sexta-feira, 24 de setembro de 2010

ELEIÇÕES 2010 - DISTRITO FEDERAL



Agnelo trabalha para vencer no primeiro turno



Independentemente do destino do ex-governador Joaquim Roriz (PSC) no Supremo Tribunal Federal (STF), Agnelo Queiroz (PT) assegurou que continuará trabalhando 20 horas por dia para conseguir ser eleito em primeiro turno em 3 de outubro. O petista não quer prolongar a disputa eleitoral com o principal adversário nas urnas, segundo ele, para evitar o prejuízo que isso causará à sociedade do Distrito Federal. “O governador eleito se credencia a movimentar e se articular em prol da cidade mesmo no governo de transição. A cidade está paralisada há um ano. Ganharemos três meses até 1º de janeiro de 2011”, argumentou ele. O vice de Agnelo, Tadeu Filippelli (PMDB), negou que a chapa tenha receio de encarar um eventual segundo turno com o ex-governador. “As pesquisas já mostraram que a gente ganha com folga no segundo turno”, retrucou.



Ao contrário do primeiro dia do julgamento da aplicação da Lei da Ficha Limpa e a consequente possibilidade de Roriz manter ou não a candidatura ao GDF, Agnelo não cancelou ontem compromissos da agenda oficial para acompanhar o debate na Suprema Corte, e mais uma vez, quis deixar claro que não estava preocupado com o resultado. “Não consigo acompanhar o julgamento, mesmo que quisesse. Minha agenda está intensa. A cabeça do candidato Agnelo está voltada para ganhar a eleição no voto”, afirmou. Pela manhã, o petista inaugurou um comitê e caminhou no Setor de Oficinas da Candangolândia.



Já o candidato ao GDF, Toninho do PSol, autor da ação contra Roriz, foi ao Aeroporto Internacional de Brasília Juscelino Kubitschek para recepcionar o candidato do partido à Presidência, Plínio de Arruda Sampaio. De lá, Plínio seguiu para o hotel e Toninho foi para o julgamento do recurso que decidirá o futuro da candidatura do ex-governador no Supremo Tribunal Federal (STF). O aspirante a governador pelo PSol cancelou uma caminhada pelo comércio do Setor Norte do Gama na tarde de ontem para conferir os rumos que a Lei da Ficha Limpa devem tomar nestas eleições. “Eu vou acompanhar, do lado de dentro, junto aos advogados do PSol, o julgamento. A nossa esperança é de que ele seja barrado. Só saio de lá quando terminar”, reforçou Toninho.



Já o candidato do PV, Eduardo Brandão, apostou ontem na divulgação de suas propostas com a entrega de panfletos nas ruas da capital. O político percorreu pela manhã o comércio do Cruzeiro Velho e do Sudoeste. O candidato acredita na necessidade de reorganizar o planejamento urbano da região. “O comércio dessas áreas deixou de ser local e atende o público de todo o Distrito Federal. É preciso pensar em serviços como transporte público para desafogar o trânsito”, exemplificou.



Na opinião do candidato, os rumos do pleito deste ano ainda são incertos. Brandão descarta os resultados das pesquisas de opinião realizadas até agora e tem como certeza o fato de que a população do DF terá de encarar o segundo turno das eleições. “Teremos muitas surpresas no próximo dia 3”, prevê. O candidato, porém, não se arrisca a dizer quem estará no páreo. “Até lá, trabalharemos para mostrar que promovemos a uma candidatura alternativa.”



Desde o início da campanha, Brandão diz ter percorrido quase todas as regiões administrativas do DF. Segundo ele, o único lugar em que o grupo do PV não passou foi o Varjão. O plano do político é estender o corpo a corpo a essa e outras áreas do DF para angariar o maior número de eleitores até o dia das votações. Informações do Correio Braziliense.

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