terça-feira, 22 de março de 2011

Com renda em alta, brasileiro já viaja mais de avião que de ônibus






O número de passageiros de avião superou neste ano o de viajantes de ônibus interestaduais pela primeira vez.





Em 2010, o país registrou 66 milhões de passageiros de avião em ligações entre Estados -maior número já alcançado pela aviação. Nos dois primeiros meses de 2011 já houve crescimento de cerca de 10% ante o ano passado.





Pesquisa da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) mostra que o número de passageiros de ônibus foi próximo de 67 milhões em 2010. Com a tendência de queda desde 2003, o número não deve se repetir.





A pesquisa foi encomendada à Fipe-SP pela ANTT para avaliar o número de passageiros, dado que será usado no processo de licitação das linhas, prevista para este ano. Segundo a ANTT, as empresas de ônibus têm informado número de passageiros cerca de 38% menor que a quantidade encontrada no levantamento da Fipe.

De 2002 a 2010, o número de passageiros de avião cresceu 115%, e o de passageiros de ônibus informado pelas empresas caiu 31%.





A Gol diz que hoje 47% de seus passageiros são das classes C e D. Boa parte veio do ônibus. Para ganhar ainda mais mercado nessas classes, a empresa financia passagens em até 36 vezes e tem postos no Metrô paulista.Estudo da Gol verificou que de 5% a 10% dos seus passageiros voaram pela primeira vez com a empresa.





A melhoria da renda dos brasileiros, principalmente a partir de 2007, aliada a condições favoráveis para a aviação (dólar barato e não pagamento de ICMS, presente nas passagens de ônibus), é apontada como a responsável pela mudança.Segundo o diretor-geral da ANTT, Bernardo Figueiredo, "o ônibus era imbatível porque não tinha concorrência. Agora, ele está voltando para o mercado dele, que são as ligações até 500 quilômetros".





A queda do número de passageiros é visível e admitida pelas próprias empresas. Nos terminais pelo país, linhas que tinham cinco saídas por dia, por exemplo, passaram a ter uma. As ligações de longa distância (mais de mil quilômetros) são as mais afetadas.





Renan Chieppe, presidente da Abrati, associação que congrega as empresas de ônibus, diz que as empresas passaram a operar em linhas em que são mais competitivas e, por isso, não tiveram queda no faturamento.





Mas lembra que, mesmo nas longas distâncias, o ônibus ainda é necessário."Nos períodos de pico, como Carnaval e Natal, temos a condição de aumentar em seis vezes ou mais a capacidade de passageiros, o que o avião não consegue." na folha tucana

Um comentário:

  1. Nem sempre a situação foi tão simples assim
    Do Nordeste para o Sudeste era viagem sem fim
    Dois dias dentro de ônibus em pinga-pinga eterno
    Desconforto e um calor que mais parecia o inferno

    Mas agora os tempos são outros, que felicidade
    É possível viajar de avião com muito mais facilidade
    O acesso melhorou, não é mais privilégio de gente rica
    Mostra que a vida do brasileiro cada vez melhor fica

    Pela primeira vez, transporte mais usado é o avião
    Aumentou em 115% os que olham do céu sua nação
    No mesmo período, cai em um terço o passageiro terrestre
    Trajetos de até 500 km é o nicho em que agora se investe

    Na Gol, metade dos seus passageiros são da classe C e D
    Na agora líder, parcelamentos infindáveis, basta querer
    Mas nem tudo é mar de rosas, ainda é preciso paciência
    Voos atrasados, mau atendimento, pouca concorrência

    Aeroportos não suportam a demanda, (e a Copa chegando)
    Overbooking: vendem além da conta e te deixam esperando
    Poltronas apertadas para figuras que medem mais de 1,80m
    Mas para não ir de ônibus, até barra de cereal a gente agüenta

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    twitter: @noticiaemverso

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