Câmara vai tentar notificar Jaqueline Roriz nesta quarta
Da redação em 16/03/2011 15:21:30
O corregedor da Câmara dos Deputados, Eduardo da Fonte (PP-PE), afirmou nesta quarta-feira (16) que vai tentar notificar a deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF) nas próximas a horas. “Recebendo hoje [nesta quarta] o pedido do presidente Marco Maia, vou dar andamento no processo de notificação”, afirmou Fonte. A deputada do PMN pediu licença médica da Casa na segunda-feira (14), alegando problemas de pressão. Ela divulgou nota na qual afirmou ter recebido dinheiro de Durval Barbosa. Os recursos, segundo ela, teriam custeado a campanha para deputada distrital, em 2006.
O G1 entrou em contato com a assessoria da parlamentar que informou que ela ainda está fora do Distrito Federal.
O deputado pernambucano vai deflagrar a investigação para apurar a possível quebra de decoro de Jaqueline, que aparece ao lado do marido, Manoel Neto, em um vídeo no qual o casal recebe um pacote de dinheiro das mãos de Durval, pivô do escândalo de corrupção que ficou conhecido como mensalão do DEM de Brasília.
O pedido de investigação foi apresentado pelo PSOL na semana passada, mas só nesta quarta a matéria, entregue ao presidente da Casa, Marco Maia (PT-RS) deve chegar ao corregedor.
Além da investigação na corregedoria da Casa, o presidente da Câmara confirmou que o Conselho de Ética será instalado nesta quarta. Composto de 15 integrantes, o colegiado deve ter como primeira missão examinar a representação que será protocolada pelo PSOL. O partido irá pedir a cassação do mandato de Jaqueline por quebra do decoro parlamentar.
A reunião vai ocorrer na tarde desta quarta, quando os deputados indicados pelos partidos elegerão o presidente do colegiado. O Conselho terá 90 dias para investigar o caso e elaborar um relatório que será enviado ao presidente Marco Maia. De posse do parecer, Maia terá dois dias para colocar a decisão do Conselho em votação no plenário da Câmara.
Verba indenizatória
O presidente da Câmara também afirmou que irá enviar ao corregedor, Eduardo da Fonte, um pedido de investigação para apurar a denúncia de que Jaqueline Roriz teria utilizado verba indenizatória do gabinete para alugar uma sala comercial do próprio marido.
O local foi alugado por R$ 1,1 mil, segundo Jaqueline informou à Câmara, para montar um escritório de apoio à atividade parlamentar. Maia afirmou que pretende pedir a devolução do aluguel correspondente ao mês de fevereiro.
Assim que receber os pedidos, o corregedor da Câmara terá 45 dias para analisar o caso. Se preferir, ele poderá pedir prorrogação do prazo por mais 20 dias. Se encontrar indícios que justifiquem a abertura de processo, Eduardo da Fonte remeterá o caso ao presidente Marco Maia, que terá o papel de encaminhar o caso ao Conselho de Ética da Casa. Informações do G1.
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