quarta-feira, 2 de março de 2011

Deputados aumentam seus salários, mas reclamam do reajuste do Bolsa Família






Enquanto a presidente Dilma Rousseff anunciava o reajuste do Bolsa Família, ontem, em Irecê (BA), a oposição já reagia dizendo que esta seria uma estratégia do governo para desviar a atenção de notícias negativas.. A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, saiu em defesa do Palácio do Planalto: "Não vejo nada contraditório. O salário-mínimo vem tendo uma valorização substantiva ao longo desses oito anos. O mínimo teve aumento real bem acima da renda média da população brasileira, em torno de 127%, enquanto a renda média cresceu 77%. E o Bolsa Família teve reajustes menores, agora ele começa a se equiparar a esse rendimento médio", afirmou a ministra em entrevista após o evento em Irecê.





O Bolsa Família, que atende a cerca de 50 milhões de pessoas em todo o Brasil - somente no Distrito Federal são 97.985 famílias beneficiadas -, terá reajuste médio de 19,4% e aumento real de 8,7% sobre setembro de 2009 a março de 2011. A parcela do benefício que leva em consideração o número de filhos foi corrigida em 45%.





Com o reajuste, o benefício que variava de R$ 22 a R$ 200 foi corrigido para R$ 32 a R$ 242. Segundo Dilma, o impacto do reajuste é de R$ 2,1 bilhões.





Os R$ 2 bilhões do reajuste sairá do Orçamento da União, segundo o Planejamento. Desse total, R$ 755 milhões virão da chamada reserva de contingência, recurso que o governo deixa para despesas de emergência. Outros R$ 340 milhões serão remanejados de programas do próprio Desenvolvimento Social.





Bolsa Família





Este foi o quarto aumento em sete anos do programa, que tem quatro tipos de benefícios. O básico, que vai a R$ 70 (reajuste de 2,9%), é pago a famílias extremamente pobres, com renda mensal de até R$ 70 por pessoa.





Famílias pobres com renda de até R$ 140, desde que tenham filhos de até 15 anos, recebem o variável de R$ 32 (reajustado em 45,5%). O benefício variável vinculado ao adolescente, reajustado para R$ 38 (15,2%), é pago às famílias que tenham jovens





de 16 e 17 anos na escola.





O benefício extraordinário é pago às famílias nos casos em que a migração para a Bolsa Família dos programas Auxílio-Gás, Bolsa Escola, Bolsa Alimentação e Cartão Alimentação cause perdas financeiras.

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