Lula será o apresentador dos programas de Dilma, na campanha da TV
O presidente Lula deverá ser o apresentador do primeiro programa de TV de Dilma Rousseff (PT) no horário eleitoral no rádio e na TV, no dia 17 de agosto.
No papel de apresentador, Lula mostrará Dilma ao eleitorado não só como a responsável pelas grandes obras de seu governo, previstas nos PACs 1 e 2 (Programa de Aceleração do Crescimento), mas também como a garantia de que os programa sociais, como o Bolsa-Família e o Minha Casa, Minha Vida, serão garantidos e atenderá mais gente.
No horário partidário na TV do PT, e inserções no fim do ano passado e no primeiro semestre deste ano, o formato já foi utilizado em parte.
A ideia, segundo os coordenadores da campanha de Dilma, é fazer um programa leve, com muita informação a respeito do governo de Lula e do que virá com um governo Dilma.
Como o programa é longo, com mais de 10 minutos, João Santana está armazenando o máximo possível de cenas externas, que serão enxertadas entre uma fala e outra da candidata.
Procurando preservar o sigilo para não tirar a surpresa, ele gravou uma visita de Dilma ao Chuí, aproveitando uma passagem da candidata pelo Rio Grande do Sul; levou-a a um projeto de agricultura familiar bem-sucedido em Padre Bernardo (GO), a cerca de 120 quilômetros de Brasília; e fez com que a candidata caminhasse pela Esplanada dos Ministérios por volta das 6 horas, com imagens do belo nascer do sol.
A exemplo do que fez nos programas da candidatura de Lula à reeleição, em 2006, João Santana pretende usar muitos efeitos especiais, com bastante didatismo. Sempre que fizer menção ao petróleo existente na camada do pré-sal, por exemplo, mostrará gráficos com a profundidade do óleo e a engenharia e a logística para retirá-lo. A intenção é atrair a curiosidade do telespectador.
Em tom ufanista, o programa de Dilma dirá que o Brasil tornou-se autossuficiente em petróleo devido ao apoio dado à Petrobrás pelo governo de Lula. E sempre que se falar em petróleo, haverá o contraponto da energia limpa dos biocombustíveis.
O Brasil será sempre apresentado como líder no mundo na produção de energia que não emite gases de efeito estufa, entre eles o carbônico. O tema será associado às hidrelétricas, que emitem o mínimo de gases. A construção de Jirau e Santo Antonio, no Rio Madeira, será automaticamente associada a Dilma, assim como a licitação para a Usina de Belo Monte, no Rio Xingu.
Um locutor vai dizer que o País não corre mais o risco de ter um apagão na energia elétrica, como ocorreu em 2001 e 2002, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. Para a propaganda de Dilma Rousseff, com Lula e a candidata, esse tipo de ameaça não existe mais.
Europa. Além das imagens em caminhadas e comícios, de gráficos e apresentação de programas do atual governo, Dilma contará ainda com imagens que pelo menos até agora seu principal adversário, o tucano José Serra, não tem. Trata-se dos encontros que manteve na Europa com os presidentes da França, Nicolas Sarkozy, e da União Europeia (UE), José Manuel Durão Barroso, e com os primeiros-ministros da Espanha, José Luís Zapatero, e de Portugal, José Sócrates. Essas reuniões ocorreram imediatamente depois de Dilma ser confirmada candidata à Presidência por convenção do PT.
A notícia vem do jornal demo-tucano Estadão que, na teoria, é um "bizú" para a campanha de Serra, mas na prática, deixa os demo-tucanos em estado de pânico, desde já.
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