Norte e Centro Oeste a candidata do PV chega a 16% das preferências, sua melhor pontuação entre as regiões.



    Na pesquisa espontânea, quando o nome dos candidatos não é apresentado ao eleitor, Dilma tem 42% (um a menos do que na véspera), contra 23% de Serra e 10% de Marina (ambos têm um ponto a mais do que no dia anterior).



    O tracking Vox/Band/iG conta com 2.000 entrevistas, sendo que um quarto dessa amostra é renovada diariamente. A pesquisa é registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número 27.428/10.
    ELEIÇÕES 2010




    E as pesquisas, hein???



    Do blog Via Ana d‘Angelo



    Não durou um dia a conclusão da pesquisa do Datafolha de que diminuiu bastante a diferença da canddiata Dilma para os demais candidatos. Marina de fato cresceu nas últimas duas semanas, pois tinha entre 9% e 10% e agora aparece com uns 12%. Mas Dilma tem entre 47,5% e 50% em três institutos de pesquisa. Só o Datafolha apontou índice menor para a petista, 46%, e maiores para Serra (28%) e Mariana (14%). Já conforme os dados do levantamento CNT/Sensus, se Dilma tem 47,5%, a candidata do PV conta com apenas 11,5% das intenções de voto e Serra, 25%, o que resulta em margem folgada de votos válidos (excluídos os nulos e em branco) para Dilma. Mas vai: tem sempre a margem de erro, de dois ou três pontos para cima ou para baixo, para que justifiquem as diferenças.



    CNI/Ibope (divulgada hoje)

    Dima: 50% (55% dos votos válidos)

    Serra: 27%

    Marina:13%



    Tracking Vox/Band/iG (divulgada ontem)

    Dima: 49% (55% dos votos válidos)

    Serra: 25%

    Marina: 12%



    CNT/Census (divulgada hoje):

    Dima: 47,5% (55% dos votos válidos)

    Serra: 25,6%

    Marina: 11,5%



    Datafolha (divulgada ontem)

    Dima: 46% (50% dos votos válidos)

    Serra: 28%

    Marina:14%
    TRE manda retirar material de Roriz


    Eleições 2010 em 29/09/2010 às 17:43



    propaganda, Roriz





    Do Correio Braziliense: O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Distrito Federal decidiu, nesta quarta-feira (29), suspender o material de propaganda eleitoral da coligação Esperança Renovada, da candidata Weslian Roriz (PSC), que faça referência a Joaquim Roriz como aspirante ao GDF. A medida foi tomada após o tribunal receber uma representação protocolada pela coligação Novo Caminho, do concorrente de Weslian, Agnelo Queiroz (PT).



    De acordo com a decisão do TRE, está proibida a veiculação de propaganda em rádio, televisão e internet em que Joaquim Roriz figure como candidato. Em um prazo de 12 horas, a coligação deverá ainda retirar das ruas todo material impresso, pintado ou estampado, que indique o ex-governador como aspirante ao Buriti. A mesma regra vale para as propagandas de candidatos a outros cargos que sejam apoiadores de Roriz.



    Segundo o coordenador jurídico de campanha da coligação Novo Caminho, Claudismar Zupiroli, a ação foi protocolada para que o eleitor não seja induzido ao erro, já que o material em questão não esclarecia que a real candidata ao GDF, após a renúncia de Joaquim Roriz, é a esposa dele, Weslian Roriz.



    Caso a determinação não seja cumprida, a fiscalização do TRE fará o recolhimento do material irregular. Está prevista, ainda, multa diária de R$ 10 mil, tanto em caso de veiculação de programas que não estejam de acordo com a decisão do tribunal, quanto pela exposição de material irregular nas ruas.
    Dilma, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo




    Márcio Falcão, folha.com



    Na tentativa de rebater a onda de boatos que circula entre evangélicos e católicos, a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, reuniu nesta quarta-feira lideranças dos dois segmentos para reforçar que é contra os temas-tabus para os religiosos, como o aborto, e desmentir a fala de que teria dito que nem Jesus Cristo tira dela essa eleição.



    Dilma afirmou que esses boatos fazem parte do "submundo da política" e costumam aparecer na reta final das eleições.



    A candidata disse que como católica "jamais usaria o nome de Cristo em vão".



    "Eu lamento a campanha absolutamente difamatória que fazem contra mim dizendo que estou utilizando o nome de Cristo para dizer que nem ele me derrotava na eleição. Eu acho isso um absurdo uma calúnia, uma vilania contra mim. E a imprensa sabe perfeitamente que isso é mentira, é falsidade e a tentativa de sair do submundo da política e denegrir uma pessoa como vocês sabem que sou cristã. Eu jamais usaria o nome de Cristo em vão", disse a petista no evento que aconteceu em Brasília.
    Bispo Edir Macedo sai em socorro de Dilma




    Dono da Record e da Igreja Universal do Reino de Deus sai em defesa da candidata do PT à Presidência



    José Orenstein, Estadão.com.br



    O bispo Edir Macedo, dono da Record e da Igreja Universal do Reino de Deus, somou esforços com a campanha de Dilma Rousseff à Presidência e desmentiu boatos que circulam entre fiéis sobre a candidata ser a favor do aborto e ter dito que "nem Jesus Cristo me tira essa vitória".



    Em nota publicada em seu blog, o bispo afirma que a petista é vítima de "mentiras espalhadas na internet".



    Ainda na mensagem dirigida a seus seguidores, Macedo afirma: "Quem pensa que está prestando algum serviço ao Reino de Deus, espalhando uma informação sem ter certeza de sua veracidade, na verdade, está fazendo o jogo do diabo".

    ELE ESTA APERRIADO

    A ESPERANÇA VAI CONTINUAR

    Nunca antes na história desse país, 79,4% da população aprovam um governo e 80,7% gostaram de um presidente

    CNT/Sensus: Dilma 47,5%, Serra 25,6% e Marina 11,6%



    Pesquisa CNT/Sensus divulgada há pouco em Brasília mostra a candidata Dilma (PT) com 47,5%, José Serra (PSDB) com 25,6% e Marina Silva (PV) com 11,6% das intenções de votos. Os demais candidatos não chegaram a 1%.



    Mantendo-se esse cenário, Dilma venceria no primeiro turno com 54,7% dos votos válidos.



    Votos brancos/nulos e aqueles que não souberam responder somam 13,1 %.



    Neste levantamento foram considerados todos os candidatos que disputam a sucessão de Lula.

    Em comparação com a última pesquisa estimulada CNT/Sensus, de 12 de setembro, Marina foi a única que cresceu. Ela passou de 8,9% para 11,6%.



    Por outro lado, Dilma registrou queda de 3% e Serra de 0,8%.



    Na pesquisa espontânea (em que não é apresentado o nome do candidato aos entrevistados), Dilma tem 42,9 %, Serra 23,2%, Marina 10,5 %.



    Nesse cenário, Marina apresentou crescimento de 3,4% e Serra de 0,2%. Em contrapartida, Dilma caiu 1,4%.



    Em um possível segundo turno entre Dilma e Serra, a pesquisa da CNT/Sensus de hoje aponta Dilma com 53,9 % e Serra com 34,5%.



    Em comparação com a última pesquisa, Dilma caiu 1,6% e Serra cresceu o mesmo percentual.



    Com relação ao índice de rejeição, Marina aparece com 42% contra 40,2% de Serra e 32,6% de Dilma.



    Em comparação com a última pesquisa, Marina diminuiu a rejeição em 3% e Serra em 1,1%. Por outro lado Dilma teve crescimento da rejeição em 3,2%.



    A pesquisa foi encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) e realizada entre os dias 26 a 28 de setembro em 136 municípios de 24 estados. Foram feitas 2 mil entrevistas.
    CNT/Sensus: Dilma 47,5%, Serra 25,6% e Marina 11,6%




    Pesquisa CNT/Sensus divulgada há pouco em Brasília mostra a candidata Dilma (PT) com 47,5%, José Serra (PSDB) com 25,6% e Marina Silva (PV) com 11,6% das intenções de votos. Os demais candidatos não chegaram a 1%.



    Mantendo-se esse cenário, Dilma venceria no primeiro turno com 54,7% dos votos válidos.



    Votos brancos/nulos e aqueles que não souberam responder somam 13,1 %.



    Neste levantamento foram considerados todos os candidatos que disputam a sucessão de Lula.

    Em comparação com a última pesquisa estimulada CNT/Sensus, de 12 de setembro, Marina foi a única que cresceu. Ela passou de 8,9% para 11,6%.



    Por outro lado, Dilma registrou queda de 3% e Serra de 0,8%.



    Na pesquisa espontânea (em que não é apresentado o nome do candidato aos entrevistados), Dilma tem 42,9 %, Serra 23,2%, Marina 10,5 %.



    Nesse cenário, Marina apresentou crescimento de 3,4% e Serra de 0,2%. Em contrapartida, Dilma caiu 1,4%.



    Em um possível segundo turno entre Dilma e Serra, a pesquisa da CNT/Sensus de hoje aponta Dilma com 53,9 % e Serra com 34,5%.



    Em comparação com a última pesquisa, Dilma caiu 1,6% e Serra cresceu o mesmo percentual.



    Com relação ao índice de rejeição, Marina aparece com 42% contra 40,2% de Serra e 32,6% de Dilma.



    Em comparação com a última pesquisa, Marina diminuiu a rejeição em 3% e Serra em 1,1%. Por outro lado Dilma teve crescimento da rejeição em 3,2%.



    A pesquisa foi encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) e realizada entre os dias 26 a 28 de setembro em 136 municípios de 24 estados. Foram feitas 2 mil entrevistas.

    Ibope: Dilma 50% X 41% de todos os outros


    petista ganharia no 1º turno se eleição fosse hoje

    Pesquisa realizada pelo Ibope sob encomenda da CNI (Confederação Nacional da Indústria) nos dias 25 a 27 de setembro indica que Dilma Rousseff (PT) está com 50% contra 41% de todos os seus adversários somados. Se a eleição fosse hoje, a petista venceria no primeiro turno.

    Para ganhar no primeiro turno é necessário ter, pelo menos, 50% mais 1 de todos os votos válidos (os dados apenas aos candidatos, descontados os brancos e os nulos).

    Aqui todas as pesquisas eleitorais.

    A pesquisa Ibope dá 27% para José Serra (PSDB). A candidata Marina Silva (PV) aparece com 13%. Os outros candidatos nanicos somados têm 1%. Há também 4% de brancos e nulos e 4% de indecisos.

    Essa pesquisa Ibope foi realizada ao longo de 3 dias (25, 26 e 27). Não pode ser comparada com a pesquisa Datafolha, realizada apenas no dia 27 e que deu Dilma com 46%, Serra com 28% e Marina com 14%.

    Ainda assim, o levantamento do Ibope (com 3.010 entrevistas e margem de erro máxima de 2 pontos percentuais) é um indicador de que o desfecho da eleição continua pendendo mais para o lado de Dilma Rousseff.  Por esse levantamento, a chance de a petista ganhar no primeiro turno está dada como fora da margem de erro.
    Pesquisa Ibope aponta Dilma com 50% e Serra com 27%


    Levantamento foi encomendado pela Confederação Nacional da Indústria.

    Marina Silva aparece com 13%. Margem de erro é de 2 pontos percentuais.



    Robson Bonin

    Do G1, em Brasília



     Ibope divulgada nesta quarta-feira (29) em Brasília mostra a candidata do PT, Dilma Rousseff, com 50% das intenções de voto e o candidato do PSDB, José Serra, com 27% na corrida eleitoral pela Presidência da República. Marina Silva (PV) tem 13%, segundo o levantamento, encomendado ao instituto pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Brancos ou nulos são 4%. Não souberam ou não responderam, 4%. Os demais candidatos juntos somaram 1% das intenções de voto.



    No cálculo de votos válidos, no qual a taxa de votos brancos, nulos e indecisos é excluída, Dilma tem 55% contra 30% de Serra e 14% de Marina. “Nesse cenário, a eleição se resolve no primeiro turno”, diz o diretor operacional da CNI, Rafael Lucchesi.



    Espontânea

    O cenário divulgado pelo Ibope diz respeito à resposta estimulada, quando os entrevistados são confrontados com uma lista de candidatos. Já na pesquisa espontânea, quando os entrevistados respondem sem a ajuda da relação de candidatos, Dilma tem 44%, Serra 21% e Marina, 10%. Votos brancos ou nulos somam 5% e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que não disputa a eleição ainda aparece com 1% das intenções de voto.



    Cenário reduzido

    No cenário reduzido, quando os entrevistados são confrontados com a relação dos três candidatos mais bem posicionados nas pesquisas, Dilma tem 51%, Serra aparece com 27% e Marina soma 13%. Brancos e nulos são 4% e os que não responderam ou não sabem em quem votar, 5%.



    Segundo turno

    Em um eventual segundo turno entre Dilma e Serra, a candidata do PT teria 55% contra 32% do tucano. Brancos e nulos somariam 7%. Já em uma disputa de segundo turno envolvendo Dilma e Marina, a petista teria 56% contra 29% da candidata do PV. Brancos e nulos seriam 8%. No cenário entre Serra e Marina, o candidato tucano teria 43% contra 35% de Marina e os votos nulos ou brancos somariam 12%.



    Rejeição

    O Ibope também interrogou os entrevistados sobre a probabilidade de voto no dia 3 de outubro. Os que disseram que não votariam em Dilma somaram 27%. Já os que não votariam em Serra ficaram em 34% e Marina, 28%. Os entrevistados que disseram votar “com certeza” em Dilma totalizaram 48% contra 24% de Serra e 13% de Marina. Os entrevistados que afirmaram que “poderiam” votar em Dilma somaram 19%, Serra 35% e Marina, 45%.



    Conhecimento

    A candidata do PT é “bem conhecida” por 22% dos entrevistados enquanto Serra aparece com grau de conhecimento de 25% e Marina, 11%. Os que disseram conhecer Dilma “mais ou menos” somam 36% contra 39% de Serra e 27% de Marina. A petista é conhecida “só de nome” por 16% e nenhum dos entrevistados respondeu não conhecer Dilma. O candidato do PSDB é conhecido só de nome por 11% e todos os entrevistados disseram conhecê-lo. Marina aparece com 29% e 3% ainda disseram não conhecer a candidata do PV.



    Apoio de Lula

    Somaram 47% os entrevistados que disseram votar em um candidato apoiado pelo presidente Lula contra 8% que disseram ter preferência por candidato de oposição ao presidente. Os que não irão levar em conta o apoio de Lula para decidir o voto somaram 41%. Não souberam ou não responderam totalizaram 4%.



    O Ibope também perguntou aos entrevistados sobre qual candidato teria o apoio do presidente Lula. 93% apontaram Dilma com a candidata de Lula, 1% apontaram Serra e nenhum entrevistado considerou Marina a candidata do presidente. Os que não souberam ou não responderam foram 6%.



    Entre os dias 25 e 27 de setembro, o Ibope entrevistou 3.010 eleitores em 191 municípios e a margem de erro do levantamento é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. Em junho, quando a CNI divulgou o primeiro levantamento, a candidata do PT apareceu com 38% e Serra somou 32%. Marina tinha 7% das intenções de voto.



    Em comparação com a última pesquisa CNI/Ibope, divulgada em junho, no começo da propaganda eleitoral na TV e no rádio, Dilma subiu 12% e Marina 6%. Serra foi o único a registrar queda 5%. Para o diretor operacional da CNI, Rafael Lucchesi, a propaganda eleitoral influenciou no resultado: "O melhor aproveitamento do tempo de TV e dos programas justifica essa queda de Serra e a subida de Dilma e Marina."
    Pesquisa Ibope aponta Dilma com 50% e Serra com 27%




    Pesquisa Ibope divulgada nesta quarta-feira (29) em Brasília mostra a candidata do PT, Dilma Rousseff, com 50% das intenções de voto e o candidato do PSDB, José Serra, com 27% na corrida eleitoral pela Presidência da República. Marina Silva (PV) tem 13%, segundo o levantamento, encomendado ao instituto pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).









    Entre os dias 25 e 27 de setembro, o Ibope entrevistou 3.010 eleitores em 191 municípios e a margem de erro do levantamento é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. Em junho, quando a CNI divulgou o primeiro levantamento, a candidata do PT apareceu com 38% e Serra somou 32%. Marina tinha 7% das intenções de voto.
    Exata dá vantagem a Agnelo


    Eleições 2010 em 29/09/2010 às 10:28



    Exata, pesquisa





    Instituto Exata fez pesquisa de intenções de votos para o Governo do Distrito Federal depois da troca das candidaturas de Joaquim Roriz (PSC) pela de sua mulher Weslian Roriz (PSC). De acordo com os números divulgados pelo Jornal de Brasília, Agnelo Queiroz (PT) aparece com mais de 20 pontos de vantagem sobre adversária - 45,9% das intenções de voto contra 24,3% de Weslian.



    Toninho do PSOL aparece em terceiro lugar, mas com melhor desempenho - 9,1% da preferência. Eduardo Brandão (PV) tem 2,9%, e os demais candidatos não apareceram no levantamento. Indecisos e nulos têm 8,2% e 8,5% respectivamente.



    O instituto Exata ouviu 1.500 eleitores entre os dias 25 e 26 de setembro. O levantamento tem margem de erro de três pontos percentuais e está registrado no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-DF).

    Vox Populi: Dilma está com 49% e venceria no 1º turno




     
    A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, aparece, pelo terceiro dia consecutivo, com 49% das intenções de voto no tracking Vox Populi/Band/iG publicado nesta terça-feira. José Serra (PSDB), segundo colocado, oscilou um ponto para cima e agora tem 25%. Já a presidenciável do PV, Marina Silva, que um dia antes contava com 13%, agora soma 12% - o que interrompe uma sequência de três dias consecutivos de crescimento. A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais. Apoiada pela alta popularidade do presidente Lula na região, Dilma tem o melhor desempenho entre eleitores do Nordeste: 65%. Na região, no entanto, a ex-ministra da Casa Civil já contou com até 73% das preferências. Na mesma região, Serra teria hoje 15% dos votos, de acordo com a projeção, e Marina, 7%. Dilma ainda lidera em todas as regiões, mas encontra seu pior cenário no Sudeste, onde ela conta com 42% das intenções de voto – contra 27% de Serra e 16% de Marina. Já o candidato tucano tem mais votos no Sul (34%), contra 45% de Dilma no local. Na pesquisa espontânea, quando os nomes dos candidatos não são apresentados, a petista aparece à frente, com 43% das citações (um ponto a mais que na pesquisa anterior); Serra tem 22% e Marina, 9%.  O tracking Vox/Band/iG conta com 2.000 entrevistas, sendo que um quarto dessa amostra é renovada diariamente.
    MPE dá parecer contrário a Weslian


    Eleições 2010, TRE em 28/09/2010 às 18:45



    Weslian





    Do Correio Braziliense: O Ministério Público Eleitoral acaba de assinar parecer contrário ao registro de candidatura de Weslian Roriz (PSC), que substitui o marido Joaquim Roriz como concorrente ao governo do Distrito Federal. Quem assina o parecer é o procurador regional eleitoral Renato Brill e o procurador regional substituto, José Osterno Campos de Araújo. O parecer tem 18 páginas e reúne argumentos para o impedimento de Weslian nas eleições.



    A opinião oficial do Ministério Público Eleitoral, contrário ao registro, será parâmetro para a decisão dos magistrados do TRE. O julgamento está marcado para as 9h da manhã do próximo sábado.
    Cenários já com nova candidata


    Eleições 2010 em 29/09/2010 às 1:33



    O&P, pesquisa





    Pesquisa O&P Brasil realizada esse final de semana trouxe cenários de intenção de votos para o Governo do Distrito Federal já com Weslian Roriz (PSC) como concorrente no lugar do ex-governador Joaquim Roriz (PSC). O instituto promoveu 800 entrevistas no Distrito Federal, entre os dias 25 e 27 de setembro. A pesquisa foi registrada no TSE com nº 33.121/2010 e no TRE-DF com nº 33.470/2010. A margem de erro é de 3,5%. Confira os resultados:



    Agnelo Queiroz (PT) - 37,7%



    Weslian Roriz (PSC) - 30,8%



    Toninho do PSol (PSOL) - 8,1%



    Eduardo Brandão (PV) - 1,6%



    Rodrigo Dantas (PSTU) - 0,2%



    Ricardo Machado (PCO) - 0,2%



    Newton Lins (PSL) - 0,1%



    Nenhum/Branco/Nulo - 9,1%



    NS/NR - 12,1%



    O instituto também fez simulação de um possível segundo turno:



    Agnelo Queiroz (PT) - 47%



    Weslian Roriz (PSC) - 34%



    NS/NR - 19%



    A pesquisa apontou ainda os índices de rejeição dos candidatos já com Weslian Roriz (PSC) como concorrente:



    Weslian Roriz (PSC) - 34,7%



    Agnelo (PT) - 23,7%



    Toninho do PSol (PSOL) - 5,6%



    Rodrigo Dantas (PSTU) - 5,2%



    Ricardo Machado (PCO) - 5,1%



    Eduardo Brandão (PV) - 5%



    Newton Lins (PSL) - 4%



    Não votaria em nenhum deles (esp) - 7,5%



    Poderia votar em qualquer um deles (esp) - 4,5%



    NS/NR - 17,6%
    Fraga passa Abadia em pesquisa


    Eleições 2010 em 29/09/2010 às 2:08



    O&P, pesquisa





    Instituto O&P Brasil também fez sondagens de intenções de votos para as duas vagas de senador. O levantamento trouxe uma novidade. Pela primeira vez o deputado federal Alberto Fraga (DEM) aparece na frente da companheira de chapa Maria de Lourdes Abadia (PSDB). O crescimento de Fraga, porém, ainda não o coloca em uma das vagas. Pela pesquisa, a liderança da disputa segue com o senador Cristovam Buarque (PDT), seguido de perto do colega de campanha Rodrigo Rollemberg (PSB). Confira os resultados:



    Cristovam Buarque (PDT) - 44,5%



    Rodrigo Rollemberg (PSB) - 39,7%



    Alberto Fraga (DEM) - 21,7%



    Abadia (PSDB) - 20,2%



    Moacir Bueno (PV) - 1,6%



    Jorge Antunes (PSOL) - 1,5%



    Rosana Chaib (PCB) - 1,2%



    Chico Sant’anna (PSOL) - 1,1%



    Cadu Valadares (PV) - 0,9%



    Gilson Dobbin (PCO) - 0,6%



    Pr. Milton Tadashi (PTN) - 0,6%



    Robson (PSTU) - 0,5%



    Geronimo (PSL) - 0,2%



    Nenhum/Branco/Nulo - 26,7%



    NS/NR - 39%



    A pesquisa O&P teve 800 entrevistas no Distrito Federal, entre os dias 25 e 27 de setembro e tem registro no TSE com nº 33.121/2010 e no TRE-DF com nº 33.470/2010. A margem de erro é de 3,5%.
    Marina encosta em Dilma, diz O&P

    Eleições 2010 em 29/09/2010 às 3:06



    O&P, pesquisa





    Os números da O&P Brasil para a disputa à Presidência da República mostram uma novidade no Distrito Federal - a candidata do PV, Marina Silva, aparece em empate técnico com a petista Dilma Roussef. Dilma teve 32,7% das intenções de voto contra 27,9% de Marina. Como a margem de erro da pesquisa é de 3,5 pontos percentuais, as duas aparecem com índices muitos próximos. Confira todo o cenário:



    Dilma Rousseff (PT) - 32,7%



    Marina Silva (PV) - 27,9%



    José Serra (PSDB) - 19,6%



    Plínio de Arruda Sampaio (PSol) - 1,2%



    José Maria Eymael (PSDC) - 0,2%



    Levy Fidelix (PRTB) - 0,2%



    Ivan Pinheiro (PCB) - 0,1%



    José Maria (PSTU) - 0%



    Rui Costa Pimenta (PCO) - 0%



    Nenhum/Branco/Nulo - 6,6%



    NS/NR - 11,3%



    A pesquisa O&P teve 800 entrevistas no Distrito Federal, entre os dias 25 e 27 de setembro e tem registro no TSE com nº 33.121/2010 e no TRE-DF com nº 33.470/2010.
    Serra ataca jornal tucano. E agora, a imprensa terá coragem de publicar editorial denunciando ameaça à liberdade de expressão?






    Ao ser questionado pela Folha sobre qual deveria ser sua estratégia para os últimos dias da campanha, o candidato José Serra (PSDB), em vez de responder a pergunta,atacaou o jornal diário oficial do PSDB, a Folha. E agora? A Folha terá coragem de escrever editorial denunciando que o tucano José Serra ataca a imprensa? Que é contra a liberdade de expressão?



    José Serra não ficou contente ao ver o jornal tucano publicar no domingo uma matéria com dados negativos sobre sua gestão no governo de São Paulo. Leia aqui "Promessas mentirosas de Serra na campanha já foram alvo do TCE de São Paulo por superfaturamento"



    A Folha perguntou a Serra: "Candidato, nesses últimos dias de campanha, qual deve ser a [sua] estratégia?".







    O tucano respondeu: "Certamente não é perder tempo com matéria mentirosa como a que você fez".





    José Serra está falando do DataSerra que derrubou Dilma?





    José Serra mencionou a existência de "pesquisas compradas", mas não citou nomes de institutos. Em relação às pesquisas "sérias", disse que mesmo em relação a elas tem dúvidas sobre os métodos usados.





    "Não significa que seja uma indústria da mentira, não é isso", disse Serra."A minha dúvida é sobre metodologia, sobre conseguir captar uma coisa tão fluida como o ânimo do eleitor, especialmente sob as características do processo eleitoral deste ano."
    Candidatos apoiados por Lula são os favoritos para as eleições






    Cerca de 135,8 milhões de brasileiros irão às urnas no dia 3 de outubro para escolher o presidente da República, dois terços do Senado e os governadores dos 27 estados, assim como para renovar a Câmara dos Deputados e as Assembleias Legislativas estaduais e distrital.





    As eleições serão disputadas por 22.570 candidatos, dos quais nove concorrem à Presidência, 171 ao cargo de governador, 273 ao de senador, 6.036 ao de deputado federal e 15.280 ao de deputado estadual e distrital.





    Pelo que antecipam as pesquisas, o grande vencedor será o Presidente Lula, cujo nome não está entre os candidatos à Presidência pela primeira vez desde 1989 porque, após dois mandatos consecutivos, não pode concorrer a um terceiro, já que a Constituição o impede.





    A escolhida por Lula como candidata é a ex-ministra Dilma Rousseff, do PT, a grande favorita nas pesquisas, que a apontam como vitoriosa no primeiro turno em sua primeira ida às urnas.





    Além de ter feito de Dilma a favorita para a Presidência, Lula, com sua alta popularidade, provavelmente conseguirá assegurar para ela um apoio majoritário no Congresso e governadores aliados na maioria dos 27 estados do país.





    "Sem dúvida o grande favoritismo dos candidatos governistas é uma vitória de Lula. O presidente conseguiu transferir o sucesso de seu Governo aos partidos que apoia nas eleições", disse à Agência Efe o analista Antonio Augusto de Queiroz, diretor de documentação do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap).





    Dilma conta com cerca de 50% das intenções de voto.





    Sua porcentagem de apoio nas pesquisas é quase o dobro daquela do candidato do PSDB José Serra, que tem 28%, e cinco vezes maior em relação à ex-senadora Marina Silva (13%), do PV, outra ex-ministra de Lula.





    "Lula quer evitar que sua sucessora sofra surpresas negativas no Congresso. Como Dilma não tem o mesmo carisma que Lula é necessário garantir-lhe um apoio majoritário nas eleições, porque ela dificilmente conseguirá negociá-lo depois", assegura Queiroz.





    Para o analista, "esse apoio consistente permitirá a Dilma fazer reformas estruturais que o próprio Lula, apesar de todo seu carisma, não conseguiu impulsionar no Congresso".





    Segundo uma projeção do portal de informações políticas "Congresso em foco", os nove partidos que junto com o PT formam uma coalizão nestas eleições terão 51 das 81 cadeiras do Senado.





    Esse apoio, que equivale a 63% da Casa, é suficiente para aprovar até emendas à Constituição. Trata-se de uma maioria da qual Lula nunca desfrutou, já que o Senado, onde atualmente a oposição é majoritária, sempre foi sua pedra no sapato e palco no qual sofreu várias derrotas.





    Segundo projeções do Diap, quatro dos partidos da coalizão podem monopolizar 52,6% das 513 cadeiras da Câmara dos Deputados, aumentando assim uma representação que hoje é de 40,5%.





    PT, PSB e PCdoB, atualmente com 208 deputados em conjunto, poderão conseguir até 270 cadeiras na próxima legislatura, segundo a projeção.





    O PMDB pode aumentar sua representação dos atuais 90 deputados para 100, e o PT, com 79 cadeiras, pode ter entre 85 e 110.





    Os partidos da oposição, por sua vez, sofrerão perdas. O PSDB de Serra, com 59 deputados atualmente, pode ficar com 55, e o Democratas (DEM) pode ver sua bancada reduzida dos atuais 56 deputados para uma faixa de entre 38 e 53.





    Quanto aos Governos estaduais e distrital, as pesquisas do Instituto Datafolha indicam que os candidatos apoiados por Lula são favoritos em 16 dos 26 estados e Distrito Federal, e estão tecnicamente empatados com os opositores em outros quatro.

    terça-feira, 28 de setembro de 2010

    Pesquisa Exatas para governador do DF

    Pesquisa – O Instituto Exata divulgou hoje a primeira pesquisa com Weslian Roriz (PSC) na disputa. Nela, a vantagem de Agnelo fica em mais de 20 pontos, que garante vitória em primeiro turno. Agnelo teve 45,9% das intenções de voto, o que equivale a 55,2% dos votos válidos. Weslian não herdou todos os votos do marido Joaquim Roriz e marcou 24,3%, ou seja, 29,1% dos votos válidos. O terceiro colocado foi Toninho do PSOL, que alcançou 9,1%. Eduardo Brandão (PV) chegou à marca dos 2,9%. Os demais candidatos não aparecem. Os indecisos ainda somam 8,2%, enquanto 8,5% irão votar em branco ou anular.






    O Exata também fez levantamento espontâneo. Agnelo também é líder, com 37,8%. Nessa modalidade, Joaquim Roriz (PSC) aparece com 14,1%, mostrando que boa parte da população não sabe que ele não é mais candidato. Weslian teve 13,4%, Toninho do PSOL, 4,5% e Brandão, 0,9%. Sem ajuda da lista de candidatos, o número de indecisos sobe para 28,8%.





    A pesquisa Exata ouviu 1.500 eleitores entre os dias 25 e 26 de setembro, tem margem de erro de três pontos percentuais e está registrada no Tribunal Regional Eleitoral do DF com o número 33334/2010. (RMA).
    Tracking Vox/Band/iG: Dilma fica estável em 49%


    Petista aparece com mesmo índice pelo terceiro dia consecutivo; Serra oscilou para 25% e Marina para 12%

    iG São Paulo
    28/09/2010 17:21

    A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, aparece, pelo terceiro dia consecutivo, com 49% das intenções de voto no tracking Vox Populi/Band/iG publicado nesta terça-feira. José Serra (PSDB), segundo colocado, oscilou um ponto para cima e agora tem 25%. Já a presidenciável do PV, Marina Silva, que um dia antes contava com 13%, agora soma 12% - o que interrompe uma sequência de três dias consecutivos de crescimento. A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais
    Apoiada pela alta popularidade do presidente Lula na região, Dilma tem o melhor desempenho entre eleitores do Nordeste: 65%. Na região, no entanto, a ex-ministra da Casa Civil já contou com até 73% das preferências. Na mesma região, Serra teria hoje 15% dos votos, de acordo com a projeção, e Marina, 7%.



    Dilma ainda lidera em todas as regiões, mas encontra seu pior cenário no Sudeste, onde ela conta com 42% das intenções de voto – contra 27% de Serra e 16% de Marina. Já o candidato tucano tem mais votos no Sul (34%), contra 45% de Dilma no local.



    Na pesquisa espontânea, quando os nomes dos candidatos não são apresentados, a petista aparece à frente, com 43% das citações (um ponto a mais que na pesquisa anterior); Serra tem 22% e Marina, 9%. O tracking Vox/Band/iG conta com 2.000 entrevistas, sendo que um quarto dessa amostra é renovada diariamente.

    Arruda quebra o silêncio

    Do Correio Braziliense: Às vésperas de completar um ano do escândalo político que abalou o Distrito Federal, o ex-governador José Roberto Arruda, que ficou preso por dois meses e teve o mandato cassado pela Justiça Eleitoral, decidiu romper o silêncio. Ao justificar o fim da “reclusão”, como classifica seu isolamento, Arruda argumenta que não poderia se omitir diante do cenário eleitoral do DF. “Pensei muito antes de romper esse silêncio e essa reclusão a que me impus. Mas chegou um momento que eu cheguei à seguinte conclusão: Ou eu falo agora ou mais tarde poderei ser acusado do pior dos atos, que é a omissão”, afirmou.
    Para o ex-governador, a eleição de Weslian Roriz (PSC) nada mais seria do que uma manobra para a volta de seu marido, Joaquim Roriz, ao poder. “Meu voto é contra o Roriz e tudo o que ele representa. Contra essa tentativa desesperada de indicar alguém da família para continuar no poder, contra esse nepotismo atrasado que tenta dissimular uma ambição sem limites”, afirmou.
    Na avaliação de Arruda, uma eventual vitória do clã Roriz nas urnas representaria a volta do coronelismo. “A eleição do Roriz é a eleição do Durval (Barbosa, ex-secretário de Relações Institucionais e pivô do escândalo), é a eleição do (Édson) Sombra (jornalista envolvido na suposta tentativa de suborno que levou o Superior Tribunal de Justiça a decretar a prisão de Arruda), é a vitória do coronelismo, a vitória das piores práticas políticas a que o Brasil já assistiu. A vitória do Roriz significa dizer o seguinte: o crime compensa”, afirmou.
    Questionado se estaria defendendo o voto no petista Agnelo Queiroz — que tem como vice em sua chapa Tade Filippelli (PDMB), ex-aliado de Roriz e do próprio Arruda —, o ex-governador preferiu contemporizar. “Acho que o Agnelo está longe de ser o candidato dos meus sonhos. Mas a eleição é plebiscitária. Depois de toda a tristeza que se abateu sobre a cidade, e eu sou em grande parte responsável por isso, depois de toda a frustração, eu não tenho o direito de induzir ou pedir voto para ninguém, mas eu tenho a obrigação moral de dizer o meu: eu voto contra o Roriz.”
    Durante uma hora e meia em que recebeu o Correio em sua casa, onde diz só sair a cada 15 dias para ir ao médico ou resolver alguma questão pessoal, Arruda relembrou, sempre ao lado da mulher, Flávia, os dias na prisão, se disse vítima de um complô executado pelo ex-secretário de Relações Institucionais — mas “arquitetado” por Joaquim Roriz — e afirmou estar retomando aos poucos sua vida, mas longe da política. “Quero voltar a ser engenheiro. Estou me preparando para isso, devagar, me reciclando. Tenho 56 anos. Quero viver de maneira mais simples, mais tranquila, longe do poder.” Leia a seguir os principais trechos da entrevista concedida com exclusividade ao Correio:
    O que mudou na sua vida? Como o senhor viveu nos últimos meses?
    É a primeira vez que eu falo, depois de 60 dias preso e cinco meses e tanto em casa. Estou rompendo o silêncio. O que eu estou passando é a terapia da dor, do sofrimento. Eu não desejo para ninguém, mesmo para os meus algozes, ter que passar pelo que eu, a Flávia e a minha família temos passado. Em primeiro lugar, fiquei 60 dias preso num cubículo menor do que essa mesa em que estamos, sem janela, sem banheiro. Eu, para usar o vaso sanitário, era escoltado por dois guardas fortemente armados e não podia sequer fechar a porta do box. Sofri todas as humilhações, todas as pressões psicológicas que um ser humano pode sofrer.
    Comecei a sentir dores no coração e picos de pressão muito fortes, e só 12 dias depois é que foi permitida a presença de um cardiologista. E aí eu fui submetido a um cateterismo. Depois repousei na UTI até às 5h da manhã e fui levado de volta ao cárcere. Nos cinco dias seguintes sequer conseguia levantar da cama. Como tinha uma cama-beliche, e como a luz não apagava nem de noite, a maneira que eu tinha de dormir, poucas horas por noite, era colocando um cobertor na parte de cima da beliche para tentar tampar pelo menos a incidência direta da luz. E mesmo com medicamentos era muito difícil eu dormir.
    Eu tinha apenas 15, 20 minutos por dia de oxigênio, quando a Flávia me levava o almoço. Era o tempo que ela podia estar comigo. E é o único contato que eu tinha com o mundo externo. Era proibido de ler jornal, de ver televisão, de qualquer comunicação com o meio externo.
    E como foi quando saiu da prisão?
    Depois que eu voltei para casa, tanto eu quanto a Flávia, e a nossa família, que me deu muito apoio, e os poucos amigos, poucos e verdadeiros amigos que restaram, eu me impus a uma reclusão. Então, há mais de cinco meses que eu praticamente não saio de casa, com raríssimas exceções, para ir ao médico, resolver algum assunto, mas passo 10, 15 dias sem sair de casa. E tudo isso faz parte da terapia do sofrimento. Acho que a dor ensina mais do que a alegria, a derrota ensina mais do que a vitória.
    O que aprendeu com tudo isso?
    Em primeiro lugar, estou num processo de aprimoramento humano, de dar mais valor às questões espirituais. Para mim, a política, a vida profissional, a ambição, a vaidade, tudo isso era minha prioridade. Hoje, minha prioridade é minha família, minha vida pessoal, a saúde. Estou aprendendo a conviver com o abandono, com a ingratidão, com a traição, sem raiva, sem mágoa, sem julgar ninguém. De cada 100 amigos que eu imaginei que tinha, um apareceu para me dar um abraço. Não fico contando os outros 99. Fico apenas relacionando aqueles poucos e verdadeiros que estão presentes num momento tão difícil.
    E também não fico julgando aqueles que não vieram — uns por medo, outros por covardia, outros por oportunismo. Cada um tem suas razões. Não julgo ninguém. Eu, que era tão cartesiano, materialista, hoje sou uma pessoa muito mais próxima de Deus. Vou fazer uma figura de imagem que talvez não seja de bom gosto, mas é a que melhor representa o que eu sinto: Deus está me dando o privilégio de assistir ao meu próprio velório. E aí eu vejo quem apareceu, quem chorou de verdade, quem gosta de mim, quem foi apenas para cumprir uma missão social, os que foram com ironia, os que não apareceram, os que fingiram que não me conheciam. Mas o mais interessante é que Deus está me dando ainda outro privilégio. Terminando o velório, ele está dizendo: ‘Agora você levanta e pode continuar vivendo um pouquinho mais’. São raras as pessoas que conseguem ter alegrias tão grandes quanto eu tive e tristezas tão profundas. É um grande aprendizado.
    Estamos a poucos dias da eleição. Como o senhor avalia a candidatura de Weslian, mulher de Roriz?
    Em primeiro lugar, quero dizer que pensei muito antes de romper essa reclusão a que me impus. Há quase nove meses me impus a esse silêncio. Mas chegou um momento, face à questão política e às questões jurídicas envolvidas, que cheguei à conclusão: ou falo agora ou me calo para sempre. Ou falo agora ou mais tarde poderei ser acusado do pior dos atos, a omissão.
    O que eu penso, e aí não vai nenhum sentimento de vingança, de ódio, com todo o respeito por todas as pessoas, inclusive pelo Roriz, eu acho que a eleição da mulher dele é a eleição do Durval, é a eleição do Sombra, é a vitória do coronelismo, a vitória das piores práticas políticas que o Brasil já assistiu. A vitória do clã Roriz significa dizer: o crime compensa.
    Qual foi o seu grande erro?
    O grande erro do meu governo foi ter permitido que não apenas o Durval, mas alguns outros rorizistas, que vinham no poder há 20 anos, de forma oportunista, quando viram que eu ia ganhar, quando viram que a derrota da Abadia era inevitável, pularem para o meu barco na última hora, e eu, generosamente, ingenuamente, os mantive depois no governo. Para você ter uma ideia, os mesmos deputados distritais que quando eu ganhei a eleição me fizeram pressão para eu deixar o Durval no governo, porque eu não queria deixá-lo — embora ele tivesse me ajudado na campanha —, fizeram pressão e eu acabei cedendo. E aí cometi um erro. Mesmo tendo deixado ele num cargo assim meio honorífico, sem gestão financeira, a verdade é que eu deixei ele no meu governo. Vendo hoje o filme, eu tinha que ter cortado o mal pela raíz.
    Essa pressão dos distritais incluiu cobrança de mensalão?
    Hoje fica claro por que tantos deputados gostavam dele (Durval). Parece evidente que houve mensalão em Brasília, mas foi o mensalão do Roriz, e não meu. As imagens (
    dos vídeos) são todas anteriores ao meu governo.
    Esses rorizistas que o senhor deixou no governo já tinham a intenção de miná-lo depois?
    Você acha que é por acaso que, na única vez em que eu fui ao gabinete desse Durval, em 2005, a única vez em que eu o visitei, fiquei lá (
    no gabinete da Codeplan) 20 e poucos minutos, será que é coincidência o Roriz ter me ligado? Exatamente naquela hora? E eu pergunto: por que cortaram isso da fita? Graças a Deus, agora, um ano depois, é a Polícia Federal, é a perícia oficial que vem confirmar o que dissemos antes, que as fitas foram editadas, manipuladas para enganar a opinião pública. Fitas de 2003, 2004, 2005 e 2006, quando o governador era o Roriz, foram apresentadas de maneira violenta na mídia como se tivessem sido no meu governo.
    Será que era eu que tinha que ter sido preso? O Durval responde a 32 processos por corrupção, todos, eu repito, todos, sem exceção, corrupção praticada no governo Roriz, quando ele era presidente da Codeplan. O que eu tenho com isso? Ele não responde a nenhum processo no meu governo. Até porque, embora eu tenha cometido o erro de ter deixado uma figura com esse tipo de formação, de deformação de caráter, eu não posso esquecer que ele (Durval) tem um irmão deputado (Milton Barbosa), aliás candidato à reeleição com uma campanha caríssima. Eu cedi a essas pressões, esse foi o meu grande erro. E ele ficou no governo, sorrateiro, bajulador, até o momento de dar o golpe. Foi na verdade uma armação bem arquitetada.
    Há uma frase interessante, que é bíblica, que os filhos das trevas são mais perspicazes que os filhos da luz. Então, essas pessoas que se dedicaram a arquitetar o mal o fizeram com tal competência que convenceram a sociedade, através da mídia, com aquele bombardeio de imagens agressivas, que toda aquela corrupção que se passou no governo Roriz na verdade teria sido no meu governo. Porque não aparecia a data (nos vídeos).
    Mas por que essa “armação”? Por quem ela foi arquitetada?
    Vínhamos num projeto de governo com ampla aprovação, tínhamos duas mil obras em execução, tínhamos tirado as vans irregulares da cidade, tirado os camelôs, acabado com as invasões. Eu fazia um governo de ruptura, colocava ordem na cidade.
    E quando tudo isso estava indo tão bem, quando Brasília estava garantindo o privilégio de fazer a abertura da Copa de 2014, quando tinha 200 escolas de educação integral, as vilas olímpicas aí, o maior conjunto de obras no sistema viário desde a construção da cidade, quando tudo isso estava dando certo, vem essa armação dos interesses contrariados. O Roriz é um grande líder dos interesses contrariados. O Roriz reúne hoje todos aqueles que invadiam terras, que operavam o transporte irregular, que faziam o comércio irregular, que desejam aumentar a área de Brasília para fazer mais loteamentos, para acabar mais com a qualidade de vida. Ele reúne todos esses interesses que o meu governo contrariou.
    O Roriz diz que o suposto esquema operado pelo Durval pode ter começado no governo dele, mas que ele não sabia. É possível?
    Quem sou eu para julgar os outros? O que eu tenho absoluta certeza, e parece que sobre isso não paira dúvida na cidade, é que Durval e Sombra são braços armados do Roriz. Vão lá, armem uma arapuca para tirar esse Arruda da minha frente. Será que se eu fosse candidato à reeleição o quadro político era esse? Ele sabia que não.
    Por que então manter o Durval no seu governo?
    A pressão política que eu aceitei foi manter o Durval num cargo sem gestão financeira. Ele não responde a nenhum processo por ato que praticou no meu governo, porque no meu governo ele não praticou ato nenhum. No meu governo ele era aspone mesmo, é isso. Toda vez que eu precisava do voto do irmão dele eu pedia para ele. Agora, ninguém me pediu para manter esquema de corrupção porque não tiveram coragem de fazê-lo.
    Mas então ele manteve à revelia algum esquema de corrupção?
    Acho que o Durval manteve, residualmente, algum poder. Primeiro, pelo dinheiro que acumulou nos oito anos do governo Roriz. Segundo, pelos grandes empresários que ele representava. Você acha que ele estava sozinho? Imagine uma empresa que faturava R$ 100 milhões por ano e que no meu governo passou a faturar zero. Eu estou dizendo uma coisa que naquele momento da comoção ninguém conseguia ver. Há uma coisa interessante: a ligação do Durval e do Roriz é muito mais antiga. Foi o Durval quem fez o vídeo da Estrutural que derrotou o Cristovam (Buarque) em 1998. Ele era o (delegado) titular da 3ª DP do Cruzeiro, foi ele que filmou o que se intitulou depois de “massacre da Estrutural”, que, exibido no programa eleitoral, foi responsável pela derrota do Cristovam.
    Em 2002, o Durval foi o braço armado do Roriz para mais uma vez derrotar o (Geraldo) Magela com as urnas da Linknet, ou nós já esquecemos disso? Quem armou a farsa das urnas da Linknet? Doutor Durval. Em 2006, quando eles viram que não conseguiam ganhar com a Abadia, vêm para o meu lado de maneira oportunista e preparam o golpe para me derrubar em seguida para asfaltar a volta do Roriz. Quer dizer, estas pessoas que se reúnem em torno do Roriz, não é a primeira vez em que eles atacam alguém, não sou a primeira vítima.
    Mas e a prisão do senhor?
    Foi a armação mais clara possível. Eles viram que, apesar de toda a delação que tinham feito, não estavam conseguindo me derrubar, e eu continuava bem avaliado pela sociedade, que no mínimo desejava que eu terminasse o meu governo, que eu concluísse as obras. Quando eles viram que estavam perdendo, inventaram então o segundo golpe. Chega a ser ridículo: duas pessoas que compartilhavam o mesmo escritório, que trabalhavam juntas. Um era o diretor comercial e outra era o presidente do mesmo jornal, aliás, um veículo de informação pouquíssimo conhecido, mas sempre muito bem aquinhoado com verbas públicas. Essas duas pessoas, que trabalhavam no mesmo escritório, resolvem um entregar proprina para o outro, e em vez de fazê-lo no escritório que ambos frequentavam, ou de fazer na casa de um deles, que ambos frequentavam — como está fartamente documentado em vídeos feitos por ele (Sombra) mesmo —, eles resolvem se encontrar numa lanchonete no Sudoeste. Foi um falso flagrante que me levou à prisão. E, tendo me levado à prisão, me calaram a boca. E enquanto eu estava amordaçado, os mesmos que haviam me pedido a nomeação do Rogério Rosso para o lugar do Durval na Codeplan, os mesmos que elegeram o Rosso como preposto do Durval e do Roriz, me agrediam no Legislativo. Fácil, né, chutar cachorro morto? Todo este plano diabólico deu certo. Vamos reconhecer a competência deles. São pessoas capazes, acostumadas a trafegar nos subterrâneos da política. E que portanto, lá, são imbatíveis.
    Como o senhor avalia o fato de Roriz ter renunciado e colocado a mulher no lugar?
    Como é triste ver pessoas que sempre tiveram o meu respeito naquela imagem melancólica, fraudulenta, tão bem traduzida pela filha do casal: “Meu pai indicou minha mãe”. É a oligarquia consciente, o contrabando da candidatura, o abuso da confiança dos cidadãos, o desrespeito à Justiça. Mas, vindo do Roriz, nada mais assusta, pela sua capacidade infinita de trapacear, de jogar sujo.
    E ela pode ganhar nas urnas?
    Claro. Na política, com as atuais regras, o poder econômico, o jogo sujo é ferramenta da maior utilidade no processo eleitoral. Não é à toa que o coronelismo sobrevive em vários estados e até na capital do país. Não vai aqui no meu coração nenhum sentimento de vingança, de ódio, nada pessoal. Eu estou apenas cumprindo uma responsabilidade que tenho, uma responsabilidade pública, como ex-governador. O que está em jogo são dois projetos diferentes para Brasília. Um projeto que eu liderava, que era um projeto de mudança, de ruptura. Demiti 15 mil servidores sem concurso. Vocês se lembram dos camelódromos no Setor Comercial? Se lembram dos esqueletos que implodi, das 5 mil vans que tirei das ruas? Vocês sabem que o meu governo foi o único na história de Brasília que nunca deu aumento na passagem de ônibus, e ainda assim eu obriguei os empresários a comprar 1.950 ônibus novos? O meu governo terminou a obra do metrô de Ceilândia, parada há 13 anos. O meu governo fez mil salas de aula, 200 escolas integrais. Este governo de ruptura, que proibia as invasões, que prendeu grileiros, regularizava os condomínios, colocava ordem na cidade. E com isso eu contrariei objetivamente os interesses daqueles que querem a bagunça, e que são liderados pelo Roriz. O Roriz está aí em campanha, e ele não esconde de ninguém. Ele é a favor das vans, do comércio irregular, nunca coibiu as invasões de terra, as construções irregulares, e é por isso que Brasília vem se tornando essa bagunça. Eu dei uma freada de arrumação e, quando tudo isso estava sendo feito, alguém nos derruba. São projetos diferentes. O que está em jogo não é nada pessoal. O que está em jogo é o seguinte: Brasília quer voltar ao passado da bagunça e da desordem ou quer insistir na organização da cidade?
    O Agnelo leva essa bandeira?
    O Agnelo está longe de ser o candidato dos meus sonhos. Mas a eleição é plebiscitária. Depois de toda a tristeza que se abateu sobre a cidade, e eu sou em grande parte responsável por isso, não tenho o direito de induzir ou pedir voto para ninguém, mas tenho a obrigação moral de dizer o meu: eu voto contra Roriz.
    A delação de Durval começou em setembro de 2009, época em que havia o movimento para tirar Roriz do PMDB. Foi a gota d’água?
    Não tenho dúvida de que a saída dele do PMDB foi a gota d’água, até as datas coincidem. Ele saiu do PMDB em 16 de setembro e a delação foi feita no dia 19. E um dia antes o TJDFT tinha aceitado uma denúncia contra o Durval.
    Não fosse a saída de Roriz do PMDB o senhor acha que eles teriam levado adiante esse plano a que o senhor se refere?
    É difícil saber, porque eu não sei pensar com a cabeça deles. Eu estou dizendo o que eu penso do Roriz abertamente. Ele nunca diz, ele usa os braços armados para me atacar. O Roriz nunca teve coragem de me enfrentar diretamente. Em 1994, eu tinha sido secretário de Obras do governo dele, ele não me queria candidato a senador. Escolheu a Márcia Kubitschek e o Pedro Teixeira. Eu tive que bater voto na convenção para ganhar a disputa e depois ser candidato ao Senado.
    Em 1998, disputei a eleição contra ele, que nunca compareceu a um debate onde eu estava, nunca teve coragem de debater comigo. Em 2002, ele apoiou fortemente outros candidatos para tentar ver se eu não seria eleito deputado federal e eu fui o mais votado. Em 2006, ele também se acovardou. Quando viu que eu estava com a candidatura mais forte do que a da Abadia, se afastou dela. Ele nunca me enfrenta diretamente, ele escala esses seus braços armados para fazer um tipo de jogo sujo que não tem coragem de fazer.
    Dizem que o senhor teria muita coisa contra Roriz e que implodiria a candidatura do grupo ligado a ele. É verdade?
    Primeiro, não tenho. Segundo, todas as vezes em que tentaram me oferecer, eu rechacei. Não tenho vídeo, não faço gravação de ninguém, acho isso hediondo, uma prática terrivelmente suja. Não tenho absolutamente nada, nenhum tipo de arma, nem contra o Roriz nem contra ninguém. A minha diferença com o Roriz não é apenas na forma de governar. Eu tentei fazer um governo de ruptura, que organizava a cidade. O Roriz tem uma visão diferente: é o governo da desorganização, da bagunça, da invasão de terra, da ilegalidade. Essa é uma diferença. Mas as nossas diferenças não param aí, as nossas diferenças também são na maneira de fazer política. O Roriz usa todas as armas, acha que os fins justificam os meios. Se há um obstáculo intransponível, destrói-se o obstáculo. Ele só decidiu me destruir quando descobriu que, fora do PMDB e com o nível de aprovação que eu estava, teria dificuldades para voltar ao poder.
    Em depoimento ao Ministério Público Federal, o senhor falou que foi achacado pela promotora Deborah Guerner. E depois o próprio Durval confirmou que entregou dinheiro a Deborah a mando de Roriz. Essas pressões vinham também do MP do DF?
    Vinham. E nunca passou pela minha cabeça que esses 20 anos de desmandos que o Roriz comandou em Brasília tivessem criado raízes nos outros poderes. As coisas que eu encontrava erradas no governo eu tomava a medida que me cabia, que era enviá-las ao MP. E lá elas paravam, sei lá por que. Só no fim soube-se a razão. Então, infelizmente, e a constatação não é minha, é deles próprios: se o Durval confessa que entregava dinheiro a uma procuradora a mando do Roriz, e se ela própria me diz que recebia esses recursos, em função disso três anos depois da renúncia do Roriz no Senado ele não havia sequer sido processado. Então o assunto é muito mais grave do que se imagina. Sinceramente, nunca passou pela minha cabeça que esses tentáculos do poder de corrupção do Roriz tivessem penetrado tanto em outras esferas. Infelizmente, tenho que reconhecer que isso ocorreu.
    Mas Durval agia sozinho?
    Seria ingenuidade da minha parte, a essa altura da vida, dizer que o Durval estava sozinho nisso. Ele é apenas um bem mandado de um esquema muito maior, liderado pelo Roriz, que tem braços no poder econômico. E que desejam que as facilidades voltem. Eu acabei com elas. É verdade que eu errei ao aceitar pressões. Agora, o Durval tem um irmão que é deputado, tinha voto. E tinha outros deputados que eram muito gratos a ele, hoje se sabe até porque. Tive que aceitar isso, mas confesso que aí cometi um erro. E não por falta de aviso de que deveria tirá-lo do governo.
    Logo no início?
    Antes de tomar posse. E eu, depois das pressões políticas, tomei uma medida que julguei muito salomônica: deixo ele num cargo no governo, mas tiro dele o poder de presidir a Codeplan. Só que minha ingenuidade foi grande. O mesmo grupo que apoiava o Durval me traz alguns nomes para eu analisar para a Codeplan. O primeiro era do atual governador, que tinha recebido 54 mil votos (como candidato a deputado) no PMDB, um homem muito educado, bem preparado, e eu aceitei. E o que os fatos hoje demonstram? Que ele foi para a Codeplan como preposto do Durval. Hoje ele é um governador que, por melhores que sejam suas intenções, tem uma limitação, é refém do Durval. Não é segredo para ninguém das ligações das pessoas mais próximas ao Rogério Rosso hoje que despacham com o Durval, que obedecem as suas ordens. Brasília pode até não saber, mas o governador de fato hoje é o Durval. E eleger o Roriz é outra vez eleger o Durval, o Sombra e esse grupo de pessoas que tanto mal tem feito a Brasília. E agora tudo isso se confirma, quando o Rosso vem apoiar a mulher do Roriz.
    O senhor teve seu julgamento político. Como lida com a Justiça?
    Num primeiro momento, com o bombardeio de vídeos, com o tamanho do escândalo que se montou, eu entendo as decisões que foram tomadas, tanto no âmbito do Ministério Público quanto no Poder Judiciário. Mas a gente não pode subestimar nem o MP e nem a Justiça. O aprofundamento das investigações está levando, naturalmente, a outros caminhos. E cada vez mais essa armação está ficando clara. É a Polícia Federal que, um ano depois do episódio, dá a público a primeira perícia. E qual o resultado? Que a fita foi cortada, editada criminosamente para proteger alguém. Os meus advogados me pedem que não entre no detalhe dessas questões, mas o que eu posso dizer é que hoje já existem provas contundentes da edição, do corte.
    Vocês sabem que o dinheiro na meia, o dinheiro na bolsa, o dinheiro sei lá mais aonde aconteceu no governo do Roriz, e não no meu. E mais: se eu tivesse cedido às chantagens do Durval, ele teria me denunciado? Ele estaria feliz da vida comigo. Ele buscou montar essa denúncia no momento em que seus interesses foram contrariados. E não apenas o interesse dele, o interesse dele era contrariado no mesmo momento em que o interesse político do grupo que o Roriz representa era contrariado, que interesses econômicos poderosos eram contrariados.
    Infelizmente, eu tenho que constatar que todos esses interesses econômicos estão aí com as suas candidaturas para domingo que vem. O irmão do dono de Linknet é candidato, o irmão do Durval é candidato. São dezenas de candidatos com chances grandes de eleição que representam interesses econômicos claros, contratuais com o GDF. Grande parte do nosso poder político busca eleição para defender interesses econômicos e contratuais diretos com o GDF.
    O senhor fala de atuais deputados que são candidatos…
    Atuais… (Falo) de personagens da política local. Os grupos econômicos de Brasília começam pequenininhos, vão crescendo e, na hora em que querem dar um pulo para ficar enormes, elegem um deputado. Para defender o quê? Os seus interesses. Essa mistura da vida política com os contratos do GDF é explosiva, muito ruim para a vida da cidade. Procurei combater, com muitas dificuldades. Hoje eu entendo por que demorei mais de dois anos para fazer a concorrência do lixo. E por que todo edital que eu mandava para o MP não servia.
    Além de Deborah, que o senhor já citou, o Leonardo Bandarra, ex-procurador-geral do MP do DF, tinha participação nesse esquema?
    Não julgo ninguém. A única coisa que eu constato é que forças internas do MP atuavam no sentido de que eu não conseguisse fazer a licitação do lixo, porque, quando consegui, o preço diminuiu 17%. Portanto, alguém era beneficiado antes, enquanto os contratos eram emergenciais. Forças internas no MP pegaram o processo da bezerra de ouro e colocaram na gaveta por três anos. Forças internas não analisaram a auditoria de Corumbá IV, que é o megawatt/hora mais caro da história do Brasil. Tudo isso está lá no Ministério Público local, devo dizer. Então, alguma coisa acontecia. Como e por que eu não sei responder.
    Quanto ao Bandarra, ele foi um dos que me avisou que eu deveria tirar o Durval e sempre se houve comigo com toda a correção.
    O senhor fez delação premiada com o MP Federal?
    Não existe essa possibilidade. Só faz delação quem é criminoso, quem tem culpa. Eu não tenho. Não faço nada escondido de ninguém. Tudo o que tenho que falar eu estou falando aqui, com gravador ligado, pode ser publicado no jornal. Agora, o que eu sinto, nos poucos depoimentos que tive, no âmbito do Ministério Público Federal e no próprio Poder Judiciário, é que há um desejo muito claro de esclarecer a situação como um todo, fora daquele clima de comoção dos dias do escândalo.
    E daqui para a frente?
    Só consigo ver nesse momento o curto prazo. Nossas prioridades aqui em casa são: primeiro, retomar a minha saúde. Hoje eu tenho um artéria entupida, estou com uma carga de medicamentos muito grande, estou voltando a fazer meus exercícios físicos de maneira ainda muito lenta. Enfim, a primeira prioridade é recuperar a saúde. A segunda é recuperar a cabeça. E o que envolve essas duas prioridades é a vida familiar. A minha prioridade é ser feliz com a minha mulher, a minha filha. Isso é muito mais importante do que vida pública, do que qualquer outra coisa. Eu cumpro aqui esse meu dever de dizer as coisas que penso com muito respeito às opiniões divergentes, mas louco para virar essa página e voltar para a minha reclusão, porque, com essas regras, não volto para a política. A política hoje não exerce sobre mim nenhum fascínio.
    E o poder?
    O poder… Eu experimentei os dois lados do poder. Graças a Deus, quando fui governador, não mudei para a casa oficial, continuei dirigindo meu carro nos fins de semana, poucas vezes usava gravata. Não tirei os pés do chão. Sob esse aspecto, o baque não é grande. Agora, o lado negativo do poder dói muito. O lado do abandono, da ingratidão… Há dois tipos de sofrimento. Um é o pessoal, nosso. Nós dois aqui (referindo-se a ele e a mulher, Flávia) somos pessoas comuns. Há um ano a gente não vai a um restaurante, a um cinema. Sabe por quê? A gente tem vergonha na cara. Nós nos impusemos essa reclusão, em respeito a tudo o que aconteceu. Eu não saio de casa, recebo pouquíssimas pessoas, não interferi no processo político, fiquei quieto. Sofri todas as traições e os abandonos, as ingratidões que um homem público pode sofrer. O meu partido nacional, eu era o único governador, eu os ajudei sempre em tudo o que me pediram, e me abandonaram na primeira curva. Sofri todo tipo de execração pública, de humilhação. Mas esse é o meu, o nosso sofrimento pessoal. Mas ele é muito pequeno, e menos importante, do que o sofrimento da cidade. Nas poucas vezes que saio dirigindo o meu carro… Eu vou confessar uma coisa: me dá um nó na garganta. Eu às vezes choro de tristeza, porque é duro ver obras paradas. É muito duro ver obras concluídas sem terminar. Aquelas marginais que eu fiz ali perto do zoológico, não conseguiram fazer uma graminha no canteiro central nem postes de iluminação. Há pistas de 8km duplicadas que falta uma ponte de 10 metros e eles não conseguem fazer. A Linha Verde era para ter inaugurado em junho e está aí até hoje, enrolando. As vilas olímpicas estão prontas e com cadeado no portão. À exceção da de Samambaia, que eu tive tempo de inaugurar. As crianças podiam estar fazendo esportes, nadando, fugindo das drogas. Me dói muito ver as invasões de terra voltarem, nas nossas barbas. As vans piratas na rua. Os camelôs voltando para o centro da Ceilândia, para o Conic. Isso me dói. Era um projeto de cidade que estava sendo construído e aprovado e que está sendo destruído. Essa é uma dor muito profunda. Mas volto a dizer: não acredito em crime perfeito.
    O senhor sofreu algum tipo de hostilidade na rua?
    Não, graças a Deus, não.
    E manifestações positivas?
    Muitas. Mas eu também tenho tido, nós dois temos tido, muito respeito pela opinião pública. Uma pessoa que passa o que eu passei não pode ficar se exibindo. Eu me impus a uma reclusão. Eu raramente vou a algum lugar. Esses dias eu fui a um enterro de um amigo querido e falaram mal do morto… Então é melhor não ir a lugar nenhum. Estou aprendendo a ter paciência, tranquilidade. Tem uma frase de um personagem do Guimarães Rosa que diz assim: “a esperteza quando é muito vira bicho e come o dono”. Tem muito esperto pela cidade comemorando o crime perfeito antes da hora.
    Essa primeira entrevista é o início de uma saída desse período de reclusão?
    Não, eu volto para a reclusão. Porque eu acho que a reclusão a que nós nos impomos é respeitosa em relação às investigações. É saudável para nossa vida pessoal, nós precisamos voltar a ter paz. Eu tenho lido muito, escrito, pensado, conversado muito, e faço hoje uma constatação. Agora, em 15 de novembro, faço 35 anos como formado de engenheiro. Vai ter até uma festa lá na minha escola de engenharia em Itajubá (MG), que eu também não vou. Nesses 35 anos, a metade do tempo eu fui engenheiro. Na outra metade entrei na política. Fui muito mais feliz profissionalmente como engenheiro. E eu quero voltar a ser engenheiro. Estou me preparando para isso, devagar, me reciclando. A partir do ano que vem quero retomar minha vida de engenheiro. Tenho 56 anos, uma filha de 2 anos. Quero viver de maneira mais simples, mais tranquila, longe do poder.
    Política nunca mais?
    Com essas regras políticas que estão vigentes eu não mais serei candidato. Tem que mudar muita coisa: financiamento público de campanha, voto facultativo, voto distrital misto. Sem isso, é loucura. Não sou eu que estou deixando a política não. Pimenta da Veiga, um dos grandes políticos de Minas Gerais, não disputou mais eleição. Roberto Brant não quis mais disputar eleição. O ministro Nelson Jobim me disse uma vez que o exercício correto do mandato era impeditivo para uma nova eleição. Ser candidato com as atuais regras é quase uma roleta russa. Não há campanha política, em nenhum estado brasileiro e em nenhum partido, que seja imune a uma verificação séria das suas contas. Com as atuais regras, você pega alguma coisa errada ali ou alguma coisa errada aqui. Mas em todo lugar tem coisa errada. Basta ver a atual campanha em Brasília. É tudo claro, não vê quem não quer. É só sair contando as placas na cidade que você vê quanto custa. Já fui senador, deputado, governador, e eu tenho uma responsabilidade pública que independe do mandato. Por isso estou falando. Essa responsabilidade pública não me dá o direito de pedir voto para ninguém nem de induzir voto para ninguém, mas ela me dá a obrigação de dizer o que penso. Por isso o meu voto é contra tudo o que o Roriz representa. Não é nem contra ele ou sua mulher, mas contra tudo o que eles representam.