Dilma e Serra - Promessas até o fim
Gerson Camarotti, Demétrio Weber e Letícia Lins, O Globo
Na última semana de campanha, a candidata petista Dilma Rousseff lançou nesta quarta-feira , em Brasília, uma proposta de eliminar a pobreza absoluta no Brasil, mas evitou estabelecer metas ou prazos. Segundo ela, o país tem ainda 21,5 milhões de pobres.
Já José Serra (PSDB), em visita a Recife , fez promessas para o Nordeste: assinou documento com as metas para o semiárido, que concentra 40,5% da população da região. No documento, com metas a serem cumpridas até 2020, Serra prometeu inserir 100% das famílias pobres da região em redes de proteção social e assegurou que 100% das residências terão água potável para o consumo doméstico.
Numa estratégia para neutralizar os efeitos eleitorais da promessa de Serra de estabelecer o 13º para o Bolsa Família, Dilma anunciou nesta quarta-feira os 13 pontos de sua proposta para o desenvolvimento social, que inclui a ampliação do programa para famílias sem filhos - hoje o governo atende 1,3 milhão de famílias pobres nesta condição.
Durante o seu discurso, no teatro do Sindicato dos Bancários, Dilma fez questão de estabelecer um contraponto com o seu adversário e o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, sem citá-los nominalmente.
- Para nós, a questão social não é adereço de mão. É o cerne do nosso programa de governo. Essa é uma diferença histórica entre nós e o adversário. Não existe como conceber o desenvolvimento sem olhar como grande indicador a melhora nas condições de vida da população. Não é no PIB que olhamos se o Brasil melhorou ou não. É importante que a economia cresça, mas o indicador principal é se melhoramos as condições de vida das pessoas - discursou a petista, durante o evento.
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