sábado, 18 de setembro de 2010

Empresa EDRB quer se livrar da picaretagem do ex-detento




O advogado da EDRB do Brasil Ltda, Rodolfo Vaccari Batista, negou na tarde desta sexta-feira (17) que a empresa estivesse buscando financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento) e que tenha havido autorização para contato com a Capital Consultoria, ligada a ex-funcionários da Casa Civil.



O autor das denúncias, o ex-detento Rubnei Quícoli, "nunca foi contratado da EDRB", diz o advogado da empresa.



"Ele (Quícoli) se apresentou como consultor autônomo no mercado e atende a várias empresas", afirmou Batista. "Os donos (da EDRB) e inclusive a área jurídica da empresa não sabiam de pedido de financiamento ao BNDES nem de contatos feitos por Quícoli", completou o advogado. "Fomos pegos de surpresa e estamos vivendo no meio de um furacão", descreve.



Segundo Batista, Quícoli se apresentou à empresa em 2009. Até então desconhecido, propôs buscar financiamento para uma central de energia solar no Nordeste. "Dissemos a ele: 'pode buscar essas possibilidades', mas ele nunca trouxe nada para ser analisado pelo jurídico da empresa", alega. No momento da oferta, ele sequer mencionou que o pedido poderia envolver o BNDES.



Batista afirma que, se a empresa soubesse anteriormente do histórico de condenação e prisão de Quícoli por estelionato, ele mesmo teria vetado a contratação do consultor. "Ele nunca pontuou nada sobre essas denúncias", defende-se. O último encontro de Quícoli com a empresa ocorreu entre fevereiro e março, cita o assessor jurídico.



Em relação a eventuais buscas por financiamento junto ao BNDES, o advogado afirma que, no passado, a empresa procurou informações a respeito por um instrumento chamado de consulta prévia. O mecanismo é adotado como padrão pelo banco, sem qualquer intermediário. A EDRB esbarrou na falta de garantias. "O projeto é grande, mas a empresa é pequena", admite o advogado.



Segundo o representante da EDRB, os proprietários da empresa, Aldo Wagner e Marcelo M. Escarlassara, nunca foram filiados a partido político e "agora estão lutando para manter o bom nome da empresa". "Não é fácil lidar com tudo isso, fomos pegos de surpresa e o esforço todo é para manter o bom nome que sempre tivemos", aponta.



A empresa, que já havia emitido nota desvinculando-se das declarações do ex-detento, emitiu uma segunda nota oficial da EDRB à imprensa:



Campinas/SP, 17 de setembro de 2010.



Ante a repercussão da Nota de Imprensa, divulgada na data de 16.09.2010, reitera-se e esclarece-se:



Em face às afirmações atribuídas a EdRB, a empresa ratifica que, em nenhum momento, das reuniões (ou da reunião) de seus diretores com autoridades do governo, houve o pedido de qualquer pagamento, auxílio ou favorecimento de qualquer natureza, muito menos, para a campanha eleitoral.



Outrossim, a empresa EDRB está encaminhando Notificação Extrajudicial endereçada ao Sr.Rubnei Quícoli, instando-o a não se manifestar, em hipótese alguma, em nome da empresa EDRB, já que, não possui poderes para tanto. Inobstante, as medidas judiciais pertinentes serão tomadas em tempo hábil. (Da Rede Brasil Atual)

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