sábado, 25 de dezembro de 2010

STF rejeita interpelação contra Lula por declarações sobre a bolinha de papel




Foi arquivada a Petição (PET 4854) em que o médico Jacob Kligerman pretendia que o presidente Lula se explicasse sobre declarações dadas durante a campanha eleitoral deste ano, quando classificou como encenação de José Serra dizer-se agredido, quando foi atingido por uma bolinha de papel, durante caminhada na Zona Oeste do Rio de Janeiro.



O arquivamento da ação foi determinado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello. Para ele, não há qualquer ambiguidade ou dubiedade nas declarações do presidente da República, fato que justificaria o pedido de explicação.



O médico, que fez a suposta tomografia na cabeça de José Serra, PSDB/SP, após ser atingida pela bolinha de papel, fez uma interpelação judicial, alegando que as declarações do presidente Lula acabaram por atribuir a ele a participação em suposta farsa, o que poderia configurar o delito de difamação.



Nas declarações, veiculadas em matéria jornalística, o presidente Lula afirma que Serra foi orientado por sua equipe a criar um “factóide”. O presidente diz que, no episódio, Serra “bota a mão na cabeça e vai ser atendido por um médico que foi secretário de Saúde do prefeito Cesar Maia, e foi diretor do Inca (Instituto Nacional do Cancer) quando Serra foi ministro da Saúde”. O presidente Lula, comparou a atitude de Serra à do goleiro chileno Rojas, que nas eliminatórias da Copa do Mundo, em 1989, no Maracanã, fingiu ter sido atingido por um foguete jogado por torcedores. “Venderam o dia inteiro que esse homem tinha sido agredido, e o que vocês assistiram foi uma mentira mais grave que a do goleiro Rojas”.



Nenhuma informação está errada: Kligerman foi de fato secretário de Cesar Maia, e diretor do referido instituto quando Serra era ministro, e todos os vídeos, quando exibidos na íntegra e analisados quadro a quadro, desmentem a versão de Serra. (Com informações do STF).

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