Fichas sujas cuidarão da reforma política
Parece brincadeira. Mas não é. Dos 41 deputados que formarão a Comissão Especial da reforma política da Câmara, criada para elaborar leis que vão disciplinar o financiamento público de campanhas, estão parlamentares fichas-sujas, acusados de enriquecimento ilícito, que enfrentam ou enfrentaram problemas com a Justiça Eleitoral e são investigados, entre outras coisas, por uso de caixa dois em campanhas eleitorais em escândalos como o mensalão do PSDB mineiro.
O nome mais emblemático é o do deputado Paulo Maluf (PP-SP), que foi enquadrado na Lei da Ficha Limpa pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo na eleição de 2010. No site da Interpol, Maluf aparece como procurado por desvio de dinheiro. Também foram indicados como integrantes dois réus de processos no Supremo Tribunal Federal (STF): Valdemar Costa Neto (PR-SP), que responde a processo, e Eduardo Azeredo (PSDB-MG), que é réu no processo do mensalão do Valerioduto mineiro. O ex-governador Newton Cardoso (PMDB-MG), que atravessou uma separação rumorosa com questionamentos sobre enriquecimento ilícito, também integra a comissão da reforma política.
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