Palanque da coligação Novo Caminho: segundo turno esvaziou a festa
Com a ida do candidato ao Governo do Distrito Federal e da postulante à Presidência da República pelo Partido dos Trabalhadores, respectivamente, Agnelo Queiroz e Dilma Rousseff, para o segundo turno, a festa preparada para comemorar a vitória deles acabou cedo. Por volta de 21h30, as cerca de 800 pessoas que compareceram ao Ginásio Nilson Nelson começaram a deixar o local.
Mesmo com o resultado deste primeiro turno, Agnelo compareceu ao evento – ao contrário de Dilma –, onde já estavam candidatos da coligação Novo Caminho, inclusive Cristovam Buarque (PDF-DF) e Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), vencedores da corrida ao Senado. O postulante à chefia do executivo local, agradeceu a militância e comemorou o fato de a coligação ter conseguido eleger vários deputados federais e distritais, além dos dois senadores. Ele se disse muito satisfeito com o resultado do primeiro turno. “Não liquidamos a fatura por um ponto”.
O almejante ao Palácio do Buriti destacou sua pretensão de “encerrar um ciclo de corrupção, desorganização, falta de planejamento, bagunça e estímulo ao crime”. Para Agnelo, 70% dos votos contra o que chamou de atraso (confira, abaixo, a porcentagem de votos de cada concorrente ao GDF), demonstram que o povo está com ele. Nesta etapa, antes do segundo turno em 31 de outubro, vai fazer campanha com mais garra e determinação. “É uma honra ter metade dos votos válidos na cidade. Falta pouco para garantir o sonho da mudança. Agora vamos botar grande margem de frente”.
O vice da coligação ao GDF, Tadeu Filippelli, destacou que a aliança do grupo não foi feita por conveniência ou projeto pessoal. “Queríamos lutar por Brasília. A luta não é partidária, é pelo DF”. Apesar de ter sido vaiado por alguns, e aplaudido por outros, ele agradeceu o apoio da militância. “Começamos com nove pontos e agora tivemos 49. Vocês (referindo-se aos eleitores) nos levaram a esse lugar.”
Os vencedores na corrida ao Senado, Cristovam e Rollemberg, também discursaram. Reeleito, Cristovam disse não se sentir em condições de comemorar nada até a vitória de Agnelo. “Fui eleito, mas faço parte de um processo. Queira fazer um compromisso de estar junto. Amanhã vou estar nas ruas para o DF ter um governador de quem se orgulhe e não de quem sinta vergonha.” O senador afirmou que, ao ver que a disputa pelo GDF foi para segundo turno, sentiu-se constrangido diante dos brasileiros “que devem estar se perguntando o que está acontecendo aqui. Nós daremos a resposta em três semanas”. Cristovam declarou esperar que o Partido Verde e o Partido Socialismo e Liberdade se juntem à campanha da coligação Novo Caminho.
Rollemberg também agradeceu o que chamou de uma votação histórica. “Serei o senador de todos os partidos da coligação.” O senador eleito disse que vai retomar a campanha em apoio a candidato ao Palácio do Buriti. “Disse ao Agnelo ontem que já estava com saudades da campanha. Por quase 30 dias teremos a oportunidade de estar de novo nas ruas. Estou pronto para, amanhã, a partir de 6h, tomarmos juntos todas as ruas.”
Primeiro turno
Com 100 % das urnas apuradas, o Distrito Federal terá segundo turno para governador. O candidato petista Agnelo Queiroz, que começou a corrida eleitoral como segundo colocado, aparece com 48,41% dos votos, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele disputará a vaga ao Palácio do Buriti com Weslian Roriz (PSC), segunda colocada com 31,49%.
O candidato Toninho do PSol está em terceiro, com 14,25%. Em quarto aparece Eduardo Brandão (PV), com 5,64%. Rodrigo Dantas (PSTU), tem 0,2% dos votos.
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