Deu em O Globo
Feriado prolongado tende a aumentar abstenção
Número recorde de estados onde não haverá 2 turno também pode influenciar a eleição
Henrique Gomes Batista
A abstenção no segundo turno tende a ser maior que a registrada em 3 de outubro, o que pode influenciar o resultado da eleição presidencial.
Dois fatores contribuem para isso: a data do segundo turno, 31 de outubro, no meio de um feriado prolongado — dia do servidor público, em 28 de outubro, e Finados, em 2 de novembro — e o número recorde de estados (18) onde já foram escolhidos os governadores na primeira votação.
No primeiro turno, a abstenção foi de 18,12%.
Não terão segundo turno para governador os oito maiores colégios eleitorais — São Paulo, Minas, Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Paraná e Ceará —, o que deve contribuir para a desmobilização do eleitor.
O exemplo das últimas eleições municipais do Rio ilustram o impacto do feriado nas votações. Em 2008, o governador Sérgio Cabral (PMDB) antecipou o dia do servidor e, com isso, a abstenção no segundo turno foi de 20,25%, recorde na cidade — bem acima da abstenção do primeiro turno, de 17,91%.
Esse crescimento foi maior que a variação natural de um ponto percentual entre a primeira e a segunda votações.
— As campanhas terão que dar atenção ao fato do segundo turno ser realizado às vésperas de um feriado nacional geral e, logo em seguida, a um feriado especifico para o funcionalismo público, 28 de outubro, dia do servidor público. Com seis dias potenciais de feriado, pode não ser desprezível uma campanha pela participação e ação de militância para convencimento da importância do voto, Acho bem possível que o índice de abstenção seja maior que os já registrados —- afirmou Rachel Meneguello, professora do Departamento de Ciência Política da Unicamp.
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