quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

POLÍTICA




PT avança sobre cargos do PMDB e acirra disputa



A três dias da posse da presidente eleita Dilma Rousseff, o PMDB é minado pelo PT e pode perder o comando de fundações e estatais que há vários governos compõem sua cota de poder. Na iminência de ter de entregar ao novo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o posto mais estratégico da pasta - a Secretaria de Atenção à Saúde -, o partido acusa o PT de querer "aparelhar" o ministério subtraído dos peemedebistas na montagem do primeiro escalão.



A expectativa da cúpula do PMDB era precisamente o oposto. Quando desistiu de negociar o ministério para estancar o desgaste político e de imagem, o comando do PMDB contava compensar o quinhão perdido na partilha dos postos do segundo escalão. Mas a disputa pela Esplanada infiltrou-se nas instâncias menores. Na saúde, os peemedebistas também esperavam manter a presidência da Funasa (Fundação Nacional de Saúde), também cobiçada por petistas.



O PMDB chegou a desdenhar do posto de ministro da Saúde, julgando que manteria Alberto Beltrame na Secretaria de Atenção à Saúde - o setor que define regras e valores das tabelas dos serviços prestados pelo SUS (Sistema Único de Saúde) em Estados e municípios.



Beltrame, indicado pelo PMDB gaúcho, caiu nas graças de toda a cúpula partidária porque "atende bem ao partido", mas o ministro Padilha quer substituí-lo por Helvécio Magalhães, do PT de Minas, apadrinhado do novo ministro de Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel. O PMDB protesta, alegando ter sido avisado de que as definições do segundo escalão só ocorreriam entre janeiro e fevereiro. Assim, estaria "disciplinado, aguardando". Diante da movimentação do PT, a insatisfação evoluiu. Informações da AE.

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