Dilma pede urgência na votação do acordo de Itaipu assinado por Lula com Paraguai
A pedido do governo Dilma, a Câmara dos deputados vai analisar na próxima quarta-feira (30), em sessão extraordinária, o projeto que eleva de US$ 120 para US$ 360 milhões por ano, os repasses financeiros do Brasil para o Paraguai pelo consumo do excedente de energia produzida pela usina hidrelétrica de Itaipu (PDC 2600/10).
O projeto referenda no Congresso, o acordo assinado em 2009 pelo então presidente Lula e o presidente do Paraguai, Fernando Lugo.
O chanceler brasileiro, Antônio Patriota, visitou o Paraguai em janeiro para agendar uma visita da presidenta Dilma. Ela deverá visitar o país vizinho em poucas semanas e até lá quer resolver o assunto no Congresso. O governo paraguaio vem cobrando do Brasil a aprovação do projeto, e o clima da visita de Dilma ao país causaria mal-estar diplomático sem nenhum gesto para o acordo entrar em vigor, o que depende do Congresso.
Quando Lula visitou o Paraguai na quarta-feira, para participar de um seminário sobre educação, o assunto foi tratado durante o encontro com o presidente Lugo. As autoridades paraguaias pediram à Lula para interceder politicamente, como líder do PT. O assunto foi notícia na imprensa paraguaia, mas a imprensa demo-tucana brasileira está fazendo greve de notícias sobre Lula.
A oposição demo-tucana e o PIG vão criticar a presidenta Dilma, a base governista e Lula, olhando apenas o aspecto financeiro superficial. Mas o acordo ainda é vantajoso para o Brasil, porque o preço pago ao Paraguai pela compra de energia, ainda assim é baixo. Além disso, interessa aos brasileiros, que o Paraguai também usufrua de suas riquezas com justiça, para debelar atividades criminosas, que onerariam os custos cada vez mais elevados de vigilância das fronteiras. É mais barato e dá mais retorno investir em políticas de desenvolvimento econômico e social para nossos vizinhos, do que ser obrigado a gastar mais e mais com equipamento bélico para vigiar fronteiras. Além disso o Paraguai seguindo o caminho do Brasil e se tornando um país de classe média, comprará mais produtos brasileiros.
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