quinta-feira, 8 de julho de 2010

PSOL protocola pedido de impugnação contra Roriz


Ex-governador renunciou ao mandato em 2007. Segundo o Ficha Limpa, quem renunciar para fugir de cassação fica inelegível por oito anos

Tamanho da Fonte Luis Ricardo Machado

lteixeira@jornalcoletivo.com.br Redação Jornal Coletivo



Foto: Brito

Toninho disse que o PSOL vai lutar pela impugnação do ex-governador Joaquim RorizO Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) promete protocolar nas próximas horas, no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), um pedido de impugnação à candidatura de Joaquim Roriz (PSC) ao Governo do Distrito Federal. Segundo o candidato Antônio Carlos Andrade, o Toninho, que também disputa as eleições ao Palácio do Buriti, o Ficha Limpa torna inelegível por oito anos qualquer político que tenha renunciado a um mandato para fugir de um processo que poderia levar à sua cassação. “Estamos nos baseando no que dispõe o Artigo 2º da Lei Complementar 135 (Ficha Limpa). Na Letra K da lei nós vemos claramente que qualquer membro do Congresso Nacional que renunciar ao seu mandato não poderá ser candidato. Por este motivo, tão logo o TRE faça os registros das candidaturas, nós ingressaremos com um protocolo para o pedido de impugnação da candidatura do Roriz”, confirma.





Joaquim Roriz foi eleito senador em 2006, mas renunciou ao mandato no dia 28 de junho de 2007, supostamente para escapar de um processo por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética do Senado Federal, decorrente das investigações da Polícia Federal. Na época, o então senador havia sido flagrado em conversas telefônicas negociando uma suposta partilha de R$ 2,2 milhões com o ex-presidente do Banco de Brasília (BRB), Tarcísio Franklin de Moura. A partilha seria feita no escritório do empresário Nenê Constantino, presidente da empresa aérea Gol. As gravações foram realizadas durante a Operação Aquarela, deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal, e que investigava um esquema de desvio de dinheiro da instituição bancária. Na época, o ex-governador negou as acusações e disse que pediu um empréstimo de R$ 300 mil a Nenê para comprar uma bezerra e ajudar um primo.





Uma equipe do PSOL se reuniu durante a tarde de hoje no diretório do partido para definir o detalhamento operacional e os procedimentos que irão tomar para a ação de impugnação. “Eu espero apenas que se faça justiça no Distrito Federal e que tenhamos uma campanha limpa este ano. Para isso, a lei deve ser respeitada”, finaliza o candidato Toninho.

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