terça-feira, 12 de outubro de 2010

Agnelo vai recorrer à Justiça contra o que considera "crime eleitoral"





Natasha Dal Molin



natasha.dalmolin@jornaldebrasilia.com.br







O departamento jurídico da coligação Um Novo Caminho deve protocolar hoje no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-DF) um pedido de investigação judicial eleitoral contra a coligação Esperança Renovada, de Weslian Roriz (PSC), por utilização da máquina pública.







De acordo com o advogado Claudismar Zupiroli, a suposta orientação para que os funcionários da Secretaria de Educação reduzissem o expediente para trabalhar na campanha de Weslian se configura "em uma clara violação de conduta dos servidores públicos", prevista na Lei Eleitoral.







Em compromissos de campanha neste domingo, no Gama, o candidato petista Agnelo Queiroz rebateu as acusações feitas pela adversária de que ele é que estaria utilizando a máquina pública, do Governo Federal, para se eleger governador. A rorizista citou o caso da Imprensa Nacional, denunciado com exclusividade pelo Jornal de Brasília, em que o diretor do órgão distribuiu carta pedindo votos aos servidores para os candidatos petistas e que está sendo investigado pelo Ministério Público Eleitoral.







Quando questionado sobre as acusações de Weslian, Agnelo sorriu: "Que máquina? Esse raciocínio é tão primário quanto a interpretação", afirmou, acrescentando: "A máquina está aí, e pelo que estamos vendo, está comprometida com a eleição dela", afirmou, numa referência ao apoio oficial dado à candidatura da mulher de Joaquim Roriz pelo governador Rogério Rosso (PMDB).







Providências







O petista disse que o episódio relatado pelos servidores da Secretaria de Educação que pediram exoneração dos cargos na última semana por terem sido supostamente orientados a trabalhar na campanha de Weslian no horário de trabalho é claramente "crime eleitoral". "A Justiça tem que tomar providências o quanto antes em relação a isso", destacou.







O candidato reiterou a postura de evitar comentar as pesquisas de intenção de voto, nas quais aparece à frente da adversária. Mas Agnelo disse que a migração de votos do ex-candidato Toninho do PSOL para a sua candidatura, segundo levantamento do Instituto Datafolha divulgado no sábado, era esperada. "Pela lógica. Porque quem votou nele, votou na mudança. E é o que representa a nossa candidatura", afirmou. Agnelo também está confiante de que ganhará os votos que foram dados no primeiro turno a Eduardo Brandão (PV), que anunciou oficialmente apoio à candidatura dele após a derrota nas urnas.







Voto nulo







Já Toninho anunciou oficialmente na última semana que votaria nulo no segundo turno das eleições para o GDF, mas que deixaria os eleitores à vontade para escolherem em quem votar.







O clima é de otimismo, mas o petista não despreza a importância de continuar em campanha. "Vamos continuar trabalhando com afinco", garante. Ele promete transformar a cidade em um exemplo da legalidade e combate à corrupção. "É necessário recuperar os serviços públicos prestados, em especial a saúde. Esse grupo que está aí há 14 anos destruiu a saúde pública; é um exemplo de antipolítica", disse, alfinetando a coligação adversária.

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