MP investiga suposta manobra para que Roriz e filhas obtivessem apartamentos
Carlos Carone
carone@jornaldebrasilia.com.br
Investigações do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) sobre a aquisição suspostamente irregular de apartamentos de luxo em Águas Claras envolvem empresas citadas da Operação Caixa de Pandora e o ex-governador Joaquim Roriz. A Polícia Federal encontrou provas de um esquema fraudulento durante operação de busca e apreensão realizada, há duas semanas, na empresa WRJ Engenharia.
Entre os documentos, foram descobertos contratos de gaveta celebrados entre os irmãos empresários Renato e Roberto Cortopassi e Roriz e suas filhas. O Ministério Público e a PF identificaram que os empresários conseguiram um empréstimo, em 2004, no Banco de Brasília (BRB), no valor de R$ 6,7 milhões, para construir os prédios e depois transferiram algumas unidades para a família de Roriz via contrato de gaveta. Toda a documentação está sendo periciada no Instituto Nacional de Criminalística (INC) e deverá seguir para o gabinete do procurador regional da República, Ronaldo Albo, que trabalha na investigação da Caixa de Pandora.
O titular da Promotoria de Defesa do Consumidor (Prodecon) do MPDFT, Paulo Roberto Binicheski, pedirá que os contratos sejam anexados à ação civil que é movida para garantir o direito de consumidores que compraram apartamentos no Residencial Monet, em Águas Claras, e lutam para receber a escritura dos bens. Na ação, o promotor levanta suspeitas sobre um grupo de proprietários por desconfiar que não pagaram pelos imóveis.
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