Ana Maria Campos
Publicação: 09/06/2010 07:00 Atualização: 09/06/2010 08:10
No próximo dia 19, PT e PMDB devem fechar uma aliança histórica para formação da chapa ao Governo do Distrito Federal. Nesta data, o partido do deputado Tadeu Filippelli deve sacramentar na convenção regional o aval para que o peemedebista seja o vice do petista Agnelo Queiroz. No mesmo dia, o PT pode também tomar uma decisão oficial, autorizando a parceria com a sigla de quem foi adversária nas últimas cinco eleições. A dobradinha dos dois maiores partidos com representação no Congresso garantirá quase dois terços do tempo de propaganda no rádio e na televisão durante o horário eleitoral.
Em 27 de junho, os dois partidos deverão se unir a PSB, PDT, PCdoB e PRB para uma festa que vai confirmar a coligação em torno da chapa. Esse movimento conta com o apoio da direção nacional de todas as legendas, especialmente do presidente do PT, José Eduardo Dutra, e do deputado Michel Temer (PMDB), candidato a vice na chapa de Dilma Rousseff. Na base dos dois partidos, ainda há rejeição ao acordo. Mas Agnelo e Filippelli trabalham pela aliança e acreditam ter condições de aprová-la em suas respectivas siglas.
No PMDB, há um movimento liderado pelo deputado Benício Tavares para tentar emplacar o governador Rogério Rosso como candidato à reeleição. Filiado ao PMDB, Rosso não fala abertamente do assunto, mas tem sido incentivado pelo grupo político que o transformou em governador a buscar uma candidatura em outubro. Benício e outros integrantes do PMDB, como o atual presidente do Metrô-DF, Divino Alves, e o ex-chefe de gabinete de Arruda Fábio Simão, já fizeram as contas para levar o debate da candidatura própria à convenção do PMDB. Essa costura conta com a participação do senador Gim Argello (PTB), que trabalha para construir um palanque alternativo ao PT no DF para Dilma.
Tadeu Filippelli, no entanto, já demonstrou que tem força no PMDB para levar o partido na direção que deseja. Em 2006, o mesmo grupo que hoje sonha com a candidatura própria do partido também tentou emplacar no diretório regional o apoio a José Roberto Arruda, então no PFL. Uma intervenção nacional impediu uma aliança formal. No ano passado, Filippelli também conseguiu o comando da legenda, dessa vez em torno da reeleição de Arruda, contra o interesse do ex-governador Joaquim Roriz de concorrer a um quinto mandato no Executivo. Roriz, então, teve de migrar para o PSC. O desejo de Filippelli agora é ser vice de Agnelo Queiroz.
Lula
O acordo conta ainda com o apoio do Palácio do Planalto. O presidente Lula tem se envolvido em acordos regionais que interessam à candidatura de Dilma, como ocorre, por exemplo, em Minas Gerais, onde trabalhou para impedir os planos do ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel (PT) de concorrer ao governo. Num acordo com o PMDB, avalizado pelo Planalto, o petista abriu mão da candidatura em nome de uma aliança com o ex-ministro das Comunicações Hélio Costa (PMDB), que entra na corrida ao Palácio
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