PMN vai aguardar providências da Câmara
Câmara dos Deputados, Partidos em 09/03/2011 às 14:03
Jaqueline, PMN
Do Correio Braziliense: Em nota divulgada na manhã desta quarta-feira (9), o PMN, partido da deputada federal Jaqueline Roriz, acusa a imprensa de “linchamento moral de algumas pessoas” a seu bel-prazer e lamenta o envolvimento da deputada no escândalo conhecido como o mensação do DEM no Distrito Federal. O PMN afirmou também que não tomará nenhuma providência interna até a Câmara se manifestar sobre o assunto.
Jaqueline Roriz e o marido, Manoel Neto, apareceram no mais recente vídeo da série, recebendo dinheiro de Durval Barbosa, que se tornou o pivô do escândalo da Caixa de Pandora após revelar uma série de vídeos nos quais ele próprio entrega dinheiro a deputados, candidatos e empresários do Distrito Federal. As imagens foram feitas pelo próprio Durval e são de 2006, ano de campanha, quando a filha de Roriz se elegeu deputada distrital. Durante o encontro com Durval, Jaqueline e Manoel negociam apoio para a disputa eleitoral.
A secretária-geral nacional do PMN, Telma Ribeiro dos Santos, disse por meio de nota, que o partido vai aguardar as providências que a Câmara dos Deputados deverá tomar sobre o assunto. E afirma que Jaqueline foi convidada para se candidatar a deputada federal pelo partido por se tratar de “pessoa de boa índole e fácil trato”. A nota informou ainda que Jaqueline teria se deixado envolver desnecessariamente e por ingenuidade.
O caso de Jaqueline Roriz poderá parar no Conselho de Ética da Câmara. O P-SOL promete entrar com um pedido de investigação do caso. Além disso, o presidente da Casa, Marco Maia (PT-RS), irá pedir mais informações sobre as investigações à Procuradoria-Geral da República.
Confira a íntegra da nota divulgada pelo PMN:
Partido da Mobilização Nacional, em resposta ao questionamento da imprensa em geral acerca do acontecimento ocorrido em 2006, envolvendo a atual Deputada Federal Jaqueline Roriz eleita em 2010 por esta Agremiação, vem registrar o que segue:
-I- ao convidarmos, em 2009, a então Deputada Distrital para ingressar em nossas fileiras, o fizemos baseados nas informações então colhidas de se tratar de uma pessoa de boa índole e fácil trato, filha zelosa, mãe dedicada, esposa amantíssima, estimada pela população, com estabilidade financeira, interessada no exercício da ação política, permitindo-nos visualizar um futuro promissor e uma carreira em ascensão;
-II- lamentamos profundamente que com esse perfil - por moto próprio ou induzida por terceiros - tenha se deixado envolver ingênua e desnecessariamente numa prática nefasta, própria de agentes políticos de pequena expressão, com tibieza ética, moral e intelectual, sem horizontes e carreira curta;
-III- lamentamos igualmente a transformação do instituto da “delação premiada” num instrumento de manipulação política de que a sociedade brasileira não é merecedora;
-IV- lamentamos também que - com elogiáveis exceções - alguns jornalistas venham se especializando em promover antecipadamente e a seu bel-prazer o linchamento moral de algumas pessoas, quando é visível o “poupamento” de outras cujo enriquecimento súbito causa estranheza, tanta vez que incompatível com o currículo de atividades até então exercidas;
-V- por fim, não pretendendo invadir a competência dos Órgãos a que a matéria está e estará submetida, reserva-se esta Direção - sem prejuízo das providências internas que achar conveniente adotar, aguardar o desenrolar dos acontecimentos.
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