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Tempo de propaganda eleitoral de Agnelo é quase 4 minutos maior que de Roriz
Ao conquistar o apoio do DEM e do PP, Joaquim Roriz ganhou mais tempo durante a propaganda gratuita na televisão e no rádio. No entanto, o horário de seu principal adversário, Agnelo Queiroz, será 54% maior
Publicação: 02/07/2010 07:40
>> Ana Maria Campos
>> Lilian Tahan
>> Luisa Medeiros
Roriz disse que não precisava de muito tempo de propaganda, mas trabalhou para ampliá-lo
Com os arranjos de última hora, o ex-governador Joaquim Roriz (PSC) conseguiu ampliar o tempo de rádio e televisão que terá para se exibir ao eleitor. A aposta inicial no meio político era de que, no nanico partido que encontrou para concorrer ao quinto mandato, ele ficaria sem condições de apresentar propostas e rebater críticas na propaganda eleitoral de campanha. No entanto, Roriz conquistou quase sete minutos (6’58’’) para essas aparições públicas graças à adesão do DEM, dono da terceira maior bancada na Câmara dos Deputados, base para o cálculo do quinhão na distribuição do horário dos candidatos. O apoio do PP (partido com direito a 1’18’’) também foi importante para a soma final.
Com o apoio de última hora da legenda que já foi de José Roberto Arruda, Roriz levou quase dois minutos (1’56). Ganhou, assim, mais condições de enfrentar o poderio de Queiroz nesse quesito. O petista dispõe de mais da metade do tempo de televisão (10’44), segundo cálculos estimados de acordo com a legislação eleitoral. A vantagem decorre principalmente da união entre PT e PMDB, os partidos que mais elegeram deputados nas eleições de 2006. Juntas, as duas legendas, mesmo sem a aliança com as demais siglas, já poderiam usufruir de quase 5 minutos em cada apresentação — que ocorrem na hora do almoço e à noite em três dias da semana. Nesse espaço, Agnelo deverá gravar imagens ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, considerado o principal cabo eleitoral dessas eleições pela popularidade refletida em pesquisas de opinião.
A união PT-PMDB garantiu a Agnelo mais da metade de todo o horário eleitoral gratuito
Roriz e Agnelo, que devem polarizar a disputa ao Palácio do Buriti, praticamente dividirão o tempo de propaganda. Os outros concorrentes — Antônio Carlos de Andrade, o Toninho do PSol, Eduardo Brandão (PV), Frank Svensson (PCB), Newton Lins (PSL) e Rodrigo Dantas (PSTU) — ficarão espremidos nos três minutos restantes. Roriz sempre declarou que, devido aos quatro mandatos no DF em mais de 20 anos de vida pública, não considerava necessário dispor de muito tempo para a propaganda do rádio e da televisão. Mas ele trabalhou muito para ampliar o número de aliados, também como estratégia para eleger uma bancada ampla na Câmara Legislativa e no Congresso Nacional.
Promessas
Os sete candidatos que concorrerão ao GDF nas próximas eleições apresentaram ao Correio os principais pontos do plano de governo que norteará os discursos nos palanques e na propaganda eleitoral. As propostas serão registradas no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) até a próxima segunda-feira. Saúde, educação, segurança, transporte e habitação foram as áreas detalhadas pelos concorrentes (leia abaixo), mas o plano de governo de cada um é mais amplo e aborda outros temas, como meio ambiente, emprego e renda e esportes.
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