sábado, 25 de dezembro de 2010

POLÍTICA




Dos 37 ministros de Dilma, nove, entre eles Casa Civil, Saúde e Educação, são de SP; Rio tem quatro



No governo Dilma Rousseff, a Esplanada dos Ministérios terá forte presença paulista, confirmando o apelido de "paulistério". Dos 37 ministérios, nove serão ocupados por paulistas e dos mais importantes, como a Casa Civil, o Ministério da Fazenda, a Saúde, a Educação, a Agricultura, a Justiça e o Planejamento. O Rio terá quatro representantes no Ministério de Dilma: Luiz Sérgio (Relações Institucionais), Ana de Hollanda (Cultura), Moreira Franco (Assuntos Estratégicos) e Carlos Lupi (Trabalho). Ainda há mais dois ministros cariocas, mas cujas indicações não estão ligadas à divisão de forças entre os estados: Antônio Patriota (Relações Exteriores) e Helena Chagas (Comunicação Social).



O Nordeste, onde Dilma teve 10 milhões de votos a mais que o adversário José Serra, também está bem representado. Bahia e Rio Grande do Sul terão cinco ministérios cada um. O Maranhão ficará com duas pastas: Pedro Novais (Turismo) e Edison Lobão (Minas e Energia), ambos ligados ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Os estados de Sergipe, Amazonas, Paraná, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Espírito Santo, Santa Catarina, Pernambuco, Ceará e Distrito Federal terão um representante no primeiro escalão. Ao todo, 16 ministros de Dilma também estiveram no governo Lula



Embora Lula tenha dito que a futura equipe ministerial terá a cara de Dilma, pelo menos 16 ministros serviram ao atual governo - 43,2% das 37 pastas. Desses, oito foram mantidos no cargo a pedido de Lula ou por indicação partidária: Guido Mantega (Fazenda), Fernando Haddad (Educação), Jorge Hage (Controladoria-Geral da União), Nelson Jobim (Defesa), Wagner Rossi (Agricultura), Orlando Silva (Esporte), Carlos Lupi (Trabalho) e Luís Inácio Adams (Advocacia-Geral da União).



Os ministros Paulo Bernardo (Planejamento) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais) apenas mudarão de pasta a partir de 1º de janeiro. Paulo Bernardo vai para o Ministério das Comunicações, e Padilha para a Saúde. Considerado coringa entre os aliados de Dilma, Paulo Bernardo quase foi para a Casa Civil, mas acabou deslocado para as Comunicações, onde cuidará da implantação do Plano Nacional de Banda Larga.



O deputado Antonio Palocci, que deixou o Ministério da Fazenda em março de 2006, sob acusação de ter violado o sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa, volta ao poder para comandar a Casa Civil - pasta responsável pela gerência do governo e que tem forte influência na definição das políticas públicas. Os senadores Alfredo Nascimento (PR-AM) e Edison Lobão (PMDB-MA), que deixaram a Esplanada em março para disputar as eleições de outubro, voltam para os mesmos cargos que ocuparam no governo Lula: Transportes e Minas e Energia, respectivamente.



Os petistas Gilberto Carvalho, Miriam Belchior e Tereza Campello, auxiliares de Lula no Palácio do Planalto, passarão para o primeiro escalão. Amigo de Lula há mais de 30 anos e seu fiel seguidor, Gilberto, atual chefe de gabinete da Presidência, assumirá a Secretaria Geral. Além de atuar como um conselheiro da presidente eleita, Gilberto vai fazer a ponte com o PT. Miriam vai para o Planejamento, e Tereza para o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS).



Ao fechar a formação de sua equipe, Dilma não conseguiu cumprir a meta de ter um terço das pastas ocupadas por mulheres. Serão nove mulheres numa equipe de 37. Ou seja, um quarto do Ministério.



O PT ficará com quase a metade dos ministérios: 17. O partido do vice Michel Temer, terá seis pastas, sendo que a Defesa não é considerada da quota partidária, embora Jobim seja filiado ao PMDB. PSB terá dois ministérios e PR, PP, PDT e PCdoB, um cada. Oito ministros não têm filiação partidária. Informações de O Globo





Da redação Blog em 24/12/2010 10:08:35

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