Alvo do Ficha Limpa, Roriz diz a aliados que 'vai até o fim'
Tido por populares como “pai dos pobres”, Joaquim Roriz (PSC) - ao contrário de muitos políticos do país - evitou fazer hoje corpo a corpo com os eleitores e se refugiou sob o ar-condicionado de um elegante restaurante de Brasília.
Candidato ao governo do DF, Roriz reuniu no almoço o candidato à vice, Jofran Frejat (PR), e os postulantes a uma cadeira do Senado, Maria Abadia (PSDB) e o deputado Alberto Fraga (DEM).
No menu da conversa, a possível impugnação da candidatura, em razão de ser alvo da Lei da Ficha Limpa por ter renunciado ao mandato de senador em 2007.
A renúncia foi feita para escapar de um processo por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética.
O pedido de impugnação da candidatura de Roriz foi registrado nesta quinta-feira pelo PSOL no TRE-DF. A Corte tem até o dia 5 de agosto para julgar o caso.
“Ele nos assegurou que vai até a última instância, até o fim. E que vai concorrer normalmente”, disse ao blog Alberto Fraga.
Segundo ele, a campanha oficial de Roriz vai começar com um culto no dia (17) de julho na cidade satélite do Paranoá.
O fato de Roriz colocar o time em campo mais de uma semana depois do inicio oficial da campanha não é visto pelo aliado, de última hora, como um empecilho na corrida pelo governo local.
“O Roriz não precisa ficar comendo pastel e tomando caldo de cana para ser conhecido, como vem fazendo o Agnelo [Queiroz, candidato pelo PT ao governo]. Ele já é bastante conhecido”, avaliou Fraga.
O parlamentar também vê com naturalidade a aproximação com Roriz, arquirrival do ex-governador José Roberto Arruda (ex-DEM), abatido pelo escândalo de corrupção no Distrito Federal.
Na época, Fraga era Secretário de Transporte de Arruda.
“Não vejo incoerência. Seria se eu fosse para o lado do PT, como fez o Tadeu Filippelli [vice na chapa de Agnelo]. Brasília sempre foi de um lado vermelho e do outro azul”, disparou.
Quanto à reação da população ao escândalo que atingiu a capital do país, o parlamentar confessou que vem sentido o impacto nos eventos que tem comparecido.
“Sinto as pessoas um pouco desconfiadas por tudo que aconteceu. Mas vou para a campanha com o nome dos Democratas, até porque o meu nome não apareceu em nenhuma denúncia. Quem tem telhado de vidro é que tem que temer alguma coisa”.
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