sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Falta policial no DF. Para atender a todas as delegacias seriam necessárias 200 contratações




Luís Augusto Gomes

luisaugusto@jornaldebrasilia.com.br







O aumento no número de assassinatos, roubos, sequestros relâmpagos, furtos e tráfico de drogas, é o reflexo do reduzido efetivo da Polícia Civil. Faltam delegados, agentes, escrivãos e peritos. Enquanto a criminalidade ganhas as ruas, a população se tranca e fica refém do medo. O governador Rogério Rosso reconhece a carência e anunciou a contratação de 90 delegados, mas a categoria garante que o deficit é de 200 homens.







Os que estão na função atualmente respondem por mais de uma delegacia e sentem-se desmotivados pela falta de incentivos. O governo admite a carência e garante que o policiamento será reforçado. Nos últimos cinco dias, a polícia registrou pelos menos um homicídio por dia. Santa Maria foi a cidade recordista. Uma criança de 12 anos, pega dentro de casa e feita como escudo humano, foi uma das vítimas. A morte causou indignação e revolta na família e em moradores da região, onde, com medo da violência, comerciantes atendem fregueses atrás das grades.







Na momento em ocorreu a morte do menino não havia delegado de plantão na delegacia de Santa Maria para ir ao local do crime, conversar com testemunhas e iniciar a investigação. A autoridade policial respondia também por outras duas delegacias no Gama. "Não temos delegado. Ele está de plantão na 14ª DP (Gama) e só vem aqui em caso de flagrante. Aqui é de praxe não ter delegado", afirmou um agente, que estava no balcão e pediu para não ter o nome divulgado.







Mas o delegado também não estava na 14ª DP. Tinha saído para fazer um flagrante na 20ª DP, também no Gama, e não sabia nada do que estava ocorrendo em Santa Maria. "É uma situação delicada. Não tem sentido um delegado ficar de sobreaviso e só aparecer na unidade quando é solicitado", afirmou um outro policial no plantão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário