sábado, 23 de outubro de 2010

Vigilante vê denúncia do PSC como degrante. PT recorre ao TRE




O deputado distrital eleito Chico Vigilante, o principal articulador da candidatura de Agnelo Queiroz ao GDF, garante que acabou de assistir “o momento mais degradante da política do DF”. Ele se referia ao depoimento gravado de Michael Alexandre Vieira da Silva, um dos participantes de um suposto esquema de desvio de recursos do Ministério dos Esportes, exibido agora à noite no programa eleitoral da candidata Weslian Roriz (PSC).



O parlamentar lamenta que o ex-governador Joaquim Roriz use um “bandido” para atacar a honra do candidato petista Agnelo Queiroz. “É a política chegando ao fundo do poço”, diz. Revoltado, Vigilante disse que o PT irá acionar judicialmente o ex-governador Joaquim Roriz e a candidata Weslian Roriz. A Coligação Um Novo Caminho vai entrar no Tribunal Regional Eleitoral com um pedido de direito de resposta, além da suspensão do programa eleitoral exibido hoje pelo grupo rorizista.



Acusação - Levado ao ar no programa da candidata Weslian Roriz (PSC), Michel Vieira da Silva acusou o candidato Agnelo Queiroz (PT), líder nas pesquisas, de ser beneficiário de um esquema de corrupção no Ministério dos Esportes, pasta já comandada pelo petista.



Dizendo-se ameaçado e longe da família, Michel repetiu, às vezes aos prantos, o refrão: "me matem". Segundo ele, seria esta a solução para seus infortúnios e ameaças. Michael estava sob a custódia no Programa de Proteção a Testemunhas desde que denunciou o caso, mas reapareceu nesse segundo turno.



Ex-funcionário do Instituto Novo Horizonte, ONG que deveria oferecer cursos de treinamento a crianças pobres, Michel relatou que a entidade foi usada para extrair dinheiro do ministério. Segundo ele, a ONG simulava gastar a maior parte da verba que recebia, mas o grosso do dinheiro iria para os participantes do esquema.



Em junho de 2006, três meses depois de Agnelo deixar o cargo, a ONG faturou um convênio de 1,6 milhão de reais com o Ministério do Esporte. Em um dos trechos mais graves, Michel afirma que um dos depósitos, no valor de R$ 150 mil, teve como destinatário o ex-ministro. Agnelo sempre negou a história e dizia ser uma armação para prejudicá-lo politicamente.

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