TRANSIÇÃO
Dilma diz a PMDB que petista Paulo Bernardo assumirá Comunicações
A presidente eleita, Dilma Rousseff, afirmou nesta terça-feira (30) à cúpula do PMDB que Paulo Bernardo (PT) assumirá o Ministério das Comunicações. Se Bernardo, atual ministro do Planejamento, assumir o controle no governo dilmista, a pasta sairá da cota do partido.
Hoje, o ministro das Comunicações é José Artur Filardi, ex-chefe de gabinete de Hélio Costa (PMDB) --à frente da pasta até deixar o cargo para se candidatar ao governo de Minas.Dilma fez a afirmação durante reunião com o seu vice, Michel Temer (PMDB-SP), e os senadores José Sarney (PMDB-AP) e Renan Calheiros (PMDB-AL).
Durante o encontro, a petista disse que a legenda também perderá o controle da Integração Nacional, pasta disputada pelo PT e PSB.Os peemedebistas discutem nomes para o ministério dilmista, mas não devem continuar com as seis atuais pastas (Comunicações, Integração, Agricultura, Defesa, Minas e Energia, Saúde, além de Banco Central).
Tudo indica que fechem em quatro ministérios, com a possibilidade de assegurarem mais um. Mais cedo, o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), anunciou o nome de Sérgio Côrtes para o Ministério da Saúde. Côrtes é seu secretário para a área no Estado. Informações da Folha.com
Da redação Blog em 30/11/2010 17:35:25
terça-feira, 30 de novembro de 2010
GOVERNO FEDERAL
No MA, Lula se irrita com pergunta sobre ‘oligarquia Sarney‘ e manda repórter se tratar
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se irritou nesta terça-feira ao ser questionado se agradeceria à "oligarquia Sarney" pelo apoio dado durante seu governo.Na cerimônia que marcou o fechamento simbólico da primeira de 14 comportas da Usina Hidrelétrica Estreito, no Maranhão, erguida ao custo de R$ 4 bilhões na divisa do Maranhão com o Tocantins, estava presente a governadora Roseana Sarney (PMDB), e o aliado e ex-ministro de Minas e Energia, senador Edison Lobão (PMDB-MA).
Lula recomendou que o repórter fizesse "psicanálise". "Eu agradeço [aos Sarney] e a pergunta preconceituosa sua é grave para quem está há oito anos comigo em Brasília. Significa que você não evoluiu nada do ponto de vista do preconceito, que é uma doença. O presidente Sarney é o presidente do Senado. E o Sarney colaborou muito para que a institucionalidade fosse cumprida. Você devia se tratar, quem sabe fazer psicanálise, para diminuir um pouco esse preconceito", disse o presidente.
Roseana ainda disse que a pergunta demonstrava "preconceito contra a mulher".
GOVERNO DILMA
A semelhança do ministério já anunciado pela presidente eleita, Dilma Rousseff, com o do seu próprio governo foi considerado natural por Lula, que voltou a negar que indique nomes para a sucessora. Segundo o presidente, Dilma não poderia indicar adversários políticos.
"Ela indicou companheiros que foram ministros junto com ela. Ela convive com eles há muitos anos. Você queria que ela convidasse quem, os adversários? Você queria que ela convidasse o José Serra para ministro da Fazenda?", questionou. Informações da Folha.com
Da redação Blog em 30/11/2010 17:40:18
No MA, Lula se irrita com pergunta sobre ‘oligarquia Sarney‘ e manda repórter se tratar
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se irritou nesta terça-feira ao ser questionado se agradeceria à "oligarquia Sarney" pelo apoio dado durante seu governo.Na cerimônia que marcou o fechamento simbólico da primeira de 14 comportas da Usina Hidrelétrica Estreito, no Maranhão, erguida ao custo de R$ 4 bilhões na divisa do Maranhão com o Tocantins, estava presente a governadora Roseana Sarney (PMDB), e o aliado e ex-ministro de Minas e Energia, senador Edison Lobão (PMDB-MA).
Lula recomendou que o repórter fizesse "psicanálise". "Eu agradeço [aos Sarney] e a pergunta preconceituosa sua é grave para quem está há oito anos comigo em Brasília. Significa que você não evoluiu nada do ponto de vista do preconceito, que é uma doença. O presidente Sarney é o presidente do Senado. E o Sarney colaborou muito para que a institucionalidade fosse cumprida. Você devia se tratar, quem sabe fazer psicanálise, para diminuir um pouco esse preconceito", disse o presidente.
Roseana ainda disse que a pergunta demonstrava "preconceito contra a mulher".
GOVERNO DILMA
A semelhança do ministério já anunciado pela presidente eleita, Dilma Rousseff, com o do seu próprio governo foi considerado natural por Lula, que voltou a negar que indique nomes para a sucessora. Segundo o presidente, Dilma não poderia indicar adversários políticos.
"Ela indicou companheiros que foram ministros junto com ela. Ela convive com eles há muitos anos. Você queria que ela convidasse quem, os adversários? Você queria que ela convidasse o José Serra para ministro da Fazenda?", questionou. Informações da Folha.com
Da redação Blog em 30/11/2010 17:40:18
TRANSIÇÃO
Cabral confirma que secretário do Rio assumirá pasta da Saúde no governo Dilma
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), confirmou nesta terça-feira que o secretário de Saúde do Estado, Sérgio Côrtes, aceitou o convite da presidente eleita, Dilma Rousseff, para ser ministro da pasta no governo federal.
"Dilma foi muito enfática na campanha, na admiração do trabalho que nós realizamos aqui na saúde pública. E o secretário Sérgio Côrtes será o ministro da Saúde. Para nós, é uma honra. Já foi feito o convite da presidente Dilma a mim, eu já o consultei e ele aceitou", disse Cabral.
Segundo o peemedebista, a Secretaria de Saúde do Rio será comandada pela subsecretária Monique Fazzi. Cabral se reuniu na noite de ontem com Dilma.
Até agora, Dilma já oficializou Guido Mantega no Ministério da Fazenda, Miriam Belchior no Ministério do Planejamento e Alexandre Tombini no Banco Central.
Também já foram confirmadas as escolhas de Antonio Palocci, ex-ministro da Fazenda de Lula, para chefiar a Casa Civil, e de Gilberto Carvalho, atual chefe de gabinete do presidente, para a Secretaria Geral da Presidência. Paulo Bernardo, do Planejamento, deve ir para as Comunicações. Informações da Folha.com
Da redação Blog em 30/11/2010 17:44:32
Cabral confirma que secretário do Rio assumirá pasta da Saúde no governo Dilma
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), confirmou nesta terça-feira que o secretário de Saúde do Estado, Sérgio Côrtes, aceitou o convite da presidente eleita, Dilma Rousseff, para ser ministro da pasta no governo federal.
"Dilma foi muito enfática na campanha, na admiração do trabalho que nós realizamos aqui na saúde pública. E o secretário Sérgio Côrtes será o ministro da Saúde. Para nós, é uma honra. Já foi feito o convite da presidente Dilma a mim, eu já o consultei e ele aceitou", disse Cabral.
Segundo o peemedebista, a Secretaria de Saúde do Rio será comandada pela subsecretária Monique Fazzi. Cabral se reuniu na noite de ontem com Dilma.
Até agora, Dilma já oficializou Guido Mantega no Ministério da Fazenda, Miriam Belchior no Ministério do Planejamento e Alexandre Tombini no Banco Central.
Também já foram confirmadas as escolhas de Antonio Palocci, ex-ministro da Fazenda de Lula, para chefiar a Casa Civil, e de Gilberto Carvalho, atual chefe de gabinete do presidente, para a Secretaria Geral da Presidência. Paulo Bernardo, do Planejamento, deve ir para as Comunicações. Informações da Folha.com
Da redação Blog em 30/11/2010 17:44:32
Dilma corteja empresário Jorge Gerdau para seu governo
NATUZA NERY
DE BRASÍLIA
A presidente eleita, Dilma Rousseff, está fazendo a corte para levar o empresário Jorge Gerdau para seu governo. Os dois são próximos desde que ela ocupava a Secretaria de Minas e Energia do Rio Grande do Sul.
A petista já fez três sondagens a um dos principais homens da siderurgia brasileira. Primeiro foi para o MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio), mas o presidente do conselho de administração do Grupo Gerdau não se entusiasmou com a ideia, conforme interlocutores.
Dois outros destinos são agora analisados: a SAE (Secretaria de Assuntos Estratégicos) e o comando do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, conhecido por "Conselhão".
Gerdau já é um dos membros desse fórum de assessoramento do presidente, criado para discutir e formular políticas de desenvolvimento para o país.
No passado, Jorge Gerdau chegou a integrar uma lista de Lula para assumir o MDIC, proposta também recusada por ele por alegar conflito de interesses.
Pessoas ligadas a Dilma o definem como "o ministro de seus sonhos". Na campanha, pelo menos duas vezes em que passou por Porto Alegre, a então candidata se reuniu com ele. Nos discursos, ela também cita com frequência uma frase atribuída a Gerdau: "Meta que se cumpre é meta errada".
Das opções cogitadas por Dilma, a SAE está hoje nas mãos do diplomata Samuel Pinheiro Guimarães, titular que deseja continuar à frente do cargo. Já o "Conselhão" funciona sob a chefia do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.
A negativa de Gerdau para o MDIC abriu espaço para que um outro nome despontasse como principal cotado para o cargo: o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel (PT-MG).
Segundo a Folha apurou, Dilma está inclinada a nomeá-lo para a pasta, mas parte do PT resiste à sua indicação.
O eventual desembarque de Gerdau no Executivo traria para ao time alguém renomado fora do mundo político, uma "estrela" alçada para além das negociações partidárias, como muitos na transição gostam de definir.
Em 2002, Lula assumiu a Presidência com três nomes de peso em suas áreas de atuação. Nomeou o cantor Gilberto Gil para Cultura; o empresário Luiz Fernando Furlan (Sadia) para o MDIC e o expoente do agronegócio Roberto Rodrigues para a Agricultura.
Dilma ainda não confirmou nenhum titular com o "perfil celebridade".
NATUZA NERY
DE BRASÍLIA
A presidente eleita, Dilma Rousseff, está fazendo a corte para levar o empresário Jorge Gerdau para seu governo. Os dois são próximos desde que ela ocupava a Secretaria de Minas e Energia do Rio Grande do Sul.
A petista já fez três sondagens a um dos principais homens da siderurgia brasileira. Primeiro foi para o MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio), mas o presidente do conselho de administração do Grupo Gerdau não se entusiasmou com a ideia, conforme interlocutores.
Dois outros destinos são agora analisados: a SAE (Secretaria de Assuntos Estratégicos) e o comando do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, conhecido por "Conselhão".
Gerdau já é um dos membros desse fórum de assessoramento do presidente, criado para discutir e formular políticas de desenvolvimento para o país.
No passado, Jorge Gerdau chegou a integrar uma lista de Lula para assumir o MDIC, proposta também recusada por ele por alegar conflito de interesses.
Pessoas ligadas a Dilma o definem como "o ministro de seus sonhos". Na campanha, pelo menos duas vezes em que passou por Porto Alegre, a então candidata se reuniu com ele. Nos discursos, ela também cita com frequência uma frase atribuída a Gerdau: "Meta que se cumpre é meta errada".
Das opções cogitadas por Dilma, a SAE está hoje nas mãos do diplomata Samuel Pinheiro Guimarães, titular que deseja continuar à frente do cargo. Já o "Conselhão" funciona sob a chefia do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.
A negativa de Gerdau para o MDIC abriu espaço para que um outro nome despontasse como principal cotado para o cargo: o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel (PT-MG).
Segundo a Folha apurou, Dilma está inclinada a nomeá-lo para a pasta, mas parte do PT resiste à sua indicação.
O eventual desembarque de Gerdau no Executivo traria para ao time alguém renomado fora do mundo político, uma "estrela" alçada para além das negociações partidárias, como muitos na transição gostam de definir.
Em 2002, Lula assumiu a Presidência com três nomes de peso em suas áreas de atuação. Nomeou o cantor Gilberto Gil para Cultura; o empresário Luiz Fernando Furlan (Sadia) para o MDIC e o expoente do agronegócio Roberto Rodrigues para a Agricultura.
Dilma ainda não confirmou nenhum titular com o "perfil celebridade".
Deu em O Globo
Patriota é o nome mais forte para o Itamaraty
Secretaria Geral deve ficar com Vera Machado; posto é o mais alto da carreira diplomática e nunca foi ocupado por uma mulher
Eliane Oliveira
A presidente eleita, Dilma Rousseff, tem sobre a mesa uma equação, apresentada como a mais provável por fontes do governo e da equipe de transição, para o Ministério das Relações Exteriores: substituir Celso Amorim por Antonio Patriota e nomear Vera Machado, atualmente subsecretária para assuntos políticos do Itamaraty, para a Secretaria Geral — posto ocupado por Patriota.
Dilma decidirá como ficará a chancelaria brasileira nos próximos dias, assim que confirmar os nomes dos ministros palacianos.
Com essa definição, Dilma poderá anunciar ainda esta semana, ou no início da próxima, os chamados ministros de Estado: Justiça, que deve ser ocupado pelo deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP); Defesa, com a manutenção de Nelson Jobim; e Relações Exteriores.
Leia mais em O Globo
Patriota é o nome mais forte para o Itamaraty
Secretaria Geral deve ficar com Vera Machado; posto é o mais alto da carreira diplomática e nunca foi ocupado por uma mulher
Eliane Oliveira
A presidente eleita, Dilma Rousseff, tem sobre a mesa uma equação, apresentada como a mais provável por fontes do governo e da equipe de transição, para o Ministério das Relações Exteriores: substituir Celso Amorim por Antonio Patriota e nomear Vera Machado, atualmente subsecretária para assuntos políticos do Itamaraty, para a Secretaria Geral — posto ocupado por Patriota.
Dilma decidirá como ficará a chancelaria brasileira nos próximos dias, assim que confirmar os nomes dos ministros palacianos.
Com essa definição, Dilma poderá anunciar ainda esta semana, ou no início da próxima, os chamados ministros de Estado: Justiça, que deve ser ocupado pelo deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP); Defesa, com a manutenção de Nelson Jobim; e Relações Exteriores.
Leia mais em O Globo
Deu em O Globo
Tiroteio entre aliados atrasa escolhas de Dilma
Candidatos ao Ministério são alvos de dossiês
Gerson Camarotti, Maria Lima e Luiza Damé
A presidente eleita, Dilma Rousseff, passou mais de seis horas ontem discutindo com seus coordenadores Antonio Palocci, futuro ministro da Casa Civil, e José Eduardo Dutra, presidente do PT, as demandas dos partidos aliados para a composição do novo governo.
Na reunião na Granja do Torto, houve queda de braço entre partidos e até entre aliados de uma mesma legenda: vetos, dossiês e denúncias contra nomes apresentados.
Essa artilharia tem dificultado a escolha de titulares de pelo menos cinco ministérios estratégicos: Saúde, Previdência, Integração Nacional, Cidades e Transportes.
O PMDB é a situação mais delicada. O principal nome do partido para a pasta das Cidades, o ex-governador Moreira Franco, foi vetado pelo governador Sérgio Cabral (PMDB-RJ).
Cabral deixou clara sua contrariedade com o fato de o partido ter indicado um peemedebista do Rio sem seu aval.
Dilma decidiu repassar a pasta das Cidades para o PMDB, compensando a sigla pelo remanejamento de outros ministérios, como Comunicações e Integração Nacional. Mas não sabe como resolver essa disputa interna.
A contrariedade de Cabral cresceu com a chegada, ao núcleo da transição, de um dossiê com dados contra o secretário estadual de Saúde, Sérgio Côrtes, cotado para o Ministério da Saúde. O dossiê cita investigação sobre denúncias de compra de medicamentos sem licitação na gestão de Cortês.
Outra vítima de dossiê foi o deputado Marcelo Castro (PMDB-PI), escolhido pela bancada do PMDB na Câmara para a Integração.
A informação repassada é que Castro pegou um empréstimo milionário com o Banco do Nordeste (BNB) para implantar um programa de irrigação no Piauí que não foi adiante. Castro confirmou um empréstimo feito por ele e seus irmãos há 15 anos, mas disse ter renegociado a dívida.
— Peguei um empréstimo para um projeto de produção de manga que não frutificou por causa do clima na região. Mas a dívida foi renegociada e está sendo paga — disse Castro.
O Ministério da Integração Nacional está no centro de outra guerra declarada pela bancada do PT do Nordeste, assunto também levado por Dutra a Dilma.
Os petistas nordestinos reclamam da "hegemonia absoluta do PT de São Paulo" entre os nomes conhecidos para a equipe: Antonio Palocci (Casa Civil), Miriam Belchior (Planejamento), Guido Mantega (Fazenda), Gilberto Carvalho (Secretaria Geral) e José Eduardo Dutra (Justiça).
Os governadores petistas Jaques Wagner (BA) e Marcelo Déda (SE) lideram um movimento da bancada de deputados e senadores do PT do Nordeste para indicar o ministro da Integração Nacional.
O PSB do governador Eduardo Campos (PE) também quer esse ministério.
Tiroteio entre aliados atrasa escolhas de Dilma
Candidatos ao Ministério são alvos de dossiês
Gerson Camarotti, Maria Lima e Luiza Damé
A presidente eleita, Dilma Rousseff, passou mais de seis horas ontem discutindo com seus coordenadores Antonio Palocci, futuro ministro da Casa Civil, e José Eduardo Dutra, presidente do PT, as demandas dos partidos aliados para a composição do novo governo.
Na reunião na Granja do Torto, houve queda de braço entre partidos e até entre aliados de uma mesma legenda: vetos, dossiês e denúncias contra nomes apresentados.
Essa artilharia tem dificultado a escolha de titulares de pelo menos cinco ministérios estratégicos: Saúde, Previdência, Integração Nacional, Cidades e Transportes.
O PMDB é a situação mais delicada. O principal nome do partido para a pasta das Cidades, o ex-governador Moreira Franco, foi vetado pelo governador Sérgio Cabral (PMDB-RJ).
Cabral deixou clara sua contrariedade com o fato de o partido ter indicado um peemedebista do Rio sem seu aval.
Dilma decidiu repassar a pasta das Cidades para o PMDB, compensando a sigla pelo remanejamento de outros ministérios, como Comunicações e Integração Nacional. Mas não sabe como resolver essa disputa interna.
A contrariedade de Cabral cresceu com a chegada, ao núcleo da transição, de um dossiê com dados contra o secretário estadual de Saúde, Sérgio Côrtes, cotado para o Ministério da Saúde. O dossiê cita investigação sobre denúncias de compra de medicamentos sem licitação na gestão de Cortês.
Outra vítima de dossiê foi o deputado Marcelo Castro (PMDB-PI), escolhido pela bancada do PMDB na Câmara para a Integração.
A informação repassada é que Castro pegou um empréstimo milionário com o Banco do Nordeste (BNB) para implantar um programa de irrigação no Piauí que não foi adiante. Castro confirmou um empréstimo feito por ele e seus irmãos há 15 anos, mas disse ter renegociado a dívida.
— Peguei um empréstimo para um projeto de produção de manga que não frutificou por causa do clima na região. Mas a dívida foi renegociada e está sendo paga — disse Castro.
O Ministério da Integração Nacional está no centro de outra guerra declarada pela bancada do PT do Nordeste, assunto também levado por Dutra a Dilma.
Os petistas nordestinos reclamam da "hegemonia absoluta do PT de São Paulo" entre os nomes conhecidos para a equipe: Antonio Palocci (Casa Civil), Miriam Belchior (Planejamento), Guido Mantega (Fazenda), Gilberto Carvalho (Secretaria Geral) e José Eduardo Dutra (Justiça).
Os governadores petistas Jaques Wagner (BA) e Marcelo Déda (SE) lideram um movimento da bancada de deputados e senadores do PT do Nordeste para indicar o ministro da Integração Nacional.
O PSB do governador Eduardo Campos (PE) também quer esse ministério.
Relatórios elaborados por equipe de transição apontam várias emergências
Lilian Tahan
Publicação: 30/11/2010 08:17 Atualização:
O período de transição é o momento adequado para quem está no governo informar em que pé está o andamento de programas, a demanda por serviços, a saúde financeira do estado. É quando o grupo vitorioso nas eleições tem a oportunidade de conhecer com mais detalhes os problemas da máquina pública que vai administrar. Alguns dos relatórios elaborados pelo grupo de transição com base em dados pesquisados com a atual gestão ficaram prontos e revelam problemas que precisam ser administrados antes mesmo do início dos trabalhos em 1º de janeiro. A equipe que assume em 2011 terá de lidar, por exemplo, com uma fila de 20 mil pacientes à espera de cirurgia, além de ter que cumprir determinação judicial que obriga a demolição de 17 escolas públicas em condições precárias.
As informações estão sendo consolidadas por pessoas da confiança do governador eleito e com afinidade nas áreas de Saúde, Educação, Desenvolvimento social, Cultura, Turismo, Economia, e Segurança. O Correio teve acesso a dados de relatórios preliminares dos setores de Saúde, Educação e Turismo. Os dados são usados como subsídio para adequar o plano de governo à realidade do Distrito Federal. Uma delas: há uma demanda maior por parte dos alunos do que comporta a rede pública de ensino. A estimativa do GDF informada ao grupo de transição é de que faltam 79 salas de aula para abrigar os estudantes. Como cada escola tem uma média de 15 salas, há um deficit de, pelo menos, seis unidades de ensino.
A falta de espaço é agravada com as condições precárias de instalação de algumas escolas. Uma decisão judicial obriga o Executivo a demolir 17 escolas que não reúnem segurança mínima de funcionamento. Uma das unidades condenadas é o Centro de Ensino Educacional 7 de Ceilândia, que tem 1,5 mil alunos matriculados. “É um problema grave e que precisa de uma solução urgente, com limite até o início de fevereiro”, disse Antônio Lisboa, responsável pela consolidação dos dados relativos à Educação. Ele é um das pessoas cotadas, inclusive, para assumir a secretaria a partir do ano que vem.
Sistema falido
Não é preciso ser técnico nem ter acesso aos dados oficiais para chegar à conclusão de que no DF a Saúde está falida. Mas os relatórios ajudam o governo eleito a sistematizar a recuperação da rede. Uma das prioridades estabelecidas por Agnelo Queiroz (PT) é diminuir a fila de pacientes que aguardam por cirurgias. Segundo o relatório da Saúde, elaborado por Rafael Aguiar, médico e amigo de Agnelo, 20 mil pessoas esperam por intervenções cirúrgicas. Há casos de pacientes que sofrem de enfermidades vasculares, ortopédicas e até câncer. “Vamos organizar um mutirão logo no início do governo para fazer essa fila andar”, disse o médico.
Rafael Aguiar conta que entre as providências que serão tomadas para aumentar a capacidade de atendimento da rede estão a contratação de mais profissionais e a criação de um terceiro turno em hospital de referência, como é o caso do Universitário de Brasília (HUB). Uma preocupação dos assessores ligados ao novo governo é que, de acordo com os dados informados pela atual administração, a rede será entregue com 70% da capacidade de abastecimento de materiais usados diariamente nos hospitais e dois meses de estoque. Na tentativa de ter fôlego para atuar nas primeiras semanas de gestão, a equipe de transição tenta conseguir que os atuais gestores prorroguem contratos com vencimento em dezembro por um período de 120 dias a partir de janeiro.
A assessoria de imprensa do governo informou que a atual administração está atenta a todos os contratos de serviços e insumos essenciais e que tem tomado “as providências possíveis e necessárias” para que a população não sofra prejuízo.
Investimento em turismo preocupa
Um dos relatórios que já ficou pronto e foi entregue à cúpula do novo governo lista problemas e soluções para o setor de turismo. Indícios de superfaturamento em cachês de artistas e métodos para burlar obrigações legais em contratos são algumas das irregularidades detectadas na empresa criada no governo de José Roberto Arruda para centralizar a promoção do turismo na capital da República, a Brasiliatur.
O mau uso do dinheiro que circulava na Brasiliatur é apenas um dos problemas. Para a equipe que elaborou o relatório de transição, o investimento programado para o setor é incompatível com a necessidade da capital. O projeto de lei orçamentária para 2011 encaminhado à Câmara Legislativa prevê apenas 0,25% dos recursos oficiais, ou seja R$ 37,4 milhões, para a Secretaria de Turismo. Desse total, apenas R$ 13,9 milhões são destinados à área fim, que realiza eventos e administra programas.
O coordenador de Turismo na equipe de transição, Marcelo Dourado (PSB), sugere ao novo governo que estipule 1% da receita para investir no setor e acabe de uma vez por todas com a Brasiliatur. “Trata-se de um cadáver insepulto que deve ser enterrado imediatamente em uma cova rasa e de cabeça para baixo”, avalia Dourado.
Responsável pelos relatórios de transição do núcleo social, que engloba temas como Saúde, Educação, Cultura, Políticas para juventude, idosos e deficientes, a deputada distrital eleita Arlete Sampaio (PT) afirma que os documentos estão sendo essenciais para moldar o programa à realidade encontrada: “Há muitas situações em escolas e hospitais, por exemplo, que precisam ser tratadas especificamente e com urgência. E esse diagnóstico só é possível a partir dos dados colhidos no período de transição”.
Problemas setoriais
Parte dos relatórios de transição que serão usados como subsídio para a administração que assume em janeiro estão prontos. Os documentos indicam problemas e apontam soluções para lidar com as dificuldades em áreas essenciais como Saúde e Educação. Confira os dados:
Saúde
Fila de cirurgia
O problema
Há uma demanda por operações represadas na rede pública de saúde, necessidade que supera em muito a capacidade de atendimento dos hospitais do governo. No relatório do setor, consta um total de 20 mil pessoas aguardando vaga para cirurgias. São casos de doenças graves, como as vasculares e ortopédicas. Há muitas situações de pacientes com câncer e que precisam de transplantes.
A solução
O grupo vitorioso na urnas promete fazer um mutirão de cirurgias nos primeiros meses de gestão para atender os casos em espera. Além disso, pretende criar o terceiro turno no Hospital Universitário de Brasília, que passará a oferecer atendimento no período da noite, por exemplo, para procedimentos como quimioterapia e radioterapia.
Salas cirúrgicas desativadas
O problema
O governo de transição constatou que há 20 salas cirúrgicas interditadas nos hospitais do DF. São unidades que estão paradas, na maioria das vezes, por falta de estrutura, como equipamentos adequados para monitoramento cardíaco e respiratório dos pacientes.
A solução
A equipe do novo governo pretende visitar cada uma das 17 regionais de saúde para checar que tipo de material falta em cada uma das salas desativadas e tentar viabilizar condições para que os espaços voltem a funcionar.
Saúde da família
O problema
As equipes do programa, que tem foco na prevenção, são poucas para a demanda da população. Só há profissionais para a cobertura de 20% dos moradores do DF. Atualmente, estão na ativa 20 equipes, quando a necessidade estimada pelos coordenadores da transição é de 400 grupos de médicos, enfermeiros e agentes de saúde.
A solução
A turma que assume o GDF em janeiro planeja um concurso público para abastecer a rede com os profissionais específicos das equipes do saúde da família, já que o banco desses concursados está zerado.
Abastecimento
O problema
A rede será entregue em janeiro com 70% da capacidade de abastecimento de materiais usados na rotina de hospitais e dois meses de estoque.
A solução
O governo de transição negocia com a atual administração o aditamento de, pelo menos, 120 dias dos contratos para a compra de insumos.
Hospital de Santa Maria
O problema
Sob intervenção, a unidade que funcionava sob a administração da Real Sociedade Espanhola corre o risco de ter o atendimento comprometido em função da falta de pessoal.
A solução
O grupo que governará a partir de 2011 procurou o Ministério Público para elaborar o edital de contratação de mais profissionais como médicos e enfermeiros de acordo com os critérios exigidos pela lei.
Educação
Escolas precárias
O problema
Há uma ordem judicial que determina a demolição de 17 escolas que dispõem de instalações precárias e não podem continuar a receber alunos. Um exemplo é o Centro de Ensino Educacional número 7 de Ceilândia, que abriga 1,5 mil estudantes.
A solução
Em um primeiro momento, o governo vai redistribuir os alunos nas escolas com bom estado de conservação. Em seguida, planeja construir novas unidades.
Falta de salas de aula
O problema
Sem contar com as escolas cujas instalações foram condenadas pela Justiça, há um deficit apontado pelo atual governo de 79 salas na rede pública. Como cada escola tem, em média, 15 salas seria preciso a construção imediata de, pelo menos, seis unidades de ensino.
A solução
Há escolas em que as salas terão mais alunos do que o recomendado pelo Ministério da Educação até que o problema da falta de espaço seja resolvido. Há a possibilidade do aluguel de espaços provisórios, que serão transformados em salas de aula.
Gestão
O problema
Está em andamento o processo de escolha de diretores de 273 escolas no DF, que atualmente é feito por meio da eleição direta. Em 177 unidades, falta homologar a escolha dos profissionais. No caso de 96 centros de ensino, a escolha sequer ocorreu. Mas, como alega a equipe de transição, os critérios estão em descompasso com a política que Agnelo pretende adotar no setor.
A solução Integrantes do futuro governo tentam negociar com a Secretaria de Educação a possibilidade de a escolha não ocorrer até o fim do ano para que os novos diretores já participem do processo segundo as regras que passarão a vigir em 2011. Até lá, eles seriam indicados pela secretaria e só seriam substituídos na nova gestão.
Lilian Tahan
Publicação: 30/11/2010 08:17 Atualização:
O período de transição é o momento adequado para quem está no governo informar em que pé está o andamento de programas, a demanda por serviços, a saúde financeira do estado. É quando o grupo vitorioso nas eleições tem a oportunidade de conhecer com mais detalhes os problemas da máquina pública que vai administrar. Alguns dos relatórios elaborados pelo grupo de transição com base em dados pesquisados com a atual gestão ficaram prontos e revelam problemas que precisam ser administrados antes mesmo do início dos trabalhos em 1º de janeiro. A equipe que assume em 2011 terá de lidar, por exemplo, com uma fila de 20 mil pacientes à espera de cirurgia, além de ter que cumprir determinação judicial que obriga a demolição de 17 escolas públicas em condições precárias.
As informações estão sendo consolidadas por pessoas da confiança do governador eleito e com afinidade nas áreas de Saúde, Educação, Desenvolvimento social, Cultura, Turismo, Economia, e Segurança. O Correio teve acesso a dados de relatórios preliminares dos setores de Saúde, Educação e Turismo. Os dados são usados como subsídio para adequar o plano de governo à realidade do Distrito Federal. Uma delas: há uma demanda maior por parte dos alunos do que comporta a rede pública de ensino. A estimativa do GDF informada ao grupo de transição é de que faltam 79 salas de aula para abrigar os estudantes. Como cada escola tem uma média de 15 salas, há um deficit de, pelo menos, seis unidades de ensino.
A falta de espaço é agravada com as condições precárias de instalação de algumas escolas. Uma decisão judicial obriga o Executivo a demolir 17 escolas que não reúnem segurança mínima de funcionamento. Uma das unidades condenadas é o Centro de Ensino Educacional 7 de Ceilândia, que tem 1,5 mil alunos matriculados. “É um problema grave e que precisa de uma solução urgente, com limite até o início de fevereiro”, disse Antônio Lisboa, responsável pela consolidação dos dados relativos à Educação. Ele é um das pessoas cotadas, inclusive, para assumir a secretaria a partir do ano que vem.
Sistema falido
Não é preciso ser técnico nem ter acesso aos dados oficiais para chegar à conclusão de que no DF a Saúde está falida. Mas os relatórios ajudam o governo eleito a sistematizar a recuperação da rede. Uma das prioridades estabelecidas por Agnelo Queiroz (PT) é diminuir a fila de pacientes que aguardam por cirurgias. Segundo o relatório da Saúde, elaborado por Rafael Aguiar, médico e amigo de Agnelo, 20 mil pessoas esperam por intervenções cirúrgicas. Há casos de pacientes que sofrem de enfermidades vasculares, ortopédicas e até câncer. “Vamos organizar um mutirão logo no início do governo para fazer essa fila andar”, disse o médico.
Rafael Aguiar conta que entre as providências que serão tomadas para aumentar a capacidade de atendimento da rede estão a contratação de mais profissionais e a criação de um terceiro turno em hospital de referência, como é o caso do Universitário de Brasília (HUB). Uma preocupação dos assessores ligados ao novo governo é que, de acordo com os dados informados pela atual administração, a rede será entregue com 70% da capacidade de abastecimento de materiais usados diariamente nos hospitais e dois meses de estoque. Na tentativa de ter fôlego para atuar nas primeiras semanas de gestão, a equipe de transição tenta conseguir que os atuais gestores prorroguem contratos com vencimento em dezembro por um período de 120 dias a partir de janeiro.
A assessoria de imprensa do governo informou que a atual administração está atenta a todos os contratos de serviços e insumos essenciais e que tem tomado “as providências possíveis e necessárias” para que a população não sofra prejuízo.
Investimento em turismo preocupa
Um dos relatórios que já ficou pronto e foi entregue à cúpula do novo governo lista problemas e soluções para o setor de turismo. Indícios de superfaturamento em cachês de artistas e métodos para burlar obrigações legais em contratos são algumas das irregularidades detectadas na empresa criada no governo de José Roberto Arruda para centralizar a promoção do turismo na capital da República, a Brasiliatur.
O mau uso do dinheiro que circulava na Brasiliatur é apenas um dos problemas. Para a equipe que elaborou o relatório de transição, o investimento programado para o setor é incompatível com a necessidade da capital. O projeto de lei orçamentária para 2011 encaminhado à Câmara Legislativa prevê apenas 0,25% dos recursos oficiais, ou seja R$ 37,4 milhões, para a Secretaria de Turismo. Desse total, apenas R$ 13,9 milhões são destinados à área fim, que realiza eventos e administra programas.
O coordenador de Turismo na equipe de transição, Marcelo Dourado (PSB), sugere ao novo governo que estipule 1% da receita para investir no setor e acabe de uma vez por todas com a Brasiliatur. “Trata-se de um cadáver insepulto que deve ser enterrado imediatamente em uma cova rasa e de cabeça para baixo”, avalia Dourado.
Responsável pelos relatórios de transição do núcleo social, que engloba temas como Saúde, Educação, Cultura, Políticas para juventude, idosos e deficientes, a deputada distrital eleita Arlete Sampaio (PT) afirma que os documentos estão sendo essenciais para moldar o programa à realidade encontrada: “Há muitas situações em escolas e hospitais, por exemplo, que precisam ser tratadas especificamente e com urgência. E esse diagnóstico só é possível a partir dos dados colhidos no período de transição”.
Problemas setoriais
Parte dos relatórios de transição que serão usados como subsídio para a administração que assume em janeiro estão prontos. Os documentos indicam problemas e apontam soluções para lidar com as dificuldades em áreas essenciais como Saúde e Educação. Confira os dados:
Saúde
Fila de cirurgia
O problema
Há uma demanda por operações represadas na rede pública de saúde, necessidade que supera em muito a capacidade de atendimento dos hospitais do governo. No relatório do setor, consta um total de 20 mil pessoas aguardando vaga para cirurgias. São casos de doenças graves, como as vasculares e ortopédicas. Há muitas situações de pacientes com câncer e que precisam de transplantes.
A solução
O grupo vitorioso na urnas promete fazer um mutirão de cirurgias nos primeiros meses de gestão para atender os casos em espera. Além disso, pretende criar o terceiro turno no Hospital Universitário de Brasília, que passará a oferecer atendimento no período da noite, por exemplo, para procedimentos como quimioterapia e radioterapia.
Salas cirúrgicas desativadas
O problema
O governo de transição constatou que há 20 salas cirúrgicas interditadas nos hospitais do DF. São unidades que estão paradas, na maioria das vezes, por falta de estrutura, como equipamentos adequados para monitoramento cardíaco e respiratório dos pacientes.
A solução
A equipe do novo governo pretende visitar cada uma das 17 regionais de saúde para checar que tipo de material falta em cada uma das salas desativadas e tentar viabilizar condições para que os espaços voltem a funcionar.
Saúde da família
O problema
As equipes do programa, que tem foco na prevenção, são poucas para a demanda da população. Só há profissionais para a cobertura de 20% dos moradores do DF. Atualmente, estão na ativa 20 equipes, quando a necessidade estimada pelos coordenadores da transição é de 400 grupos de médicos, enfermeiros e agentes de saúde.
A solução
A turma que assume o GDF em janeiro planeja um concurso público para abastecer a rede com os profissionais específicos das equipes do saúde da família, já que o banco desses concursados está zerado.
Abastecimento
O problema
A rede será entregue em janeiro com 70% da capacidade de abastecimento de materiais usados na rotina de hospitais e dois meses de estoque.
A solução
O governo de transição negocia com a atual administração o aditamento de, pelo menos, 120 dias dos contratos para a compra de insumos.
Hospital de Santa Maria
O problema
Sob intervenção, a unidade que funcionava sob a administração da Real Sociedade Espanhola corre o risco de ter o atendimento comprometido em função da falta de pessoal.
A solução
O grupo que governará a partir de 2011 procurou o Ministério Público para elaborar o edital de contratação de mais profissionais como médicos e enfermeiros de acordo com os critérios exigidos pela lei.
Educação
Escolas precárias
O problema
Há uma ordem judicial que determina a demolição de 17 escolas que dispõem de instalações precárias e não podem continuar a receber alunos. Um exemplo é o Centro de Ensino Educacional número 7 de Ceilândia, que abriga 1,5 mil estudantes.
A solução
Em um primeiro momento, o governo vai redistribuir os alunos nas escolas com bom estado de conservação. Em seguida, planeja construir novas unidades.
Falta de salas de aula
O problema
Sem contar com as escolas cujas instalações foram condenadas pela Justiça, há um deficit apontado pelo atual governo de 79 salas na rede pública. Como cada escola tem, em média, 15 salas seria preciso a construção imediata de, pelo menos, seis unidades de ensino.
A solução
Há escolas em que as salas terão mais alunos do que o recomendado pelo Ministério da Educação até que o problema da falta de espaço seja resolvido. Há a possibilidade do aluguel de espaços provisórios, que serão transformados em salas de aula.
Gestão
O problema
Está em andamento o processo de escolha de diretores de 273 escolas no DF, que atualmente é feito por meio da eleição direta. Em 177 unidades, falta homologar a escolha dos profissionais. No caso de 96 centros de ensino, a escolha sequer ocorreu. Mas, como alega a equipe de transição, os critérios estão em descompasso com a política que Agnelo pretende adotar no setor.
A solução Integrantes do futuro governo tentam negociar com a Secretaria de Educação a possibilidade de a escolha não ocorrer até o fim do ano para que os novos diretores já participem do processo segundo as regras que passarão a vigir em 2011. Até lá, eles seriam indicados pela secretaria e só seriam substituídos na nova gestão.
TRANSIÇÃO
PT amplia guerra com PMDB para controlar Correios e Banco do Brasil
Vera Rosa - O Estado de S.Paulo
Diante da perspectiva de comandar o Ministério das Comunicações, o PT planeja desalojar o PMDB da direção da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT). O pedido será encaminhado pela cúpula do partido à presidente eleita, Dilma Rousseff. A ideia, no entanto, é passar um verniz de ‘desloteamento’ político nos Correios para apresentar a reivindicação como uma tentativa de profissionalizar a estatal, alvo de uma sucessão de crises nos últimos meses.
A direção do PT aposta que o futuro ministro das Comunicações será Paulo Bernardo, atual titular do Planejamento, e já começou a vasculhar uma das chamadas joias da coroa. Há apenas quatro meses na presidência dos Correios, David José de Matos foi indicado pelo deputado Tadeu Filipelli (PMDB-DF), vice-governador eleito do Distrito Federal, mas também é amigo de Erenice Guerra, a ministra da Casa Civil que caiu em setembro, no rastro de acusações de tráfico de influência na pasta.
Mapa. Uma comissão formada por seis dirigentes do PT já começou a fazer o mapeamento dos cargos federais. A equação não é fácil de ser fechada porque o PT da presidente eleita Dilma Rousseff e o PMDB do futuro vice-presidente, Michel Temer (SP), dão cotoveladas em busca dos principais assentos para demarcar seus respectivos territórios.
O Ministério das Comunicações está sob controle peemedebista e a sigla só aceita abrir mão do pasta se levar Transportes, hoje capitaneado pelo PR.
O assunto foi avaliado na segunda-feira, 29, em reunião de Dilma com o presidente do PT, José Eduardo Dutra, e o deputado Antonio Palocci, futuro chefe da Casa Civil. Desde setembro Bernardo atua como uma espécie de interventor nos Correios e faz um diagnóstico dos problemas da empresa, que não são poucos.
Banco do Brasil. Além de ocupar a cadeira mais importante dos Correios, o partido de Dilma também quer trocar o presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendini. A maior instituição financeira do País tem ativos de R$ 725 bilhões. Sem levar em conta o PMDB, que está de olho na presidência do Banco do Brasil, uma ala do PT pretende emplacar ali o atual secretário de Política Econômica, Nelson Barbosa.
Em conversas reservadas, porém, interlocutores de Dilma admitem que a escolha será resultado de uma disputa de bastidores entre Palocci e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, mantido no cargo. Tanto Mantega como Palocci, ex-ministro da Fazenda de 2003 a 2006, têm influência no banco.
Bendini chegou à cúpula do BB na cota do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas até no Palácio do Planalto há quem defenda a sua saída, sob a alegação de que ele "não atende" as demandas políticas. Barbosa, por sua vez, tem cativado as tendências do PT.
Na sexta-feira, o secretário fez uma exposição sobre a conjuntura econômica durante seminário promovido pela chapa petista "O partido que muda o Brasil" e encantou os espectadores com seu discurso na linha desenvolvimentista. A portas fechadas, Barbosa disse que a maior preocupação, no governo Dilma, é como manter o processo de crescimento com o cenário internacional adverso. Apesar da cobiça do PMDB, a presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Maria Fernanda Ramos Coelho, deve ser mantida no posto.
Da redação Blog em 30/11/2010 07:03:02
PT amplia guerra com PMDB para controlar Correios e Banco do Brasil
Vera Rosa - O Estado de S.Paulo
Diante da perspectiva de comandar o Ministério das Comunicações, o PT planeja desalojar o PMDB da direção da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT). O pedido será encaminhado pela cúpula do partido à presidente eleita, Dilma Rousseff. A ideia, no entanto, é passar um verniz de ‘desloteamento’ político nos Correios para apresentar a reivindicação como uma tentativa de profissionalizar a estatal, alvo de uma sucessão de crises nos últimos meses.
A direção do PT aposta que o futuro ministro das Comunicações será Paulo Bernardo, atual titular do Planejamento, e já começou a vasculhar uma das chamadas joias da coroa. Há apenas quatro meses na presidência dos Correios, David José de Matos foi indicado pelo deputado Tadeu Filipelli (PMDB-DF), vice-governador eleito do Distrito Federal, mas também é amigo de Erenice Guerra, a ministra da Casa Civil que caiu em setembro, no rastro de acusações de tráfico de influência na pasta.
Mapa. Uma comissão formada por seis dirigentes do PT já começou a fazer o mapeamento dos cargos federais. A equação não é fácil de ser fechada porque o PT da presidente eleita Dilma Rousseff e o PMDB do futuro vice-presidente, Michel Temer (SP), dão cotoveladas em busca dos principais assentos para demarcar seus respectivos territórios.
O Ministério das Comunicações está sob controle peemedebista e a sigla só aceita abrir mão do pasta se levar Transportes, hoje capitaneado pelo PR.
O assunto foi avaliado na segunda-feira, 29, em reunião de Dilma com o presidente do PT, José Eduardo Dutra, e o deputado Antonio Palocci, futuro chefe da Casa Civil. Desde setembro Bernardo atua como uma espécie de interventor nos Correios e faz um diagnóstico dos problemas da empresa, que não são poucos.
Banco do Brasil. Além de ocupar a cadeira mais importante dos Correios, o partido de Dilma também quer trocar o presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendini. A maior instituição financeira do País tem ativos de R$ 725 bilhões. Sem levar em conta o PMDB, que está de olho na presidência do Banco do Brasil, uma ala do PT pretende emplacar ali o atual secretário de Política Econômica, Nelson Barbosa.
Em conversas reservadas, porém, interlocutores de Dilma admitem que a escolha será resultado de uma disputa de bastidores entre Palocci e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, mantido no cargo. Tanto Mantega como Palocci, ex-ministro da Fazenda de 2003 a 2006, têm influência no banco.
Bendini chegou à cúpula do BB na cota do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas até no Palácio do Planalto há quem defenda a sua saída, sob a alegação de que ele "não atende" as demandas políticas. Barbosa, por sua vez, tem cativado as tendências do PT.
Na sexta-feira, o secretário fez uma exposição sobre a conjuntura econômica durante seminário promovido pela chapa petista "O partido que muda o Brasil" e encantou os espectadores com seu discurso na linha desenvolvimentista. A portas fechadas, Barbosa disse que a maior preocupação, no governo Dilma, é como manter o processo de crescimento com o cenário internacional adverso. Apesar da cobiça do PMDB, a presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Maria Fernanda Ramos Coelho, deve ser mantida no posto.
Da redação Blog em 30/11/2010 07:03:02
TRANSIÇÃO
Escolha de ministros segue ‘ritual‘ com bênção de Lula
Guido Mantega (Fazenda), Nelson Jobim (Defesa), Luciano Coutinho (BNDES), Fernando Haddad (Educação), Sérgio Gabrielli (Petrobrás), Alexandre Tombini (BC), Miriam Belchior (Planejamento), Carlos Lupi (Trabalho) e José Gomes Temporão (Saúde). Definidos ou não para compor o ministério da presidente eleita, Dilma Rousseff, esses nomes têm outra característica em comum: todos percorreram o caminho do "Triângulo dos Eleitos".
Todos eles passaram pela Granja do Torto, onde fica Dilma, e pelo Palácio do Planalto, onde trabalha o presidente Lula. E quando é preciso uma conversa mais discreta, o Alvorada vira o ponto noturno da reunião de avaliação. Na quarta-feira passada, o economista Luciano Coutinho conversou com Dilma sobre a permanência no Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Horas depois, estava no gabinete de Lula no Palácio do Planalto. É a "bênção presidencial", dizem os assessores do governo.
Desde o início do mês, Lula tem repetido em entrevistas que não dá "palpites" na composição do próximo ministério. Na prática, porém, os escolhidos de Dilma precisam conversar com ele antes de ter o nome anunciado por interlocutores da presidente eleita diante dos holofotes.
Assessores do Planalto dizem que a conversa dos escolhidos com Lula é apenas para discutir questões do atual governo e, no máximo, o atual presidente dá uma "bênção" ao escolhido. Também dizem que Dilma está sendo cuidadosa em demonstrar respeito e consideração pelo atual presidente, que ainda chefia boa parte dos escolhidos.
Seja para chancelar a escolha da eleita ou para benzer os futuros ministros, Lula recebeu, na véspera da confirmação dos nomes, todos os que vão compor o ministério e comandar estatais. Foi assim com Miriam Belchior, Tombini e Gabrielli. Na semana passada, Gabrielli saiu do Rio para um encontro com Lula no Planalto apenas para fechar sua permanência na estatal de petróleo.
Oficialmente, ele esteve com o presidente para fazer um balanço das ações e dos programas da estatal. O presidente da República disse em entrevista, após o encontro, que Gabrielli continuaria no comando da Petrobrás até 31 de dezembro, quando ele, Lula, deixa o governo. No ritual do Planalto, Gabrielli conseguia garantir a permanência no cargo.
Antonio Palocci, Gilberto Carvalho e Paulo Bernardo, os três fiéis aliados de Lula que vão integrar o governo Dilma, sendo os dois primeiros na "cozinha do Planalto", têm conversas com o presidente todos os dias.
Angústia. É grande a angústia na Esplanada dos Ministérios, onde atua boa parte dos 38 ministros do governo, diz um interlocutor de Lula. Receber um telefonema do Planalto para uma audiência com o atual presidente tem o mesmo valor que uma ligação da Granja do Torto, onde mora Dilma Rousseff, avalia o auxiliar de Lula.
Alguns ministros aguardam em silêncio um telefonema do Planalto. E até quem está de saída, como José Gomes Temporão (Saúde), não deixa de avaliar com Lula a situação do ministério e a escolha do sucessor.
Há ainda os que esperam sensibilizar o presidente. Foi o caso de Carlos Lupi, do Trabalho, que na semana passada conseguiu a façanha de levar Lula até a periferia de Brasília para inaugurar um posto do ministério batizado com o nome de Leonel Brizola.
Na festa ficou evidente o lobby para permanecer no cargo. Lupi rasgou elogios a Lula, mas não conseguiu arrancar dele um sinal de que continuará na pasta. Diante de câmeras, o ministro, porém, deixou claro que está à disposição de Dilma. Informações do Estadão.
Da redação Blog em 30/11/2010 09:05:31
Escolha de ministros segue ‘ritual‘ com bênção de Lula
Guido Mantega (Fazenda), Nelson Jobim (Defesa), Luciano Coutinho (BNDES), Fernando Haddad (Educação), Sérgio Gabrielli (Petrobrás), Alexandre Tombini (BC), Miriam Belchior (Planejamento), Carlos Lupi (Trabalho) e José Gomes Temporão (Saúde). Definidos ou não para compor o ministério da presidente eleita, Dilma Rousseff, esses nomes têm outra característica em comum: todos percorreram o caminho do "Triângulo dos Eleitos".
Todos eles passaram pela Granja do Torto, onde fica Dilma, e pelo Palácio do Planalto, onde trabalha o presidente Lula. E quando é preciso uma conversa mais discreta, o Alvorada vira o ponto noturno da reunião de avaliação. Na quarta-feira passada, o economista Luciano Coutinho conversou com Dilma sobre a permanência no Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Horas depois, estava no gabinete de Lula no Palácio do Planalto. É a "bênção presidencial", dizem os assessores do governo.
Desde o início do mês, Lula tem repetido em entrevistas que não dá "palpites" na composição do próximo ministério. Na prática, porém, os escolhidos de Dilma precisam conversar com ele antes de ter o nome anunciado por interlocutores da presidente eleita diante dos holofotes.
Assessores do Planalto dizem que a conversa dos escolhidos com Lula é apenas para discutir questões do atual governo e, no máximo, o atual presidente dá uma "bênção" ao escolhido. Também dizem que Dilma está sendo cuidadosa em demonstrar respeito e consideração pelo atual presidente, que ainda chefia boa parte dos escolhidos.
Seja para chancelar a escolha da eleita ou para benzer os futuros ministros, Lula recebeu, na véspera da confirmação dos nomes, todos os que vão compor o ministério e comandar estatais. Foi assim com Miriam Belchior, Tombini e Gabrielli. Na semana passada, Gabrielli saiu do Rio para um encontro com Lula no Planalto apenas para fechar sua permanência na estatal de petróleo.
Oficialmente, ele esteve com o presidente para fazer um balanço das ações e dos programas da estatal. O presidente da República disse em entrevista, após o encontro, que Gabrielli continuaria no comando da Petrobrás até 31 de dezembro, quando ele, Lula, deixa o governo. No ritual do Planalto, Gabrielli conseguia garantir a permanência no cargo.
Antonio Palocci, Gilberto Carvalho e Paulo Bernardo, os três fiéis aliados de Lula que vão integrar o governo Dilma, sendo os dois primeiros na "cozinha do Planalto", têm conversas com o presidente todos os dias.
Angústia. É grande a angústia na Esplanada dos Ministérios, onde atua boa parte dos 38 ministros do governo, diz um interlocutor de Lula. Receber um telefonema do Planalto para uma audiência com o atual presidente tem o mesmo valor que uma ligação da Granja do Torto, onde mora Dilma Rousseff, avalia o auxiliar de Lula.
Alguns ministros aguardam em silêncio um telefonema do Planalto. E até quem está de saída, como José Gomes Temporão (Saúde), não deixa de avaliar com Lula a situação do ministério e a escolha do sucessor.
Há ainda os que esperam sensibilizar o presidente. Foi o caso de Carlos Lupi, do Trabalho, que na semana passada conseguiu a façanha de levar Lula até a periferia de Brasília para inaugurar um posto do ministério batizado com o nome de Leonel Brizola.
Na festa ficou evidente o lobby para permanecer no cargo. Lupi rasgou elogios a Lula, mas não conseguiu arrancar dele um sinal de que continuará na pasta. Diante de câmeras, o ministro, porém, deixou claro que está à disposição de Dilma. Informações do Estadão.
Da redação Blog em 30/11/2010 09:05:31
TRANSIÇÃO
PT sempre teve as melhores vagas nas estatais
Se a disputa partidária pelo comando de ministérios recebe maior visibilidade pública, é na articulação pelo controle dos principais postos nas empresas estatais que se concentra a disputa mais acirrada entre as legendas aliadas do governo da presidente eleita Dilma Rousseff.
E, nesse quesito, o PT vai tentar manter a hegemonia na ocupação das melhores posições, iniciada em 2003, quando Luiz Inácio Lula da Silva assumiu a Presidência.
Na ocasião, o partido tomou conta de posições estratégicas do novo governo. Derrotado na disputa pelo governo de Sergipe, José Eduardo Dutra recebeu a presidência da Petrobrás. Quando deixou o cargo, a gigantesca estatal foi mantida sob o cuidado do PT, com a entrada de José Sérgio Gabrielli.
Eleito deputado federal pelo Paraná em 2002, o petista Jorge Samek renunciou à vaga para ficar com a presidência de Itaipu, outro cargo cobiçado por todos os partidos aliados e do qual o PT não abriu mão.
No setor financeiro, os petistas também usaram sua influência com Lula para assegurar posições estratégicas. Para a presidência da Caixa Econômica Federal, a ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy indicou Jorge Mattoso. Para o comando do Banco da Amazônia (Basa), o então governador do Acre, Jorge Viana, emplacou Mâncio Lima Cordeiro, secretário da Fazenda de sua administração. No Banco do Nordeste (BNB), Lula aceitou pôr o petista Roberto Smith na presidência.
No Banco do Brasil, a direção ficou com Cássio Casseb, de perfil técnico, Mas o então ministro da Fazenda, Antônio Palocci, escolheu Nelson Rocha Augusto para cuidar da BBDTVM, administradora da gestão de recursos do banco. Augusto foi secretário de Planejamento de Palocci em Ribeirão Preto.
Já o petista Henrique Pizzolato recebeu a diretoria de Marketing do Banco do Brasil. E para o PT do Rio, Lula reservou a presidência da Casa da Moeda, com Manoel Severino dos Santos. Ambos saíram por conta do envolvimento no chamado esquema do mensalão.Informações do Estadão
Da redação Blog em 30/11/2010 09:07:12
PT sempre teve as melhores vagas nas estatais
Se a disputa partidária pelo comando de ministérios recebe maior visibilidade pública, é na articulação pelo controle dos principais postos nas empresas estatais que se concentra a disputa mais acirrada entre as legendas aliadas do governo da presidente eleita Dilma Rousseff.
E, nesse quesito, o PT vai tentar manter a hegemonia na ocupação das melhores posições, iniciada em 2003, quando Luiz Inácio Lula da Silva assumiu a Presidência.
Na ocasião, o partido tomou conta de posições estratégicas do novo governo. Derrotado na disputa pelo governo de Sergipe, José Eduardo Dutra recebeu a presidência da Petrobrás. Quando deixou o cargo, a gigantesca estatal foi mantida sob o cuidado do PT, com a entrada de José Sérgio Gabrielli.
Eleito deputado federal pelo Paraná em 2002, o petista Jorge Samek renunciou à vaga para ficar com a presidência de Itaipu, outro cargo cobiçado por todos os partidos aliados e do qual o PT não abriu mão.
No setor financeiro, os petistas também usaram sua influência com Lula para assegurar posições estratégicas. Para a presidência da Caixa Econômica Federal, a ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy indicou Jorge Mattoso. Para o comando do Banco da Amazônia (Basa), o então governador do Acre, Jorge Viana, emplacou Mâncio Lima Cordeiro, secretário da Fazenda de sua administração. No Banco do Nordeste (BNB), Lula aceitou pôr o petista Roberto Smith na presidência.
No Banco do Brasil, a direção ficou com Cássio Casseb, de perfil técnico, Mas o então ministro da Fazenda, Antônio Palocci, escolheu Nelson Rocha Augusto para cuidar da BBDTVM, administradora da gestão de recursos do banco. Augusto foi secretário de Planejamento de Palocci em Ribeirão Preto.
Já o petista Henrique Pizzolato recebeu a diretoria de Marketing do Banco do Brasil. E para o PT do Rio, Lula reservou a presidência da Casa da Moeda, com Manoel Severino dos Santos. Ambos saíram por conta do envolvimento no chamado esquema do mensalão.Informações do Estadão
Da redação Blog em 30/11/2010 09:07:12
RIO VIOLENTO
Cabral manterá 2 mil homens no Alemão até metade de 2011
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, afirmou na noite de segunda-feira que o complexo de favelas do Alemão continuará ocupado por cerca de 2 mil homens das Forças Armadas até o fim do primeiro semestre do ano que vem. Cabral falou com jornalistas após se reunir com a presidente eleita, Dilma Rousseff, na residência oficial da Granja do Torto, em Brasília. Na reunião também estavam presentes o vice-governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, e coordenador político da campanha e transição, Antônio Palocci.
Segundo Cabral, uma unidade de polícia pacificadora (UPP) será instalada no complexo do Alemão ao final da ocupação pelas Forças Armadas. A solicitação desses homens será oficializada nesta terça-feira.
O governador disse, ainda, que o trabalho de ocupação dos morros deve continuar no ano que vem, com o aval da presidente eleita. "Essa retomada já se deu em várias comunidades e vamos continuar retomando, é um modelo que deu certo. Para outras comunidades igualmente complexas o que a gente percebe é essa parceria, essa camaradagem, essa aliança para o bem que deve continuar", afirmou.
Em conversa com Dilma Rousseff, Cabral também falou sobre investimentos do governo federal no Estado do Rio de Janeiro, principalmente para a Copa de 2014 e Olimpíadas de 2016. "Temos o desafio de fazer no Rio nos próximos seis anos mais de três décadas de investimentos em transporte, saneamento, mobilidade urbana, no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) das comunidades", declarou.
O governador fluminense demonstrou, contudo, uma preocupação especial com os aeroportos e disse ter ficado feliz em perceber que a presidenta eleita também está pensando sobre esse assunto. “A minha alegria pessoal de ver a presidente tem um olhar específico para infraestrutura aeroportuária. Porque isso diz respeito diretamente ao Rio de Janeiro e a São Paulo também. Cumbica não aguenta mais, o Galeão também do jeito que está a perspectiva é muito precária”, completou.Informações de O Dia.
Da redação Blog em 30/11/2010 09:38:28
Cabral manterá 2 mil homens no Alemão até metade de 2011
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, afirmou na noite de segunda-feira que o complexo de favelas do Alemão continuará ocupado por cerca de 2 mil homens das Forças Armadas até o fim do primeiro semestre do ano que vem. Cabral falou com jornalistas após se reunir com a presidente eleita, Dilma Rousseff, na residência oficial da Granja do Torto, em Brasília. Na reunião também estavam presentes o vice-governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, e coordenador político da campanha e transição, Antônio Palocci.
Segundo Cabral, uma unidade de polícia pacificadora (UPP) será instalada no complexo do Alemão ao final da ocupação pelas Forças Armadas. A solicitação desses homens será oficializada nesta terça-feira.
O governador disse, ainda, que o trabalho de ocupação dos morros deve continuar no ano que vem, com o aval da presidente eleita. "Essa retomada já se deu em várias comunidades e vamos continuar retomando, é um modelo que deu certo. Para outras comunidades igualmente complexas o que a gente percebe é essa parceria, essa camaradagem, essa aliança para o bem que deve continuar", afirmou.
Em conversa com Dilma Rousseff, Cabral também falou sobre investimentos do governo federal no Estado do Rio de Janeiro, principalmente para a Copa de 2014 e Olimpíadas de 2016. "Temos o desafio de fazer no Rio nos próximos seis anos mais de três décadas de investimentos em transporte, saneamento, mobilidade urbana, no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) das comunidades", declarou.
O governador fluminense demonstrou, contudo, uma preocupação especial com os aeroportos e disse ter ficado feliz em perceber que a presidenta eleita também está pensando sobre esse assunto. “A minha alegria pessoal de ver a presidente tem um olhar específico para infraestrutura aeroportuária. Porque isso diz respeito diretamente ao Rio de Janeiro e a São Paulo também. Cumbica não aguenta mais, o Galeão também do jeito que está a perspectiva é muito precária”, completou.Informações de O Dia.
Da redação Blog em 30/11/2010 09:38:28
Dilma reune-se com Cabral e tratam de segurança pública
A presidenta eleita Dilma Rousseff reuniu-se nesta segunda-feira à noite com o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB/RJ), para tratar da segurança pública no Estado.
Cabral pediu a continuidade da parceria das forças de segurança estaduais e federais, e disse que nesta terça-feira assina uma solicitação oficial ao Ministério da Defesa pedindo a permanência de um contingente de cerca de dois mil homens das Forças Armadas para o patrulhamento ostensivo do Complexo do Alemão.
De acordo com o governador, esse patrulhamento é para cobrir o período necessário para formar novos policiais, suficientes para instalara uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) definitiva no local.
“A presidente Dilma conhece o Complexo do Alemão, conhece sua população, que deu a ela e a mim uma eleição significativa”, disse o governador. “A polulação sempre confiou que essa parceria seria traduzida não só em obras físicas, que já estão acontecendo com o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), mas também na paz.”
Após o encontro, Cabral destacou a jornalistas que o Estado do Rio tem os recursos necessários para implantar as UPPs, e que espera ainda o reforço de 7 mil homens para dar continuidade à retomada de territórios dominados pelo tráfico.
Segundo Cabral, foi uma “longa conversa de amigos”, da qual também participaram o vice-governador Luiz Fernando de Souza Pezão e o coordenador da equipe de transição Antonio Palocci.
A conversa também tratou de propostas de investimento visando à Copa do Mundo de 2014 e aos Jogos Olimpícos de 2016, e da meta de avançar nos próximos seis anos em saneamento, transporte, aeroportos e mobilidade urbana. (Com informações do IG)
A presidenta eleita Dilma Rousseff reuniu-se nesta segunda-feira à noite com o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB/RJ), para tratar da segurança pública no Estado.
Cabral pediu a continuidade da parceria das forças de segurança estaduais e federais, e disse que nesta terça-feira assina uma solicitação oficial ao Ministério da Defesa pedindo a permanência de um contingente de cerca de dois mil homens das Forças Armadas para o patrulhamento ostensivo do Complexo do Alemão.
De acordo com o governador, esse patrulhamento é para cobrir o período necessário para formar novos policiais, suficientes para instalara uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) definitiva no local.
“A presidente Dilma conhece o Complexo do Alemão, conhece sua população, que deu a ela e a mim uma eleição significativa”, disse o governador. “A polulação sempre confiou que essa parceria seria traduzida não só em obras físicas, que já estão acontecendo com o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), mas também na paz.”
Após o encontro, Cabral destacou a jornalistas que o Estado do Rio tem os recursos necessários para implantar as UPPs, e que espera ainda o reforço de 7 mil homens para dar continuidade à retomada de territórios dominados pelo tráfico.
Segundo Cabral, foi uma “longa conversa de amigos”, da qual também participaram o vice-governador Luiz Fernando de Souza Pezão e o coordenador da equipe de transição Antonio Palocci.
A conversa também tratou de propostas de investimento visando à Copa do Mundo de 2014 e aos Jogos Olimpícos de 2016, e da meta de avançar nos próximos seis anos em saneamento, transporte, aeroportos e mobilidade urbana. (Com informações do IG)
De Sanctis
O Tribunal Regional Federal (TRF) da 3ª Região decidiu promover a desembargador o juiz federal Fausto Martin De Sanctis. A promoção fará com que De Sanctis deixe a condução dos processos e inquéritos relativos à Operação Satiagraha da Polícia Federal. Por unanimidade, 36 desembargadores da Corte Especial do TRF aprovaram a promoção na tarde de ontem. A ida de De Sanctis para o colegiado de segunda instância agora deverá ser aprovada formalmente pelo presidente da República. Em regra, as escolhas dos TRFs são acatadas pelo Executivo.
O Tribunal Regional Federal (TRF) da 3ª Região decidiu promover a desembargador o juiz federal Fausto Martin De Sanctis. A promoção fará com que De Sanctis deixe a condução dos processos e inquéritos relativos à Operação Satiagraha da Polícia Federal. Por unanimidade, 36 desembargadores da Corte Especial do TRF aprovaram a promoção na tarde de ontem. A ida de De Sanctis para o colegiado de segunda instância agora deverá ser aprovada formalmente pelo presidente da República. Em regra, as escolhas dos TRFs são acatadas pelo Executivo.
Um quinto já esqueceu voto para deputado
Um em cada cinco eleitores não se lembra mais em quem votou para deputado estadual, deputado federal e senador nestas eleições, de acordo com pesquisa feita pelo instituto Sensus, por encomenda do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O desconhecimento da população sobre as funções dos parlamentares ainda é grande: 40% disseram não estar bem informados sobre o papel exercido por seus representantes no Legislativo.
O maior distanciamento do eleitor é com a disputa pela Assembleia Legislativa, segundo a pesquisa. Dos entrevistados, 23% disseram não lembrar de quem escolheram para deputado estadual; 21,7% não se lembram do deputado federal em que votaram e 20,6 se esqueceram do voto para senador. A identificação do eleitor com os candidatos à Presidência da República e ao governo estadual é maior. Dos entrevistados, 89,7% disseram lembrar de quem votou para presidente. Para governador foram 80,6% .
A pesquisa indica também ligação entre o distanciamento e índice de confiança dos brasileiros nas instituições. Mais da metade dos entrevistados disseram não confiar na Assembleia Legislativa (51,9%) e na Câmara dos Deputados (56,3%). Por outro lado, a maioria confia na Presidência (58.6%) e no governo estadual (52,6%). No topo da lista da confiança dos eleitores está a Justiça Eleitoral: 69,8% dos entrevistados disseram que confiam nos tribunais regionais eleitorais e no TSE.
O instituto Sensus ouviu 2 mil eleitores em 136 municípios, um mês depois do primeiro turno, entre 03 e 07 de novembro.
Apesar da desconfiança, mais da metade dos eleitores se diz muito motivado ou muito animado para votar, 52,3% dos entrevistados, contra 42,6% que disseram ter pouca motivação ou ânimo para participar do processo eleitoral. O restante não votou ou não respondeu à pesquisa.
A maioria dos eleitores chegou ao segundo turno sem saber em quem votar e sinaliza que a internet e a leitura de jornais e revistas pouco influenciaram na escolha do voto. Dos ouvidos pelo instituto de pesquisa, apenas 1,7% disse ter usado a internet para definir o voto. O mesmo percentual vale para os que informaram que jornais e revistas os influenciaram na decisão. Os programas dos candidatos influenciaram 6,2% dos eleitores na hora do voto e os debates no rádio e na televisão foram citados por 18,8% . Segundo os entrevistados pelo Sensus, 44,2% disseram que já estavam "decididos pessoalmente" desde o primeiro turno.
A principal fonte de informação para os eleitores sobre política e eleições continua sendo a televisão, meio usado por 56,6% dos entrevistados. A conversa com amigos e parentes foi citada por 18,4% dos entrevistados; a internet foi lembrada por 9,9% dos eleitores ouvidos e o jornal impresso, por 6,4%.Valor
Um em cada cinco eleitores não se lembra mais em quem votou para deputado estadual, deputado federal e senador nestas eleições, de acordo com pesquisa feita pelo instituto Sensus, por encomenda do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O desconhecimento da população sobre as funções dos parlamentares ainda é grande: 40% disseram não estar bem informados sobre o papel exercido por seus representantes no Legislativo.
O maior distanciamento do eleitor é com a disputa pela Assembleia Legislativa, segundo a pesquisa. Dos entrevistados, 23% disseram não lembrar de quem escolheram para deputado estadual; 21,7% não se lembram do deputado federal em que votaram e 20,6 se esqueceram do voto para senador. A identificação do eleitor com os candidatos à Presidência da República e ao governo estadual é maior. Dos entrevistados, 89,7% disseram lembrar de quem votou para presidente. Para governador foram 80,6% .
A pesquisa indica também ligação entre o distanciamento e índice de confiança dos brasileiros nas instituições. Mais da metade dos entrevistados disseram não confiar na Assembleia Legislativa (51,9%) e na Câmara dos Deputados (56,3%). Por outro lado, a maioria confia na Presidência (58.6%) e no governo estadual (52,6%). No topo da lista da confiança dos eleitores está a Justiça Eleitoral: 69,8% dos entrevistados disseram que confiam nos tribunais regionais eleitorais e no TSE.
O instituto Sensus ouviu 2 mil eleitores em 136 municípios, um mês depois do primeiro turno, entre 03 e 07 de novembro.
Apesar da desconfiança, mais da metade dos eleitores se diz muito motivado ou muito animado para votar, 52,3% dos entrevistados, contra 42,6% que disseram ter pouca motivação ou ânimo para participar do processo eleitoral. O restante não votou ou não respondeu à pesquisa.
A maioria dos eleitores chegou ao segundo turno sem saber em quem votar e sinaliza que a internet e a leitura de jornais e revistas pouco influenciaram na escolha do voto. Dos ouvidos pelo instituto de pesquisa, apenas 1,7% disse ter usado a internet para definir o voto. O mesmo percentual vale para os que informaram que jornais e revistas os influenciaram na decisão. Os programas dos candidatos influenciaram 6,2% dos eleitores na hora do voto e os debates no rádio e na televisão foram citados por 18,8% . Segundo os entrevistados pelo Sensus, 44,2% disseram que já estavam "decididos pessoalmente" desde o primeiro turno.
A principal fonte de informação para os eleitores sobre política e eleições continua sendo a televisão, meio usado por 56,6% dos entrevistados. A conversa com amigos e parentes foi citada por 18,4% dos entrevistados; a internet foi lembrada por 9,9% dos eleitores ouvidos e o jornal impresso, por 6,4%.Valor
Um tucano a menos no ninho do Serra
A reunião promovida ontem pelo diretório regional do PSDB no Rio para discutir o desempenho tucano nas eleições de outubro terminou em crise. O ex-governador Marcello Alencar propôs ao prefeito de Duque Caxias, José Camilo Zito, que deixe a presidência estadual. Ele reclamou que Zito não se empenhou para eleger José Serra presidente e Fernando Gabeira (PV) governador. O prefeito também teria estreitado relações com o governador reeleito Sérgio Cabral (PMDB). Após as críticas, Zito afirmou que dificilmente permanecerá no cargo e não descarta deixar o partido.
Zito afirmou que entregaria sua carta de renúncia ontem. Mas voltou atrás após pedido do vice-presidente regional, Márcio Fortes. A decisão será tomada em 15 dias. Marcello afirmou estar decepcionado com Zito, que tem mandato de presidente até abril. O ex-governador foi o maior defensor da entrada do prefeito no partido e de sua permanência no comando.
- Estou surpreso. Estive empenhado em eleger Serra. Não podem me culpar de seu desempenho pífio. Sugerir tirar dois meses de licença para a campanha e não quiseram. Respeito o Marcello, mas o tempo dele passou. Será difícil eu permanecer na presidência e ficarei no partido até o prazo que a legislação determinar - sentenciou Zito.
O mal estar tomou conta do ninho após a executiva regional decidir apoiar Gabeira. Zito defendeu Serra, mas foi contra o verde, a quem acusou de discriminá-lo. Serra obteve no segundo turno pouco mais de 25% dos votos em Duque de Caxias. Já Gabeira não chegou a 14% no primeiro turno na cidade.
Após a reunião, os tucanos reagiram à crise defendendo mudanças no partido, como a formação de novos quadros.O PSDB tem que parar de ficar só discutindo e falando de nomes. Precisa é repensar sua ideologia disse a vereadora Andrea Gouvêa Vieira.O PSDB tem agora é que fazer frente à política de um partido único que domina o Rio - acrescentou o deputado Otávio Leite.
A reunião promovida ontem pelo diretório regional do PSDB no Rio para discutir o desempenho tucano nas eleições de outubro terminou em crise. O ex-governador Marcello Alencar propôs ao prefeito de Duque Caxias, José Camilo Zito, que deixe a presidência estadual. Ele reclamou que Zito não se empenhou para eleger José Serra presidente e Fernando Gabeira (PV) governador. O prefeito também teria estreitado relações com o governador reeleito Sérgio Cabral (PMDB). Após as críticas, Zito afirmou que dificilmente permanecerá no cargo e não descarta deixar o partido.
Zito afirmou que entregaria sua carta de renúncia ontem. Mas voltou atrás após pedido do vice-presidente regional, Márcio Fortes. A decisão será tomada em 15 dias. Marcello afirmou estar decepcionado com Zito, que tem mandato de presidente até abril. O ex-governador foi o maior defensor da entrada do prefeito no partido e de sua permanência no comando.
- Estou surpreso. Estive empenhado em eleger Serra. Não podem me culpar de seu desempenho pífio. Sugerir tirar dois meses de licença para a campanha e não quiseram. Respeito o Marcello, mas o tempo dele passou. Será difícil eu permanecer na presidência e ficarei no partido até o prazo que a legislação determinar - sentenciou Zito.
O mal estar tomou conta do ninho após a executiva regional decidir apoiar Gabeira. Zito defendeu Serra, mas foi contra o verde, a quem acusou de discriminá-lo. Serra obteve no segundo turno pouco mais de 25% dos votos em Duque de Caxias. Já Gabeira não chegou a 14% no primeiro turno na cidade.
Após a reunião, os tucanos reagiram à crise defendendo mudanças no partido, como a formação de novos quadros.O PSDB tem que parar de ficar só discutindo e falando de nomes. Precisa é repensar sua ideologia disse a vereadora Andrea Gouvêa Vieira.O PSDB tem agora é que fazer frente à política de um partido único que domina o Rio - acrescentou o deputado Otávio Leite.
População chega a 190,7 mi
O Brasil tem 190.732.694 pessoas -alta de 12,3% em relação a 2000-, cresce em ritmo mais lento e é cada vez mais urbano. É o primeiro retrato do Censo 2010, do IBGE.Os moradores das cidades representam 84,32% da população. O campo reúne 15,65%. Segundo Eduardo Nunes, presidente do IBGE, há um movimento migratório rumo ao oeste, para cidades do agronegócio.
O país tem hoje 3,9 milhões a mais de mulheres do que homens. O Estado de São Paulo reúne nove dos dez municípios com maior proporção de homens, mas o que fez a diferença nestas cidades foi a instalação de presídios nos últimos 10 anos.Em média, o Brasil tem 3,3 moradores por domicílio, ante 3,75 em 2000.
No Norte, são 4,4, e no Sul, 3,1. Existem hoje no país 23,7 mil pessoas com mais de cem anos.O Censo visitou 67,6 milhões de domicílios. Os recenseadores não conseguiram realizar a entrevista em 901 mil. Nesses casos, foi usada metodologia para estimar o número de habitantes.
O Brasil tem 190.732.694 pessoas -alta de 12,3% em relação a 2000-, cresce em ritmo mais lento e é cada vez mais urbano. É o primeiro retrato do Censo 2010, do IBGE.Os moradores das cidades representam 84,32% da população. O campo reúne 15,65%. Segundo Eduardo Nunes, presidente do IBGE, há um movimento migratório rumo ao oeste, para cidades do agronegócio.
O país tem hoje 3,9 milhões a mais de mulheres do que homens. O Estado de São Paulo reúne nove dos dez municípios com maior proporção de homens, mas o que fez a diferença nestas cidades foi a instalação de presídios nos últimos 10 anos.Em média, o Brasil tem 3,3 moradores por domicílio, ante 3,75 em 2000.
No Norte, são 4,4, e no Sul, 3,1. Existem hoje no país 23,7 mil pessoas com mais de cem anos.O Censo visitou 67,6 milhões de domicílios. Os recenseadores não conseguiram realizar a entrevista em 901 mil. Nesses casos, foi usada metodologia para estimar o número de habitantes.
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
TRANSIÇÃO
Jobim é convidado e aceita continuar no Ministério da Defesa
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, aceitou convite da presidente eleita, Dilma Rousseff, e vai permanecer no comando das Forças Armadas no próximo governo. Dilma convidou Jobim na sexta-feira, em São Paulo. Ela estava na capital paulista para tratar de assuntos pessoais, e Jobim embarcava para uma viagem oficial de uma semana a quatro países da Europa. Na conversa, ficou decidido que a Secretaria da Aviação Civil sairá da Defesa e passará a ser uma secretaria especial vinculada à Presidência da República. A desmilitarização atingirá, também, a Infraero.
O convite para Jobim foi precedido de uma conversa entre o ministro da Defesa e o futuro chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, em 17 de novembro. Palocci comunicou a Jobim que a presidente eleita queria mantê-lo no cargo, mas retirando de sua pasta as atribuições da aviação civil. Jobim concordou, dizendo que a comunidade internacional, em encontros da área, considerava excêntrico que um ministro da Defesa tratasse de aviação civil.
Apesar dessa conversa com Palocci, na semana passada, ao participar de reunião dos ministros da Defesa dos países da América do Sul, Jobim anunciou que estava se despedindo, pois não deveria ser mantido no próximo governo.
Quando fez esta declaração, Jobim quis sinalizar para a presidente eleita que não estava em campanha para permanecer no cargo. Mas esta era a vontade do presidente Lula, cujos argumentos acabaram convencendo Dilma. A avaliação de Lula, avalizada por Dilma, é a de que o Ministério da Defesa sob o comando civil só virou realidade com a chegada de Jobim à pasta.
O entendimento dominante é o de que ele está desenvolvendo a modernização e o reaparelhamento das Forças Armadas, que devem ter continuidade. Pesou ainda o fato de que os comandantes militares respeitam o atual ministro.
A expectativa nas Forças Armadas, com a manutenção de Jobim na pasta, é a de continuidade e de ampliação dos investimentos na área da defesa. Entre os militares, desde a semana passada, circulam informações de que Jobim, já prevendo sua permanência, comunicou aos chefes das Forças - Exército, Marinha e Aeronáutica - que gostaria que eles permanecessem no comando.
O chefe conjunto das Forças Armadas também deve permanecer. Sobre a capacidade política e de diálogo deste, Jobim costuma brincar fazendo uma analogia com o futebol:
- O general José Carlos de Nardi é candidato ao Conselho Deliberativo do Internacional por duas chapas adversárias, nas eleições diretas para eleger o presidente do clube. Informações de O Globo.
Da redação Blog em 29/11/2010 09:51:36
Jobim é convidado e aceita continuar no Ministério da Defesa
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, aceitou convite da presidente eleita, Dilma Rousseff, e vai permanecer no comando das Forças Armadas no próximo governo. Dilma convidou Jobim na sexta-feira, em São Paulo. Ela estava na capital paulista para tratar de assuntos pessoais, e Jobim embarcava para uma viagem oficial de uma semana a quatro países da Europa. Na conversa, ficou decidido que a Secretaria da Aviação Civil sairá da Defesa e passará a ser uma secretaria especial vinculada à Presidência da República. A desmilitarização atingirá, também, a Infraero.
O convite para Jobim foi precedido de uma conversa entre o ministro da Defesa e o futuro chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, em 17 de novembro. Palocci comunicou a Jobim que a presidente eleita queria mantê-lo no cargo, mas retirando de sua pasta as atribuições da aviação civil. Jobim concordou, dizendo que a comunidade internacional, em encontros da área, considerava excêntrico que um ministro da Defesa tratasse de aviação civil.
Apesar dessa conversa com Palocci, na semana passada, ao participar de reunião dos ministros da Defesa dos países da América do Sul, Jobim anunciou que estava se despedindo, pois não deveria ser mantido no próximo governo.
Quando fez esta declaração, Jobim quis sinalizar para a presidente eleita que não estava em campanha para permanecer no cargo. Mas esta era a vontade do presidente Lula, cujos argumentos acabaram convencendo Dilma. A avaliação de Lula, avalizada por Dilma, é a de que o Ministério da Defesa sob o comando civil só virou realidade com a chegada de Jobim à pasta.
O entendimento dominante é o de que ele está desenvolvendo a modernização e o reaparelhamento das Forças Armadas, que devem ter continuidade. Pesou ainda o fato de que os comandantes militares respeitam o atual ministro.
A expectativa nas Forças Armadas, com a manutenção de Jobim na pasta, é a de continuidade e de ampliação dos investimentos na área da defesa. Entre os militares, desde a semana passada, circulam informações de que Jobim, já prevendo sua permanência, comunicou aos chefes das Forças - Exército, Marinha e Aeronáutica - que gostaria que eles permanecessem no comando.
O chefe conjunto das Forças Armadas também deve permanecer. Sobre a capacidade política e de diálogo deste, Jobim costuma brincar fazendo uma analogia com o futebol:
- O general José Carlos de Nardi é candidato ao Conselho Deliberativo do Internacional por duas chapas adversárias, nas eleições diretas para eleger o presidente do clube. Informações de O Globo.
Da redação Blog em 29/11/2010 09:51:36
TRANSIÇÃO
Meirelles em novo ministério
O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, pode ser indicado para assumir o ministério que será criado, no Governo Dilma, para administrar portos e aeroportos. A ideia da presidente eleita seria aproveitar a experiência que Meirelles teve como presidente do BankBoston, no financiamento de obras de infraestrutura. As informações são do jornal Valor Econômico.
Da redação Blog em 29/11/2010 10:35:37
Meirelles em novo ministério
O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, pode ser indicado para assumir o ministério que será criado, no Governo Dilma, para administrar portos e aeroportos. A ideia da presidente eleita seria aproveitar a experiência que Meirelles teve como presidente do BankBoston, no financiamento de obras de infraestrutura. As informações são do jornal Valor Econômico.
Da redação Blog em 29/11/2010 10:35:37
No rádio, Lula diz que é apenas o começo, sobre ação policial
No programa semanal de rádio, Café com o Presidente, o presidente Lula fez um balanço do programa de Aquisição de Alimentos, e falou de vai atenderá tudo o que o Rio de Janeiro precisar para combater o narcotráfico. Segue a transcrição:
Apresentador: Olá, você, em todo o Brasil. Eu sou Luciano Seixas, e começa agora o Café com o Presidente, o programa de rádio do presidente Lula. Olá, presidente, como vai? Tudo bem?
Presidente: Tudo bem, Luciano.
Apresentador: Presidente, o senhor participou, na quinta-feira passada, de um seminário do Programa de Aquisição de Alimentos. Em relação a esse programa, a agricultura Hilda Maria Resende Santos, presidente da Associação Comunitária de Criadores de Caprinos, da cidade de Custódia, em Pernambuco, diz o seguinte: “As minhas palavras são de agradecimento, falo em nome de um povo sofrido. Se não fosse esse programa, as crianças não teriam um litro de leite para tomar. E se, hoje, elas vão bem na escola é porque tomam leite todo dia. Então, Pernambuco agradece ao presidente Lula. E mais...”, diz a D. Hilda, “... Estou certa que a presidente Dilma irá continuar o programa” (*). Então, presidente?
Presidente: Olha, Luciano, o Programa de Aquisição de Alimentos é um programa, eu diria, quase que revolucionário porque, primeiro, ele atinge 2.300 municípios, segundo, nós compramos produtos de, mais ou menos, 160 mil pequenos agricultores, terceiro, nós conseguimos comprar por volta de 3 milhões de toneladas de alimentos e nós distribuímos isso para 15 milhões de brasileiros. Ou seja, são 25 mil instituições que participam desse programa. É um programa que mexe com a sociedade, que mexe com o pequeno produtor, e garante que alimento de boa qualidade chegue na casa das pessoas. E garante mais ainda, que a gente dê ao pequeno produtor um preço justo, melhor do que aquele que o mercado oferece ao pequeno produtor. Esse é um programa que eu tenho a convicção que a companheira Dilma vai continuar, vai aperfeiçoá-lo. E a Dona Hilda tem razão, aliás eu ouvi o depoimento da Dona Hilda, eu vi o discurso dela lá, ela pediu a palavra, ela me entregou uma cesta básica e, depois, ela foi fazer um discurso. Ou seja, o discurso emocionou todo mundo, porque é uma mulher simples, sabe, que estava falando apenas aquilo que a alma dela conseguia produzir, aquilo que o coração dela conseguia sentir.
Apresentador: Você está ouvindo o Café com o Presidente, o programa de rádio do presidente Lula. Presidente, mudando de assunto.A polícia, com a colaboração das Forças Armadas, expulsou os principais líderes de algumas das comunidades do Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, que enfrentava os maiores problemas com o crime organizado. O que é que o senhor achou dessa ação? Está fechado o cerco ao tráfico no Rio de Janeiro?
Presidente: Primeiro, nós temos que dar os parabéns ao governador Sérgio Cabral, ao secretário de Segurança, e a todo o povo do Rio de Janeiro. O governador me ligou na segunda-feira, dizendo o que estava acontecendo no Rio de Janeiro, pedindo para mim se a gente poderia colocar Polícia Rodoviária Federal para ajudar no Rio de Janeiro. Prontamente eu liguei para o ministro da Justiça, pedi para o ministro da Justiça atender o Sérgio Cabral naquilo que fosse necessário para o Rio de Janeiro. Nós, então, mandamos mais reforço da Polícia Rodoviária Federal. Depois, o companheiro Sérgio Cabral falou da Polícia Federal. E já quando eu ia viajando, na quinta-feira, para Georgetown, na Guiana, o ministro Nelson Jobim me liga, dizendo de um pedido que o Sérgio Cabral tinha feito para ele. Depois, me liga o Sérgio Cabral dizendo, sabe, do que ele precisava das Forças Armadas. Eu, prontamente disse ao ministro Nelson Jobim, que ele fizesse o que tivesse que fazer, dentro da lei. Pedi para que o Sérgio Cabral pedisse por escrito, que nós estávamos dispostos a ajudar o Rio de Janeiro a vencer o crime organizado, a vencer o narcotráfico. E disse ao governador: “Governador, tudo o que eu puder fazer para que a gente possa livrar o Rio dessa situação nós iremos fazer”. Eu acho que a operação está sendo um sucesso. Obviamente que ela não terminou, ela apenas começou. Nós não sabemos ainda se todos os bandidos fugiram, se tem muito lá dentro, se estão escondidos. De qualquer forma, nós demos o primeiro passo – entramos dentro do Complexo do Alemão. Eu estava para ir visitar o Complexo do Alemão. Independentemente dessa operação eu iria visitar o Complexo do Alemão. Eu, agora, vou com muito mais prazer. Eu quero reiterar hoje o que eu disse na sexta-feira: o que o Rio de Janeiro precisar para que a gente acabe com o narcotráfico, o governo federal está disposto a colaborar com o estado do Rio de Janeiro e com o meu amigo, Sérgio Cabral.
Apresentador: Presidente, qual mensagem que o senhor deixa às comunidades do Rio de Janeiro, mas também aqueles que acompanham esses acontecimentos, no Brasil e no mundo?
Presidente: A mensagem que eu posso dar é essa: otimismo. Otimismo e esperança. E dizer ao povo do Rio: “Muita tranquilidade, porque nós venceremos essa guerra”. E fica demonstrado quando a união entre governo federal e governo estadual, e os órgãos de inteligência das polícias, as coisas funcionam. Quando ficamos disputando, entre nós, quem é mais bonito, quem é melhor, o povo paga um prejuízo. Eu digo sempre o seguinte, quando os governos se unem, o povo ganha. Quando os governos divergem, o povo perde. Então eu acho que o Sérgio Cabral fez um trabalho excepcional, eu espero que outros governadores comecem a fazer a mesma coisa, porque só tem um jeito de a gente vencer o crime organizado – é combatê-lo. E o governo federal só pode entrar na medida que haja o pedido de um governo, como o Sérgio Cabral, humildemente pediu e nós, humildemente, atendemos.
Apresentador: Muito obrigado, presidente Lula, e até a próxima semana.
Presidente: Obrigado a você, Luciano, e até a próxima semana.
--x-x-x--
(*) O referido discurso de D. Hilda, que emocionou o presidente, foi este:
No programa semanal de rádio, Café com o Presidente, o presidente Lula fez um balanço do programa de Aquisição de Alimentos, e falou de vai atenderá tudo o que o Rio de Janeiro precisar para combater o narcotráfico. Segue a transcrição:
Apresentador: Olá, você, em todo o Brasil. Eu sou Luciano Seixas, e começa agora o Café com o Presidente, o programa de rádio do presidente Lula. Olá, presidente, como vai? Tudo bem?
Presidente: Tudo bem, Luciano.
Apresentador: Presidente, o senhor participou, na quinta-feira passada, de um seminário do Programa de Aquisição de Alimentos. Em relação a esse programa, a agricultura Hilda Maria Resende Santos, presidente da Associação Comunitária de Criadores de Caprinos, da cidade de Custódia, em Pernambuco, diz o seguinte: “As minhas palavras são de agradecimento, falo em nome de um povo sofrido. Se não fosse esse programa, as crianças não teriam um litro de leite para tomar. E se, hoje, elas vão bem na escola é porque tomam leite todo dia. Então, Pernambuco agradece ao presidente Lula. E mais...”, diz a D. Hilda, “... Estou certa que a presidente Dilma irá continuar o programa” (*). Então, presidente?
Presidente: Olha, Luciano, o Programa de Aquisição de Alimentos é um programa, eu diria, quase que revolucionário porque, primeiro, ele atinge 2.300 municípios, segundo, nós compramos produtos de, mais ou menos, 160 mil pequenos agricultores, terceiro, nós conseguimos comprar por volta de 3 milhões de toneladas de alimentos e nós distribuímos isso para 15 milhões de brasileiros. Ou seja, são 25 mil instituições que participam desse programa. É um programa que mexe com a sociedade, que mexe com o pequeno produtor, e garante que alimento de boa qualidade chegue na casa das pessoas. E garante mais ainda, que a gente dê ao pequeno produtor um preço justo, melhor do que aquele que o mercado oferece ao pequeno produtor. Esse é um programa que eu tenho a convicção que a companheira Dilma vai continuar, vai aperfeiçoá-lo. E a Dona Hilda tem razão, aliás eu ouvi o depoimento da Dona Hilda, eu vi o discurso dela lá, ela pediu a palavra, ela me entregou uma cesta básica e, depois, ela foi fazer um discurso. Ou seja, o discurso emocionou todo mundo, porque é uma mulher simples, sabe, que estava falando apenas aquilo que a alma dela conseguia produzir, aquilo que o coração dela conseguia sentir.
Apresentador: Você está ouvindo o Café com o Presidente, o programa de rádio do presidente Lula. Presidente, mudando de assunto.A polícia, com a colaboração das Forças Armadas, expulsou os principais líderes de algumas das comunidades do Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, que enfrentava os maiores problemas com o crime organizado. O que é que o senhor achou dessa ação? Está fechado o cerco ao tráfico no Rio de Janeiro?
Presidente: Primeiro, nós temos que dar os parabéns ao governador Sérgio Cabral, ao secretário de Segurança, e a todo o povo do Rio de Janeiro. O governador me ligou na segunda-feira, dizendo o que estava acontecendo no Rio de Janeiro, pedindo para mim se a gente poderia colocar Polícia Rodoviária Federal para ajudar no Rio de Janeiro. Prontamente eu liguei para o ministro da Justiça, pedi para o ministro da Justiça atender o Sérgio Cabral naquilo que fosse necessário para o Rio de Janeiro. Nós, então, mandamos mais reforço da Polícia Rodoviária Federal. Depois, o companheiro Sérgio Cabral falou da Polícia Federal. E já quando eu ia viajando, na quinta-feira, para Georgetown, na Guiana, o ministro Nelson Jobim me liga, dizendo de um pedido que o Sérgio Cabral tinha feito para ele. Depois, me liga o Sérgio Cabral dizendo, sabe, do que ele precisava das Forças Armadas. Eu, prontamente disse ao ministro Nelson Jobim, que ele fizesse o que tivesse que fazer, dentro da lei. Pedi para que o Sérgio Cabral pedisse por escrito, que nós estávamos dispostos a ajudar o Rio de Janeiro a vencer o crime organizado, a vencer o narcotráfico. E disse ao governador: “Governador, tudo o que eu puder fazer para que a gente possa livrar o Rio dessa situação nós iremos fazer”. Eu acho que a operação está sendo um sucesso. Obviamente que ela não terminou, ela apenas começou. Nós não sabemos ainda se todos os bandidos fugiram, se tem muito lá dentro, se estão escondidos. De qualquer forma, nós demos o primeiro passo – entramos dentro do Complexo do Alemão. Eu estava para ir visitar o Complexo do Alemão. Independentemente dessa operação eu iria visitar o Complexo do Alemão. Eu, agora, vou com muito mais prazer. Eu quero reiterar hoje o que eu disse na sexta-feira: o que o Rio de Janeiro precisar para que a gente acabe com o narcotráfico, o governo federal está disposto a colaborar com o estado do Rio de Janeiro e com o meu amigo, Sérgio Cabral.
Apresentador: Presidente, qual mensagem que o senhor deixa às comunidades do Rio de Janeiro, mas também aqueles que acompanham esses acontecimentos, no Brasil e no mundo?
Presidente: A mensagem que eu posso dar é essa: otimismo. Otimismo e esperança. E dizer ao povo do Rio: “Muita tranquilidade, porque nós venceremos essa guerra”. E fica demonstrado quando a união entre governo federal e governo estadual, e os órgãos de inteligência das polícias, as coisas funcionam. Quando ficamos disputando, entre nós, quem é mais bonito, quem é melhor, o povo paga um prejuízo. Eu digo sempre o seguinte, quando os governos se unem, o povo ganha. Quando os governos divergem, o povo perde. Então eu acho que o Sérgio Cabral fez um trabalho excepcional, eu espero que outros governadores comecem a fazer a mesma coisa, porque só tem um jeito de a gente vencer o crime organizado – é combatê-lo. E o governo federal só pode entrar na medida que haja o pedido de um governo, como o Sérgio Cabral, humildemente pediu e nós, humildemente, atendemos.
Apresentador: Muito obrigado, presidente Lula, e até a próxima semana.
Presidente: Obrigado a você, Luciano, e até a próxima semana.
--x-x-x--
(*) O referido discurso de D. Hilda, que emocionou o presidente, foi este:
The New York Times:Operação policial cativou brasileiros como a Copa
A ocupação do Complexo do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro, "cativou" os brasileiros como nenhum outro evento desde a Copa do Mundo da África do Sul, segundo o jornal The New York Times.
Os repórteres do diário descreveram a operação como "uma varredura militar rápida e definitiva" e disseram que "um ar de calma e alívio" se espalhou pelo conjunto de favelas, com moradores abrindo as janelas e voltando às ruas após a ocupação. "Moradores se reuniram ao redor de aparelhos de televisão em bares e restaurantes, torcendo pela polícia como eles fariam por seus times de futebol favoritos, mesmo quando tiros ocasionais cobriam os céus ensolarados".
Um artigo publicado pelo diário espanhol El País afirmou que políticos brasileiros estão vendendo a "liberação" do conjunto de favelas como o regresso ao Estado democrático no Brasil. "O Rio, e em parte o Brasil, estava tristemente acostumado com que os grandes centros urbanos estivessem sob o controle dos traficantes de drogas, que impunham suas leis com a conivência de policiais corruptos, advogados de presos perigosos, juízes e políticos que usam os traficantes para manter seu poder local e enriquecer".
Segundo o artigo do correspondente Juan Arias, "a operação de reconquista do território do Rio com a maior concentração de traficantes começa a mostrar aos cidadãos quem tem o poder nas cidades: o tráfico ou o Estado".
O jornal britânico The Guardian descreveu a operação como "sem precedentes" na história da cidade, enquanto outro jornal espanhol, o El Mundo, destacou "a opulência dos palácios" dos traficantes descobertos pela polícia durante a operação. "Os chefes da droga viviam como reis nas favelas cariocas do Complexo do Alemão", diz a reportagem, que descreve em detalhes a mansão de quatro andares do traficante conhecido como "Pezão", que tinha jacuzzi, piscina e aparelhos de ar condicionado.
A ocupação do Complexo do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro, "cativou" os brasileiros como nenhum outro evento desde a Copa do Mundo da África do Sul, segundo o jornal The New York Times.
Os repórteres do diário descreveram a operação como "uma varredura militar rápida e definitiva" e disseram que "um ar de calma e alívio" se espalhou pelo conjunto de favelas, com moradores abrindo as janelas e voltando às ruas após a ocupação. "Moradores se reuniram ao redor de aparelhos de televisão em bares e restaurantes, torcendo pela polícia como eles fariam por seus times de futebol favoritos, mesmo quando tiros ocasionais cobriam os céus ensolarados".
Um artigo publicado pelo diário espanhol El País afirmou que políticos brasileiros estão vendendo a "liberação" do conjunto de favelas como o regresso ao Estado democrático no Brasil. "O Rio, e em parte o Brasil, estava tristemente acostumado com que os grandes centros urbanos estivessem sob o controle dos traficantes de drogas, que impunham suas leis com a conivência de policiais corruptos, advogados de presos perigosos, juízes e políticos que usam os traficantes para manter seu poder local e enriquecer".
Segundo o artigo do correspondente Juan Arias, "a operação de reconquista do território do Rio com a maior concentração de traficantes começa a mostrar aos cidadãos quem tem o poder nas cidades: o tráfico ou o Estado".
O jornal britânico The Guardian descreveu a operação como "sem precedentes" na história da cidade, enquanto outro jornal espanhol, o El Mundo, destacou "a opulência dos palácios" dos traficantes descobertos pela polícia durante a operação. "Os chefes da droga viviam como reis nas favelas cariocas do Complexo do Alemão", diz a reportagem, que descreve em detalhes a mansão de quatro andares do traficante conhecido como "Pezão", que tinha jacuzzi, piscina e aparelhos de ar condicionado.
Deu em O Globo
Pimentel, o primeiro da cota pessoal de Dilma
Amigo da presidente eleita, ex-prefeito petista de Belo Horizonte deverá assumir o Ministério do Desenvolvimento
Regina Alvarez e Fábio Fabrini
Depois de ceder às indicações do presidente Lula para a área econômica e para o núcleo central de poder instalado no Palácio do Planalto, a presidente eleita Dilma Rousseff fez sua primeira escolha pessoal para o primeiro escalão do governo: decidiu levar para a Esplanada o amigo Fernando Pimentel, ex-prefeito de Belo Horizonte.
O petista deverá assumir o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Por enquanto, ele é o único integrante do PT mineiro com vaga garantida no Ministério, embora a pressão do diretório seja grande pelo retorno de Patrus Ananias ao comando do Ministério do Desenvolvimento Social, responsável pelo programa Bolsa Família.
Inicialmente, Dilma cogitou escolher um empresário para comandar o MDIC. Alguns foram sondados, mas não manifestaram interesse.
Pimentel, desgastado com o episódio do dossiê contra políticos tucanos, iria para uma estatal, mas, por ser o petista mais próximo da presidente eleita — são amigos desde os tempos de luta contra o regime militar, nos anos 1970 —, ele agora tem lugar assegurado no Ministério.
Economista e com larga experiência no Executivo, Pimentel tem o perfil técnico considerado por Dilma adequado para o MDIC, que pode ganhar projeção atuando junto com o Itamaraty na condução da política externa.
Entretanto, não é um ministério com grande orçamento e, a princípio, não se encaixaria no objetivo de Pimentel de ganhar visibilidade para concorrer ao governo de Minas Gerais, em 2014.
Pimentel, o primeiro da cota pessoal de Dilma
Amigo da presidente eleita, ex-prefeito petista de Belo Horizonte deverá assumir o Ministério do Desenvolvimento
Regina Alvarez e Fábio Fabrini
Depois de ceder às indicações do presidente Lula para a área econômica e para o núcleo central de poder instalado no Palácio do Planalto, a presidente eleita Dilma Rousseff fez sua primeira escolha pessoal para o primeiro escalão do governo: decidiu levar para a Esplanada o amigo Fernando Pimentel, ex-prefeito de Belo Horizonte.
O petista deverá assumir o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Por enquanto, ele é o único integrante do PT mineiro com vaga garantida no Ministério, embora a pressão do diretório seja grande pelo retorno de Patrus Ananias ao comando do Ministério do Desenvolvimento Social, responsável pelo programa Bolsa Família.
Inicialmente, Dilma cogitou escolher um empresário para comandar o MDIC. Alguns foram sondados, mas não manifestaram interesse.
Pimentel, desgastado com o episódio do dossiê contra políticos tucanos, iria para uma estatal, mas, por ser o petista mais próximo da presidente eleita — são amigos desde os tempos de luta contra o regime militar, nos anos 1970 —, ele agora tem lugar assegurado no Ministério.
Economista e com larga experiência no Executivo, Pimentel tem o perfil técnico considerado por Dilma adequado para o MDIC, que pode ganhar projeção atuando junto com o Itamaraty na condução da política externa.
Entretanto, não é um ministério com grande orçamento e, a princípio, não se encaixaria no objetivo de Pimentel de ganhar visibilidade para concorrer ao governo de Minas Gerais, em 2014.
Haddad é colocado 'na vitrine' por Lula para ficar na pasta
Ao lado do presidente, ministro da Educação anuncia hoje dados positivos de ensino profissionalizante, ignorando demais problemas
Lisandra Paraguassú, Estadão.com
Há dois anos debaixo de críticas por conta dos erros na aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o ministro Fernando Haddad, da Educação, ganha hoje vitrine especial do Planalto para um balanço da sua gestão - e, por tabela, fica em evidência para ser, eventualmente, um próximo nome da equipe da presidente eleita, Dilma Rousseff.
Tendo ao lado o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro vai anunciar por um telão a abertura de 30 escolas técnicas federais e a entrega de 25 novos câmpus ligados a 15 universidades federais.
Além disso, à tarde ele apresenta o resultado da segunda olimpíada nacional de português.
Na solenidade, o governo distribuirá um relatório elogiando a gestão Haddad.
Com poucos índices positivos de melhora da qualidade do ensino e às voltas com os desastres administrativos do Enem em 2009 e 2010, Haddad conseguiu, ao longo de boa parte do governo, evitar atritos com Dilma quando ela comandava a Casa Civil.
Mais recentemente houve alguns "estranhamentos" entre os dois que, segundo pessoas próximas ao ministro, já estão superados.
Haddad tem, no presidente Lula, um forte padrinho político. Lula entusiasma-se especialmente com o crescimento do ensino profissionalizante - que em número de matrículas cresceu 108% entre 2003 e 2010.
Com as inaugurações e os novos câmpus, o governo festeja o cumprimento das metas de expansão do ensino técnico e superior.
Ao lado do presidente, ministro da Educação anuncia hoje dados positivos de ensino profissionalizante, ignorando demais problemas
Lisandra Paraguassú, Estadão.com
Há dois anos debaixo de críticas por conta dos erros na aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o ministro Fernando Haddad, da Educação, ganha hoje vitrine especial do Planalto para um balanço da sua gestão - e, por tabela, fica em evidência para ser, eventualmente, um próximo nome da equipe da presidente eleita, Dilma Rousseff.
Tendo ao lado o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro vai anunciar por um telão a abertura de 30 escolas técnicas federais e a entrega de 25 novos câmpus ligados a 15 universidades federais.
Além disso, à tarde ele apresenta o resultado da segunda olimpíada nacional de português.
Na solenidade, o governo distribuirá um relatório elogiando a gestão Haddad.
Com poucos índices positivos de melhora da qualidade do ensino e às voltas com os desastres administrativos do Enem em 2009 e 2010, Haddad conseguiu, ao longo de boa parte do governo, evitar atritos com Dilma quando ela comandava a Casa Civil.
Mais recentemente houve alguns "estranhamentos" entre os dois que, segundo pessoas próximas ao ministro, já estão superados.
Haddad tem, no presidente Lula, um forte padrinho político. Lula entusiasma-se especialmente com o crescimento do ensino profissionalizante - que em número de matrículas cresceu 108% entre 2003 e 2010.
Com as inaugurações e os novos câmpus, o governo festeja o cumprimento das metas de expansão do ensino técnico e superior.
Deu em O Globo
Paulo Bernardo, o curinga em situação desconfortável
Ministro até agora não tem futuro decidido e deve ficar com Comunicações
Cristiane Jungblut
Ser curinga em jogo de cartas pode ter muitas vantagens. Mas ser curinga num xadrez de 37 peças, muitas disputas e grandes egos tem sido motivo de desconforto para um dos mais cotados para a equipe da presidente eleita, Dilma Rousseff.
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, está desde antes do resultado das eleições em todas as listas de ministeriáveis importantes. Em um mês de transição, eles já foi cotado para inúmeras funções.
Mas apenas a certeza de que estará na equipe tem deixado o pupilo de Dilma em situação muito desconfortável.
Situação parecida acontece com o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa.
Paulo Bernardo começou cotado para a Casa Civil — chegou a ser chamado por Lula de "o Dilmo" da Dilma — ou outro cargo importante no Palácio do Planalto.
Por ser considerado um curinga por Dilma, que o chama de Paulinho, seu nome já foi pensado para quase todos os ministérios da Esplanada. E ele deve ser indicado nos próximos dias como ministro das Comunicações.
Enquanto não tem a situação decidida, Paulo Bernardo já assiste a um desmonte de sua equipe atual no Planejamento. A futura ministra Miriam Belchior já começou a movimentação para trocar o segundo escalão do ministério, começando pelo atual secretário-executivo, João Bernardo.
E serão fortalecidos nomes como o atual secretário de Planejamento e Investimentos, Afonso Oliveira de Almeida, que atualmente acompanha a execução do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) junto com a própria Miriam.
Paulo Bernardo, o curinga em situação desconfortável
Ministro até agora não tem futuro decidido e deve ficar com Comunicações
Cristiane Jungblut
Ser curinga em jogo de cartas pode ter muitas vantagens. Mas ser curinga num xadrez de 37 peças, muitas disputas e grandes egos tem sido motivo de desconforto para um dos mais cotados para a equipe da presidente eleita, Dilma Rousseff.
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, está desde antes do resultado das eleições em todas as listas de ministeriáveis importantes. Em um mês de transição, eles já foi cotado para inúmeras funções.
Mas apenas a certeza de que estará na equipe tem deixado o pupilo de Dilma em situação muito desconfortável.
Situação parecida acontece com o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa.
Paulo Bernardo começou cotado para a Casa Civil — chegou a ser chamado por Lula de "o Dilmo" da Dilma — ou outro cargo importante no Palácio do Planalto.
Por ser considerado um curinga por Dilma, que o chama de Paulinho, seu nome já foi pensado para quase todos os ministérios da Esplanada. E ele deve ser indicado nos próximos dias como ministro das Comunicações.
Enquanto não tem a situação decidida, Paulo Bernardo já assiste a um desmonte de sua equipe atual no Planejamento. A futura ministra Miriam Belchior já começou a movimentação para trocar o segundo escalão do ministério, começando pelo atual secretário-executivo, João Bernardo.
E serão fortalecidos nomes como o atual secretário de Planejamento e Investimentos, Afonso Oliveira de Almeida, que atualmente acompanha a execução do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) junto com a própria Miriam.
Deu em O Globo
Dilma estuda fazer propostas para Orçamento
Equipe de transição vai se reunir com comissão do Congresso
Cristiane Jungblut
A equipe de transição da presidente eleita, Dilma Rousseff, avalia apresentar formalmente propostas ao Orçamento da União para 2011.
A partir desta semana, e até o dia 10, integrantes da equipe de transição de governo vão ter encontros com os negociadores políticos da Comissão Mista de Orçamento, do Congresso.
A possibilidade de sugestões da presidente eleita passou a existir a partir da aprovação de uma emenda no parecer preliminar do relator-geral do Orçamento, senador Gim Argello (PTB-DF).
A emenda prevê que poderão ser alocados recursos para "as alterações nas programações orçamentárias de políticas públicas nacionais formalmente solicitadas pela equipe de transição do governo eleito, indicados os recursos compensatórios".
Segundo parlamentares da Comissão Mista de Orçamento, integrantes da equipe de transição já consultaram sobre o prazo para esse tipo de iniciativa e deverão apresentar propostas até o dia 10 de dezembro.
O vice-líder do governo no Congresso e representante do governo nas negociações do Orçamento, deputado Gilmar Machado (PT-MG), disse que as consultas da equipe de transição e a possibilidade de sugestões têm o objetivo de dar mais tranquilidade aos auxiliares da presidente eleita.
Na prática, o Ministério do Planejamento tem direito de apresentar propostas e alterações a qualquer momento da discussão do Orçamento.
Leia mais em O Globo
Dilma estuda fazer propostas para Orçamento
Equipe de transição vai se reunir com comissão do Congresso
Cristiane Jungblut
A equipe de transição da presidente eleita, Dilma Rousseff, avalia apresentar formalmente propostas ao Orçamento da União para 2011.
A partir desta semana, e até o dia 10, integrantes da equipe de transição de governo vão ter encontros com os negociadores políticos da Comissão Mista de Orçamento, do Congresso.
A possibilidade de sugestões da presidente eleita passou a existir a partir da aprovação de uma emenda no parecer preliminar do relator-geral do Orçamento, senador Gim Argello (PTB-DF).
A emenda prevê que poderão ser alocados recursos para "as alterações nas programações orçamentárias de políticas públicas nacionais formalmente solicitadas pela equipe de transição do governo eleito, indicados os recursos compensatórios".
Segundo parlamentares da Comissão Mista de Orçamento, integrantes da equipe de transição já consultaram sobre o prazo para esse tipo de iniciativa e deverão apresentar propostas até o dia 10 de dezembro.
O vice-líder do governo no Congresso e representante do governo nas negociações do Orçamento, deputado Gilmar Machado (PT-MG), disse que as consultas da equipe de transição e a possibilidade de sugestões têm o objetivo de dar mais tranquilidade aos auxiliares da presidente eleita.
Na prática, o Ministério do Planejamento tem direito de apresentar propostas e alterações a qualquer momento da discussão do Orçamento.
Leia mais em O Globo
Fernando Pimentel será ministro do Desenvolvimento do novo governo
Candidato derrotado ao Senado, o economista terá de lidar com os problemas da valorização do real nas exportações
Tiago Pariz
Publicação: 28/11/2010 12:23 Atualização:
O ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel será ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O convite foi feito pela presidente eleita Dilma Rousseff na última quinta-feira. Com isso, concluem-se as indicações das pastas da área econômica. Já foram anunciados os ministros da Fazenda, Guido Mantega, do Planejamento, Miriam Belchior, e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, que precisa ser confirmado pelo Senado.
A principal tarefa será ajudar a formular a política industrial do governo Dilma num cenário de dificuldades no setor exportador por conta da valorização do real frente ao dólar e ao euro. Pimentel assume uma pasta provavelmente sem a responsabilidade de pensar em projetos de estímulo às micro e pequenas empresas. A presidente eleita deverá criar um ministério específico para cuidar dessa área.
Político afinado com o deputado Antonio Palocci (PT-SP), o futuro chefe da Casa Civil no governo Dilma, Pimentel não terá a prerrogativa de indicar o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), órgão que está no guarda-chuva da pasta. Luciano Coutinho, atual chefe da instituição de fomento, foi convidado pela presidente a permanecer no cargo.
O Ministério do Desenvolvimento formula políticas industriais e usa o BNDES como seu braço executor. Foi da pasta que surgiu a ideia de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) em carros novos para manter a demanda aquecida no setor durante a crise financeira internacional.
Pimentel terá de encontrar o perfil que deseja imprimir para a pasta. O atual ministro Miguel Jorge tinha atuação mais voltada para o mercado interno e políticas de inovação. Enquanto o antecessor Luiz Fernando Furlan era apelidado de caixeiro viajante pelo presidente Lula pelo esforço que fez para abrir mercados internacionais aos produtos brasileiros. Uma das funções do Ministério é atuar em conjunto com o Itamaraty.
Amigo pessoal da presidente eleita, Pimentel saiu derrotado da eleição por uma cadeira ao Senado. Ele conheceu Dilma durante o movimento estudantil e na militância contra a ditadura militar. Ficou preso por três anos e meio. Na campanha presidencial, atuou como colaborador informal.
Opção por técnico
Diante da disputa entre PR, PMDB e PT pelo comando do Ministério dos Transportes, a presidente eleita Dilma Rousseff pode acabar definindo a manutenção do atual ministro Paulo Sérgio Passos, servidor de carreira da pasta. A única decisão até agora é que Alfredo Nascimento, candidato derrotado ao governo do Amazonas, não voltará à cadeira que ocupou durante parte do governo Luiz Inácio Lula da Silva.
Os interlocutores da presidente eleita mandaram mensageiros questionar o PR sobre se aceitam a manutenção de Passos. Há resistência dentro do partido, que chegou a indicar o deputado Milton Monti (PR-SP), mas o nome acabou vetado. Para enxugar a influência política e reforçar o perfil técnico do Ministério dos Transportes, Dilma poderá contemplar a legenda de Valdemar Costa Neto com outro posto a ser definido.
O PT quer voltar a ter assento na área de infraestrutura, para poder influenciar no destino de verbas do Programa de Aceleração do Crescimento, o Transportes, porém, está descartado. O PMDB, que deverá perder Comunicações e Saúde, pressiona por uma cadeira com caneta forte, uma possibilidade é levar o Ministério das Cidades, o que atenderia ao apetite peemedebista, mas ainda não há definição. A pasta de Cidades comandada pelo PP também faz parte do pleito dos petistas que chegaram a dar como certo que iriam comandá-la. O ministro seria o tesoureiro da campanha José Filippi Júnior.
Está praticamente definido que o PSB ficará com o Ministério da Integração Nacional. O nome deverá ser de Fernando Bezerra Coelho, indicação do governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Nesse desenho, os socialistas perdem o controle da Ciência e Tecnologia que deverá ficar com o senador Aloizio Mercadante (PT).
Candidato derrotado ao Senado, o economista terá de lidar com os problemas da valorização do real nas exportações
Tiago Pariz
Publicação: 28/11/2010 12:23 Atualização:
O ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel será ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O convite foi feito pela presidente eleita Dilma Rousseff na última quinta-feira. Com isso, concluem-se as indicações das pastas da área econômica. Já foram anunciados os ministros da Fazenda, Guido Mantega, do Planejamento, Miriam Belchior, e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, que precisa ser confirmado pelo Senado.
A principal tarefa será ajudar a formular a política industrial do governo Dilma num cenário de dificuldades no setor exportador por conta da valorização do real frente ao dólar e ao euro. Pimentel assume uma pasta provavelmente sem a responsabilidade de pensar em projetos de estímulo às micro e pequenas empresas. A presidente eleita deverá criar um ministério específico para cuidar dessa área.
Político afinado com o deputado Antonio Palocci (PT-SP), o futuro chefe da Casa Civil no governo Dilma, Pimentel não terá a prerrogativa de indicar o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), órgão que está no guarda-chuva da pasta. Luciano Coutinho, atual chefe da instituição de fomento, foi convidado pela presidente a permanecer no cargo.
O Ministério do Desenvolvimento formula políticas industriais e usa o BNDES como seu braço executor. Foi da pasta que surgiu a ideia de reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) em carros novos para manter a demanda aquecida no setor durante a crise financeira internacional.
Pimentel terá de encontrar o perfil que deseja imprimir para a pasta. O atual ministro Miguel Jorge tinha atuação mais voltada para o mercado interno e políticas de inovação. Enquanto o antecessor Luiz Fernando Furlan era apelidado de caixeiro viajante pelo presidente Lula pelo esforço que fez para abrir mercados internacionais aos produtos brasileiros. Uma das funções do Ministério é atuar em conjunto com o Itamaraty.
Amigo pessoal da presidente eleita, Pimentel saiu derrotado da eleição por uma cadeira ao Senado. Ele conheceu Dilma durante o movimento estudantil e na militância contra a ditadura militar. Ficou preso por três anos e meio. Na campanha presidencial, atuou como colaborador informal.
Opção por técnico
Diante da disputa entre PR, PMDB e PT pelo comando do Ministério dos Transportes, a presidente eleita Dilma Rousseff pode acabar definindo a manutenção do atual ministro Paulo Sérgio Passos, servidor de carreira da pasta. A única decisão até agora é que Alfredo Nascimento, candidato derrotado ao governo do Amazonas, não voltará à cadeira que ocupou durante parte do governo Luiz Inácio Lula da Silva.
Os interlocutores da presidente eleita mandaram mensageiros questionar o PR sobre se aceitam a manutenção de Passos. Há resistência dentro do partido, que chegou a indicar o deputado Milton Monti (PR-SP), mas o nome acabou vetado. Para enxugar a influência política e reforçar o perfil técnico do Ministério dos Transportes, Dilma poderá contemplar a legenda de Valdemar Costa Neto com outro posto a ser definido.
O PT quer voltar a ter assento na área de infraestrutura, para poder influenciar no destino de verbas do Programa de Aceleração do Crescimento, o Transportes, porém, está descartado. O PMDB, que deverá perder Comunicações e Saúde, pressiona por uma cadeira com caneta forte, uma possibilidade é levar o Ministério das Cidades, o que atenderia ao apetite peemedebista, mas ainda não há definição. A pasta de Cidades comandada pelo PP também faz parte do pleito dos petistas que chegaram a dar como certo que iriam comandá-la. O ministro seria o tesoureiro da campanha José Filippi Júnior.
Está praticamente definido que o PSB ficará com o Ministério da Integração Nacional. O nome deverá ser de Fernando Bezerra Coelho, indicação do governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Nesse desenho, os socialistas perdem o controle da Ciência e Tecnologia que deverá ficar com o senador Aloizio Mercadante (PT).
O mais cotado é…
Cultura, Educação em 28/11/2010 às 11:03
transição
Do Correio Braziliense: Quem sonha ocupar um cargo no governo torce para que sua indicação fique guardada a sete chaves até a confirmação formal. No meio político há uma espécie de maldição: quem tem o nome ventilado com muita antecedência acaba se queimando antes de esquentar a cadeira.
O Sindicato dos Professores, afinal com o movimento Articulação do PT, tenta emplacar Antônio Lisboa, que na gestão de Cristovam foi administrador de Sobradinho e hoje é dirigente da CUT Nacional. Há um outro grupo petista que faz lobby para Erasto Fortes, ex-diretor da Faculdade de Educação da UnB. A educadora Nadja Veloso também aparece nas conversas. Resta saber se a força das correntes petistas vai superar a influência que Cristovam, do PDT, tem neste setor. Marcelo Aguiar, ex-secretário de Educação, é o nome de preferência do senador reeleito.
Cultura é outra pasta bastante disputada dentro do grupo vitorioso nas eleições. Nilson Rodrigues foi diretor da Fundação Cultural de Cristovam e da Agência Nacional do Cinema do presidente Lula. Radicado atualmente no Mato Grosso, Nilsinho, como é conhecido no meio, tem como padrinho José Dirceu para tentar voltar à capital da Reública na condição de secretário de Cultura. Disputa a indicação com Claudinei Pirelli, funcionário da Funarte, favorito da Secretaria de Cultura do PT local. Ainda no páreo está Pedro Tierra. Alguns dessa turma já foram testados no último governo petista, mas não deixaram marca.
Cultura, Educação em 28/11/2010 às 11:03
transição
Do Correio Braziliense: Quem sonha ocupar um cargo no governo torce para que sua indicação fique guardada a sete chaves até a confirmação formal. No meio político há uma espécie de maldição: quem tem o nome ventilado com muita antecedência acaba se queimando antes de esquentar a cadeira.
O Sindicato dos Professores, afinal com o movimento Articulação do PT, tenta emplacar Antônio Lisboa, que na gestão de Cristovam foi administrador de Sobradinho e hoje é dirigente da CUT Nacional. Há um outro grupo petista que faz lobby para Erasto Fortes, ex-diretor da Faculdade de Educação da UnB. A educadora Nadja Veloso também aparece nas conversas. Resta saber se a força das correntes petistas vai superar a influência que Cristovam, do PDT, tem neste setor. Marcelo Aguiar, ex-secretário de Educação, é o nome de preferência do senador reeleito.
Cultura é outra pasta bastante disputada dentro do grupo vitorioso nas eleições. Nilson Rodrigues foi diretor da Fundação Cultural de Cristovam e da Agência Nacional do Cinema do presidente Lula. Radicado atualmente no Mato Grosso, Nilsinho, como é conhecido no meio, tem como padrinho José Dirceu para tentar voltar à capital da Reública na condição de secretário de Cultura. Disputa a indicação com Claudinei Pirelli, funcionário da Funarte, favorito da Secretaria de Cultura do PT local. Ainda no páreo está Pedro Tierra. Alguns dessa turma já foram testados no último governo petista, mas não deixaram marca.
Setorial do PT encaminha nomes para Educação
Sem categoria em 28/11/2010 às 11:13
PT, transição
Nas discussões sobre o possível nome para a Secretaria de Educação, a setorial da área do PT decidiu na noite desse sábado apresentar ao governador eleito Agnelo Queiroz (PT) três sugestões de secretários que teriam apoio do grupo. Os escolhidos foram Antônio Lisboa, ex-presidente do Sinpro e atual coordenador da Equipe de Transição na Educação; a professora Leda Gonçalves e Erastos Fortes, ex-diretor da Faculdade de Educação da UnB. Os nomes serão encaminhados oficialmente a Agnelo esta semana.
Sem categoria em 28/11/2010 às 11:13
PT, transição
Nas discussões sobre o possível nome para a Secretaria de Educação, a setorial da área do PT decidiu na noite desse sábado apresentar ao governador eleito Agnelo Queiroz (PT) três sugestões de secretários que teriam apoio do grupo. Os escolhidos foram Antônio Lisboa, ex-presidente do Sinpro e atual coordenador da Equipe de Transição na Educação; a professora Leda Gonçalves e Erastos Fortes, ex-diretor da Faculdade de Educação da UnB. Os nomes serão encaminhados oficialmente a Agnelo esta semana.
DISTRITO FEDERAL
PT vai derrapar mais vezes se patrolar partidos aliados
Do Jornal Opção
Além de tourear o eventual desgaste pelo corte de gastos públicos e por arriscar a própria pele na Secretaria de Saúde, o governador eleito Agnelo Queiroz ainda pode topar com um problema que, a princípio, poderia ser evitado. Nos bastidores, comenta-se que o PT foi rápido demais no gatilho ao “escolher” o Cabo Patrício como próximo presidente da Câmara — a eleição para valer é em janeiro. Para os analistas políticos de Brasília, faltou habilidade. Como reclamou uma fonte ligada ao PMDB, na semana passada, foi uma operação unilateral, sem qualquer negociação com os partidos aliados. Mesmo sendo a maior bancada na casa, faltou combinar com as outras legendas.
Com a manobra unilateral para ungir o petista Cabo Patrício, o partido do vice-governador eleito, Tadeu Filippelli (PMDB), entendeu que precisa se articular o mais rápido possível com outras siglas de apoio a Agnelo. O objetivo é fazer frente a um provável rolo compressor que o PT pode colocar para funcionar no próximo governo. Avaliam que certas coisas não podem ser decididas “no automático”. Aliás, uma operação semelhante que vem sendo articulada no âmbito do governo federal e do Congresso. O PMDB pode querer blocar com outras siglas para engrossar a voz com Agnelo.
A impressão geral nos bastidores é a de que Agnelo vai ganhar muito se adquirir o hábito de sempre consultar Filippelli sobre as questões mais, digamos, comezinhas da articulação política. Ainda mais se for para segurar alguns espíritos mais afoitos dentro do PT. O peemedebista é uma das raposas políticas mais experientes do DF. Sabe conversar e (melhor atributo de um negociador) sabe exatamente o que o interlocutor quer e o que o governo pode oferecer para aplacar esses desejos. Já fez isso em outros tempos.
Mesmo com essa saia justa inicial, é provável que a escolha petista seja confirmada. Além de Patrício na presidência, os outros espaços da Mesa Diretora já estão mais ou menos mapeados. A vice-presidência da Casa deve ficar com o bloco articulado pelo PMDB com o PTB e o PP. O nome mais forte por enquanto é o de Cristiano Araújo (PTB). Outro bloco, formado por PPS, PSB, PDT e PRB (todos aliados de Agnelo) cobiça a Segunda Secretaria, órgão que cuida da gestão financeira da Câmara. O deputado Alírio Neto (PPS) pode ser o indicado desse grupo.
Agaciel Maia (PTC), protagonista do escândalo dos atos secretos do Senado, pode pintar com um cargo na Mesa Diretora. Seu nome é citado como representante do outro bloco que se formou nesse período pós-eleitoral, reunindo siglas com menos distritais - além do PTC, PR e PSC. O bloco da oposição, com PSDB, PRTB, PSC e PMN, também terá uma vaga na Mesa. Se continuar no grupo, a deputada Celina Leão pode ser a indicada.
Da redação Blog em 29/11/2010 03:03:59
PT vai derrapar mais vezes se patrolar partidos aliados
Do Jornal Opção
Além de tourear o eventual desgaste pelo corte de gastos públicos e por arriscar a própria pele na Secretaria de Saúde, o governador eleito Agnelo Queiroz ainda pode topar com um problema que, a princípio, poderia ser evitado. Nos bastidores, comenta-se que o PT foi rápido demais no gatilho ao “escolher” o Cabo Patrício como próximo presidente da Câmara — a eleição para valer é em janeiro. Para os analistas políticos de Brasília, faltou habilidade. Como reclamou uma fonte ligada ao PMDB, na semana passada, foi uma operação unilateral, sem qualquer negociação com os partidos aliados. Mesmo sendo a maior bancada na casa, faltou combinar com as outras legendas.
Com a manobra unilateral para ungir o petista Cabo Patrício, o partido do vice-governador eleito, Tadeu Filippelli (PMDB), entendeu que precisa se articular o mais rápido possível com outras siglas de apoio a Agnelo. O objetivo é fazer frente a um provável rolo compressor que o PT pode colocar para funcionar no próximo governo. Avaliam que certas coisas não podem ser decididas “no automático”. Aliás, uma operação semelhante que vem sendo articulada no âmbito do governo federal e do Congresso. O PMDB pode querer blocar com outras siglas para engrossar a voz com Agnelo.
A impressão geral nos bastidores é a de que Agnelo vai ganhar muito se adquirir o hábito de sempre consultar Filippelli sobre as questões mais, digamos, comezinhas da articulação política. Ainda mais se for para segurar alguns espíritos mais afoitos dentro do PT. O peemedebista é uma das raposas políticas mais experientes do DF. Sabe conversar e (melhor atributo de um negociador) sabe exatamente o que o interlocutor quer e o que o governo pode oferecer para aplacar esses desejos. Já fez isso em outros tempos.
Mesmo com essa saia justa inicial, é provável que a escolha petista seja confirmada. Além de Patrício na presidência, os outros espaços da Mesa Diretora já estão mais ou menos mapeados. A vice-presidência da Casa deve ficar com o bloco articulado pelo PMDB com o PTB e o PP. O nome mais forte por enquanto é o de Cristiano Araújo (PTB). Outro bloco, formado por PPS, PSB, PDT e PRB (todos aliados de Agnelo) cobiça a Segunda Secretaria, órgão que cuida da gestão financeira da Câmara. O deputado Alírio Neto (PPS) pode ser o indicado desse grupo.
Agaciel Maia (PTC), protagonista do escândalo dos atos secretos do Senado, pode pintar com um cargo na Mesa Diretora. Seu nome é citado como representante do outro bloco que se formou nesse período pós-eleitoral, reunindo siglas com menos distritais - além do PTC, PR e PSC. O bloco da oposição, com PSDB, PRTB, PSC e PMN, também terá uma vaga na Mesa. Se continuar no grupo, a deputada Celina Leão pode ser a indicada.
Da redação Blog em 29/11/2010 03:03:59
TRANSIÇÃO
Hora de dividir o bolo
Da agência Estado
A duas semanas do anúncio final dos futuros ministros no governo de Dilma Rousseff, as lideranças de partidos aliados estão inquietas com o “leilão” que está sendo feito sobre suas atuais pastas. Os principais alvos de cobiça são os ministérios hoje comandados pelo PMDB e PP. As preocupações dos aliados cresceram depois que a presidente eleita, Dilma Rousseff, decidiu não manter nos ministérios os mesmos aliados. “Essa ideia de que cada um fica onde está não vinga. Esse é o primeiro ano do governo Dilma e ela está montando seu ministério”, afirma o líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP).
No xadrez político da Esplanada dos Ministérios, o PMDB é o partido que corre o risco de perder mais espaço. As pastas das Comunicações e da Integração Nacional, hoje nas mãos de peemedebistas, poderão ficar com o PT e o PSB, respectivamente. Em contrapartida, o Ministério das Cidades, atualmente com PP, poderá ir para o ex-governador Moreira Franco, do PMDB.
Enquanto os ministérios hoje nas mãos de partidos aliados entram nas negociações para compor o novo governo, o mesmo não ocorre com as pastas comandadas por petistas. Segundo uma liderança do PMDB, Dilma e seus assessores “só falam em alta rotatividade em ministérios ocupados por partidos aliados, e ninguém fala em rotatividade nos 17 ministérios do PT”. “Por enquanto está cinco a zero”, diz, referindo-se às nomeações e escolhas feitas até agora por Dilma.
Para a Previdência, por exemplo, Dilma Rousseff cogita pôr o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel, do PT. “Eu tive um convite genérico”, confirmou Pimentel, que saiu derrotado das urnas na disputa por uma vaga ao Senado.
Os peemedebistas já avisaram Dilma Rousseff que a manutenção de Nelson Jobim à frente do Ministério da Defesa não será uma indicação partidária. Henrique Meireles, atual presidente do Banco Central, também não será considerado da cota do PMDB, caso venha a ocupar cargo no futuro governo. Os peemedebistas esperam ficar com, pelo menos, cinco pastas no governo Dilma. Hoje, o partido comanda seis ministérios, além do Banco Central.
Esta semana, Dilma Rousseff vai anunciar oficialmente os nomes de Antonio Palocci para a pasta da Casa Civil e Gilberto Carvalho para assumir a chefia da Secretaria Geral da Presidência da República. Alexandre Padilha deverá ser confirmado à frente do Ministério da Articulação Política. Também deverão ser definidos os novos ministros das Relações Exteriores – o mais cotado é o embaixador Antonio Patriota – e da Defesa.
Após conversa com Dilma, Jobim é confirmado na Defesa
O ministro da Defesa, Nelson Jobim (PMDB), vai permanecer no cargo no governo de Dilma Rousseff. O convite foi feito pela presidente eleita e aceito horas antes de Jobim aparecer em rede nacional, chancelando o apoio das Forças Armadas no combate ao crime no Rio de Janeiro. Interlocutores de Dilma informaram que a conversa entre os dois foi “longa e boa”.
Jobim já havia sido sondado para permanecer no cargo pelo deputado Antonio Palocci (PT-SP), um dos coordenadores da equipe de transição. Jobim havia questionado quais seriam as condições da permanência e Palocci foi evasivo. Coube a Dilma refazer o convite na sexta-feira.
A presidente eleita quer desidratar o Ministério da Defesa. Ela pretende criar uma pasta específica, com status de ministério, como revelou O Estado de S. Paulo, para cuidar dos aeroportos. Essa função hoje é da Infraero, subordinada ao Ministério da Defesa.
A permanência de Jobim na Defesa era um desejo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os peemedebistas já avisaram que Jobim não será uma indicação partidária. No futuro governo, o PMDB espera ficar com pelo menos cinco pastas. Hoje, o partido comanda seis ministérios, além do Banco Central.
Hora de dividir o bolo
Da agência Estado
A duas semanas do anúncio final dos futuros ministros no governo de Dilma Rousseff, as lideranças de partidos aliados estão inquietas com o “leilão” que está sendo feito sobre suas atuais pastas. Os principais alvos de cobiça são os ministérios hoje comandados pelo PMDB e PP. As preocupações dos aliados cresceram depois que a presidente eleita, Dilma Rousseff, decidiu não manter nos ministérios os mesmos aliados. “Essa ideia de que cada um fica onde está não vinga. Esse é o primeiro ano do governo Dilma e ela está montando seu ministério”, afirma o líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP).
No xadrez político da Esplanada dos Ministérios, o PMDB é o partido que corre o risco de perder mais espaço. As pastas das Comunicações e da Integração Nacional, hoje nas mãos de peemedebistas, poderão ficar com o PT e o PSB, respectivamente. Em contrapartida, o Ministério das Cidades, atualmente com PP, poderá ir para o ex-governador Moreira Franco, do PMDB.
Enquanto os ministérios hoje nas mãos de partidos aliados entram nas negociações para compor o novo governo, o mesmo não ocorre com as pastas comandadas por petistas. Segundo uma liderança do PMDB, Dilma e seus assessores “só falam em alta rotatividade em ministérios ocupados por partidos aliados, e ninguém fala em rotatividade nos 17 ministérios do PT”. “Por enquanto está cinco a zero”, diz, referindo-se às nomeações e escolhas feitas até agora por Dilma.
Para a Previdência, por exemplo, Dilma Rousseff cogita pôr o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel, do PT. “Eu tive um convite genérico”, confirmou Pimentel, que saiu derrotado das urnas na disputa por uma vaga ao Senado.
Os peemedebistas já avisaram Dilma Rousseff que a manutenção de Nelson Jobim à frente do Ministério da Defesa não será uma indicação partidária. Henrique Meireles, atual presidente do Banco Central, também não será considerado da cota do PMDB, caso venha a ocupar cargo no futuro governo. Os peemedebistas esperam ficar com, pelo menos, cinco pastas no governo Dilma. Hoje, o partido comanda seis ministérios, além do Banco Central.
Esta semana, Dilma Rousseff vai anunciar oficialmente os nomes de Antonio Palocci para a pasta da Casa Civil e Gilberto Carvalho para assumir a chefia da Secretaria Geral da Presidência da República. Alexandre Padilha deverá ser confirmado à frente do Ministério da Articulação Política. Também deverão ser definidos os novos ministros das Relações Exteriores – o mais cotado é o embaixador Antonio Patriota – e da Defesa.
Após conversa com Dilma, Jobim é confirmado na Defesa
O ministro da Defesa, Nelson Jobim (PMDB), vai permanecer no cargo no governo de Dilma Rousseff. O convite foi feito pela presidente eleita e aceito horas antes de Jobim aparecer em rede nacional, chancelando o apoio das Forças Armadas no combate ao crime no Rio de Janeiro. Interlocutores de Dilma informaram que a conversa entre os dois foi “longa e boa”.
Jobim já havia sido sondado para permanecer no cargo pelo deputado Antonio Palocci (PT-SP), um dos coordenadores da equipe de transição. Jobim havia questionado quais seriam as condições da permanência e Palocci foi evasivo. Coube a Dilma refazer o convite na sexta-feira.
A presidente eleita quer desidratar o Ministério da Defesa. Ela pretende criar uma pasta específica, com status de ministério, como revelou O Estado de S. Paulo, para cuidar dos aeroportos. Essa função hoje é da Infraero, subordinada ao Ministério da Defesa.
A permanência de Jobim na Defesa era um desejo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os peemedebistas já avisaram que Jobim não será uma indicação partidária. No futuro governo, o PMDB espera ficar com pelo menos cinco pastas. Hoje, o partido comanda seis ministérios, além do Banco Central.
GOVERNO FEDERAL
Governo negocia compra de novo avião presidencial
Sem alarde para evitar a repetição da polêmica que envolveu a compra do Aerolula, o governo negocia a aquisição de um avião maior e mais caro que poderá servir à presidente eleita, Dilma Rousseff, e a seus sucessores.O Aerodilma, caso seja adquirido mesmo com o cenário de contenção de gastos do governo, deverá ser um aparelho europeu da Airbus -um modelo de reabastecimento aéreo A330-MRTT, equipado com área VIP presidencial e assentos normais. O avião custa até cinco vezes os US$ 56,7 milhões (R$ 98 milhões na sexta-feira) pagos em 2005 pelo Aerolula, um Airbus-A319 em versão executiva.
Justificar tal despesa seria complicado, como foi em 2005, e seria fonte certa de desgaste para Dilma, que até onde se sabe não foi informada sobre a ideia. Assim, juntou-se a fome com a vontade de comer, e a nova compra está sendo camuflada por uma necessidade real. A FAB (Força Aérea Brasileira) precisa substituir seus dois aviões grandes de reabastecimento. São os antigos Sucatões presidenciais, versões com quase 50 anos de uso do vetusto Boeing-707.
Por falta de condições, foram excluídos do último grande exercício aéreo da Força Aérea Brasileira.No fim da década, os militares estimam ter 150 caças, e reabastecimento é vital dadas as distâncias do país.Como no caso dos Sucatões, o novo avião poderia cumprir a tarefa de reabastecimento e ser o aparelho de transporte intercontinental dos presidentes. Para viagens internas, o governo já usa dois Embraer-190.Informações da Folha.
Da redação Blog em 29/11/2010 03:41:51
Governo negocia compra de novo avião presidencial
Sem alarde para evitar a repetição da polêmica que envolveu a compra do Aerolula, o governo negocia a aquisição de um avião maior e mais caro que poderá servir à presidente eleita, Dilma Rousseff, e a seus sucessores.O Aerodilma, caso seja adquirido mesmo com o cenário de contenção de gastos do governo, deverá ser um aparelho europeu da Airbus -um modelo de reabastecimento aéreo A330-MRTT, equipado com área VIP presidencial e assentos normais. O avião custa até cinco vezes os US$ 56,7 milhões (R$ 98 milhões na sexta-feira) pagos em 2005 pelo Aerolula, um Airbus-A319 em versão executiva.
Justificar tal despesa seria complicado, como foi em 2005, e seria fonte certa de desgaste para Dilma, que até onde se sabe não foi informada sobre a ideia. Assim, juntou-se a fome com a vontade de comer, e a nova compra está sendo camuflada por uma necessidade real. A FAB (Força Aérea Brasileira) precisa substituir seus dois aviões grandes de reabastecimento. São os antigos Sucatões presidenciais, versões com quase 50 anos de uso do vetusto Boeing-707.
Por falta de condições, foram excluídos do último grande exercício aéreo da Força Aérea Brasileira.No fim da década, os militares estimam ter 150 caças, e reabastecimento é vital dadas as distâncias do país.Como no caso dos Sucatões, o novo avião poderia cumprir a tarefa de reabastecimento e ser o aparelho de transporte intercontinental dos presidentes. Para viagens internas, o governo já usa dois Embraer-190.Informações da Folha.
Da redação Blog em 29/11/2010 03:41:51
Complexo do Alemão: menos ôba-ôba na TV Globo e melhor distribuição de renda
A pacificação do Complexo do Alemão é uma vitória:
1º) Da Comunidade: Viver sob comando de traficantes é viver sob ditadura. E a presença do estado de direito foi restabelecida, com pouco confronto violento diante do tamanho da operação, poupando vidas, devido à estratégia acertada de cerco com ampla supremacia bélica, com cobertura da imprensa, o que inibiu qualquer resistência maior dos traficantes, partindo para tentativas de fugas.
2º) Da cidade e do estado do Rio: é a maior baixa no crime organizado, em seu arsenal, em seus estoques de drogas e no dinheiro que representa, e em seu pessoal, o que deve melhorar a segurança pública como um todo, e tornar mais fácil retomar o controle de outras áreas.
3º) Da política de segurança pública para todo o Brasil: os governadores de todo o Brasil ganharam um modelo para ser seguido, caso enfrentem problema semelhante.
Então há motivos para comemorar, até agora. Mas não há motivo para esse ôba-ôba da TV Globo, como se fosse o fim da II Guerra Mundial.
A TV Globo precisa acordar para a vida, e entender o que disse Cláudio Lembo, do DEMos, durante os ataques do PCC: "a burguesia tem que enfiar a mão no bolso".
Polícia eficiente é caro, não dá para ter policiais ganhando muito mal e vivendo de bicos e propinas. Mas mais caro é a degradação social, combustível da criminalidade.
O Complexo do Alemão recebeu obras do PAC, unidades de saúdes, creches, centro profissionalizante, moradias, pontos de cultura e lazer. É preciso manter essas conquistas e ampliá-las, para lá e para outras comunidades do Brasil inteiro. É preciso que as escolas de lá tenham um bom ensino, com bons professores. É preciso abrir mais oportunidades de trabalho e renda.
Além disso é preciso melhorar o sistema prisional para recuperar os recuperáveis, muitos presos ainda bastante jovens.
Tudo isso custa dinheiro e é preciso pensar em mecanismos de financiamento, em vez de pensar só em lucros para acionistas, e em vez de botar a Miriam Leitão e o Sardenberg enchendo a paciência todo dia, pedindo cortes de custos, e pedindo aumento de juros.
E não é só aumento de impostos que gera verbas. É também a diminuição da sonegação, das quadrilhas de empreiteiros que combinam licitações para roubar o governo, acabar com as lavanderias de dinheiro do colarinho branco, que o judiciário acaba deixando impunes, diante de bons advogados.
A pacificação do Complexo do Alemão é uma vitória:
1º) Da Comunidade: Viver sob comando de traficantes é viver sob ditadura. E a presença do estado de direito foi restabelecida, com pouco confronto violento diante do tamanho da operação, poupando vidas, devido à estratégia acertada de cerco com ampla supremacia bélica, com cobertura da imprensa, o que inibiu qualquer resistência maior dos traficantes, partindo para tentativas de fugas.
2º) Da cidade e do estado do Rio: é a maior baixa no crime organizado, em seu arsenal, em seus estoques de drogas e no dinheiro que representa, e em seu pessoal, o que deve melhorar a segurança pública como um todo, e tornar mais fácil retomar o controle de outras áreas.
3º) Da política de segurança pública para todo o Brasil: os governadores de todo o Brasil ganharam um modelo para ser seguido, caso enfrentem problema semelhante.
Então há motivos para comemorar, até agora. Mas não há motivo para esse ôba-ôba da TV Globo, como se fosse o fim da II Guerra Mundial.
A TV Globo precisa acordar para a vida, e entender o que disse Cláudio Lembo, do DEMos, durante os ataques do PCC: "a burguesia tem que enfiar a mão no bolso".
Polícia eficiente é caro, não dá para ter policiais ganhando muito mal e vivendo de bicos e propinas. Mas mais caro é a degradação social, combustível da criminalidade.
O Complexo do Alemão recebeu obras do PAC, unidades de saúdes, creches, centro profissionalizante, moradias, pontos de cultura e lazer. É preciso manter essas conquistas e ampliá-las, para lá e para outras comunidades do Brasil inteiro. É preciso que as escolas de lá tenham um bom ensino, com bons professores. É preciso abrir mais oportunidades de trabalho e renda.
Além disso é preciso melhorar o sistema prisional para recuperar os recuperáveis, muitos presos ainda bastante jovens.
Tudo isso custa dinheiro e é preciso pensar em mecanismos de financiamento, em vez de pensar só em lucros para acionistas, e em vez de botar a Miriam Leitão e o Sardenberg enchendo a paciência todo dia, pedindo cortes de custos, e pedindo aumento de juros.
E não é só aumento de impostos que gera verbas. É também a diminuição da sonegação, das quadrilhas de empreiteiros que combinam licitações para roubar o governo, acabar com as lavanderias de dinheiro do colarinho branco, que o judiciário acaba deixando impunes, diante de bons advogados.
Lula influente
A "FP" ouviu seus eleitos para a lista de "líderes que mais influenciaram" no ano. Pela ordem, Ahmadinejad, Lula e os chineses Hu Jintao e Wen Jiabao
Visto como descartado por Dilma Rousseff no Brasil, Celso Amorim acumula entrevistas e premiações, do espanhol "La Vanguardia" à revista americana de comércio hemisférico "Latin Trade". Na capa mais recente, semanas atrás, a "LT" elegeu o chanceler como "líder inovador do ano", justificando ser "um diplomata que faz a diferença"No Nelson de Sá
Classe D ultrapassa a A
A classe D já passou a classe A no número total de estudantes nas universidades brasileiras públicas e privadas. Em 2002, havia 180 mil alunos da classe D no Ensino Superior. Sete anos depois, em 2009, eles eram quase cinco vezes mais e somavam 887,4 mil. Em contrapartida, o total de estudantes do estrato mais rico caiu pela metade no período, de 885,6 mil para 423, 4 mil. Os dados fazem parte de um estudo do instituto Data Popular.
"Cerca de cem mil estudantes da classe D ingressaram a cada ano nas faculdades brasileiras entre 2002 e 2009, e hoje temos a primeira geração de universitários desse estrato social", observa Renato Meirelles, sócio diretor do instituto e responsável pelo estudo.
Essa mudança de perfil deve, segundo Meirelles, provocar impactos no mercado de consumo a médio prazo. Com maior nível de escolaridade, essa população, que é a grande massa consumidora do País, deve se tornar mais exigente na hora de ir às compras.
O estudo, feito a partir dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela também que as classes C e D respondem atualmente por 72,4% dos estudantes universitários. Em 2002, a participação dos estudantes desses dois estratos sociais somavam 45,3%.
São considerados estudantes de classe D aqueles com renda mensal familiar entre um e três salários-mínimos (hoje, de R$ 510 a R$ 1.530). Os universitários da classe C contam com rendimento familiar que varia de três e dez salários-mínimos. Já na classe A, a renda é acima de 20 salários-mínimos (R$ 10,2 mil).
A melhoria da condição financeira que permitiu inicialmente a compra do primeiro carro zero-quilômetro e do celular aos brasileiros de menor renda também abriu caminho para que eles tivesse acesso ao ensino superior. Pesquisa do Programa de Administração de Varejo (Provar) da Fundação Instituto de Administração (FIA), que mede a intenção de compra dos consumidores por classe social, revela que subiu de 15%, no terceiro trimestre, para 17%, neste trimestre, a capacidade de gasto com educação em relação à renda da classe C.
Saiba mais
Além da renda maior, segundo Renato Meirelles, sócio diretor do instituto Data Popular e responsável pelo estudo, existem outros fatores que provocaram essa mudança de perfil socioeconômico dos universitários. Um deles é a universalização do Ensino Médio no Brasil. Também contribuíram as bolsas de estudo do Programa Universidade para Todos (ProUni) e a proliferação de universidades particulares pelo País.
A classe D já passou a classe A no número total de estudantes nas universidades brasileiras públicas e privadas. Em 2002, havia 180 mil alunos da classe D no Ensino Superior. Sete anos depois, em 2009, eles eram quase cinco vezes mais e somavam 887,4 mil. Em contrapartida, o total de estudantes do estrato mais rico caiu pela metade no período, de 885,6 mil para 423, 4 mil. Os dados fazem parte de um estudo do instituto Data Popular.
"Cerca de cem mil estudantes da classe D ingressaram a cada ano nas faculdades brasileiras entre 2002 e 2009, e hoje temos a primeira geração de universitários desse estrato social", observa Renato Meirelles, sócio diretor do instituto e responsável pelo estudo.
Essa mudança de perfil deve, segundo Meirelles, provocar impactos no mercado de consumo a médio prazo. Com maior nível de escolaridade, essa população, que é a grande massa consumidora do País, deve se tornar mais exigente na hora de ir às compras.
O estudo, feito a partir dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela também que as classes C e D respondem atualmente por 72,4% dos estudantes universitários. Em 2002, a participação dos estudantes desses dois estratos sociais somavam 45,3%.
São considerados estudantes de classe D aqueles com renda mensal familiar entre um e três salários-mínimos (hoje, de R$ 510 a R$ 1.530). Os universitários da classe C contam com rendimento familiar que varia de três e dez salários-mínimos. Já na classe A, a renda é acima de 20 salários-mínimos (R$ 10,2 mil).
A melhoria da condição financeira que permitiu inicialmente a compra do primeiro carro zero-quilômetro e do celular aos brasileiros de menor renda também abriu caminho para que eles tivesse acesso ao ensino superior. Pesquisa do Programa de Administração de Varejo (Provar) da Fundação Instituto de Administração (FIA), que mede a intenção de compra dos consumidores por classe social, revela que subiu de 15%, no terceiro trimestre, para 17%, neste trimestre, a capacidade de gasto com educação em relação à renda da classe C.
Saiba mais
Além da renda maior, segundo Renato Meirelles, sócio diretor do instituto Data Popular e responsável pelo estudo, existem outros fatores que provocaram essa mudança de perfil socioeconômico dos universitários. Um deles é a universalização do Ensino Médio no Brasil. Também contribuíram as bolsas de estudo do Programa Universidade para Todos (ProUni) e a proliferação de universidades particulares pelo País.
domingo, 28 de novembro de 2010
Participação é papel de todos
GDF em 27/11/2010 às 18:00
Moura, Pandora
“A população precisa aprender que em uma sociedade democrática as autoridades não têm o direito de se comportar de maneira despótica e autoritária. Que a população deve exercer o papel fiscalizador que lhe é próprio. Que cada um, no contexto em que vive, deve exercer o papel que desempenha, tendo em vista a promoção do bem estar social. Mais do que nunca, TODOS, devem repudiar a fraude e outros subterfúgios pelos quais alguns escapam às malhas da lei, mas, sobretudo, se comportar no ordinário da vida de forma honesta, proba e honrada. A cidade precisa aprender a lição de que não se pode mais tolerar o jeitinho”.
André Moura, defensor público, ex-coordenador do Núcleo de Saúde da Defensoria Pública
GDF em 27/11/2010 às 18:00
Moura, Pandora
“A população precisa aprender que em uma sociedade democrática as autoridades não têm o direito de se comportar de maneira despótica e autoritária. Que a população deve exercer o papel fiscalizador que lhe é próprio. Que cada um, no contexto em que vive, deve exercer o papel que desempenha, tendo em vista a promoção do bem estar social. Mais do que nunca, TODOS, devem repudiar a fraude e outros subterfúgios pelos quais alguns escapam às malhas da lei, mas, sobretudo, se comportar no ordinário da vida de forma honesta, proba e honrada. A cidade precisa aprender a lição de que não se pode mais tolerar o jeitinho”.
André Moura, defensor público, ex-coordenador do Núcleo de Saúde da Defensoria Pública
Prioridade ao interesse coletivo
Câmara Legislativa em 27/11/2010 às 18:02
Leite, Pandora
“A crise política reiterou a importância da fiscalização e da transparência dos gastos públicos, uma vez que os contratos governamentais revelaram-se a grande fonte de desvio de recursos. Para a sociedade, acredito que ficou também um aprendizado e um alerta. Política deve ser feita pensando no interesse coletivo, com prestação de contas. E não basta votar, é preciso acompanhar a atuação dos nossos representantes”.
Deputado distrital reeleito Chico Leite (PT)
Câmara Legislativa em 27/11/2010 às 18:02
Leite, Pandora
“A crise política reiterou a importância da fiscalização e da transparência dos gastos públicos, uma vez que os contratos governamentais revelaram-se a grande fonte de desvio de recursos. Para a sociedade, acredito que ficou também um aprendizado e um alerta. Política deve ser feita pensando no interesse coletivo, com prestação de contas. E não basta votar, é preciso acompanhar a atuação dos nossos representantes”.
Deputado distrital reeleito Chico Leite (PT)
Hora de olhar para frente
Câmara Legislativa em 27/11/2010 às 18:33
Pandora, Raad
“A Caixa de Pandora foi um fato lamentável em nossa história, mas é a história que ensina a todos a não repetir os erros. Precisamos trabalhar com transparência, com correção, olhar para frente e fazer com que a população do Distrito Federal possa melhorar sua condição de vida. O Legislativo, o Executivo, o empresariado e toda a população devem estar unidos para uma Brasília melhor, que seja o orgulho do nosso País”.
Deputado distrital reeleito Raad Massouh (DEM).
Câmara Legislativa em 27/11/2010 às 18:33
Pandora, Raad
“A Caixa de Pandora foi um fato lamentável em nossa história, mas é a história que ensina a todos a não repetir os erros. Precisamos trabalhar com transparência, com correção, olhar para frente e fazer com que a população do Distrito Federal possa melhorar sua condição de vida. O Legislativo, o Executivo, o empresariado e toda a população devem estar unidos para uma Brasília melhor, que seja o orgulho do nosso País”.
Deputado distrital reeleito Raad Massouh (DEM).
É hora de a sociedade agir
Partidos em 27/11/2010 às 18:55
Pandora, PTN
“Como representante de um partido político, tirei como lição que as agremiações partidárias tem uma obrigação urgente e inevitável: é preciso esquecer o fisiologismo e investir o pouco do dinheiro público destinado ao financiamento das legendas, para qualificar o eleitor. Depois das experiências, resolvi, como cidadão, participar das eleições e desafiar o eleitor. Só mudaremos a realidade do nosso país, quando deixarmos de criticar e passarmos a participar ativamente da vida política da cidade. Não conheço ninguém mais honesto do que eu e, certamente, você não conhece ninguém mais honesta do que você, eis a razão para aprendermos política e participarmos, para substituir os viciados por novas pessoas, com interesse real de fazer justiça social. Chega de criticar, é hora de agir…”
Paulo Vasconcellos, presidente do PTN-DF.
Partidos em 27/11/2010 às 18:55
Pandora, PTN
“Como representante de um partido político, tirei como lição que as agremiações partidárias tem uma obrigação urgente e inevitável: é preciso esquecer o fisiologismo e investir o pouco do dinheiro público destinado ao financiamento das legendas, para qualificar o eleitor. Depois das experiências, resolvi, como cidadão, participar das eleições e desafiar o eleitor. Só mudaremos a realidade do nosso país, quando deixarmos de criticar e passarmos a participar ativamente da vida política da cidade. Não conheço ninguém mais honesto do que eu e, certamente, você não conhece ninguém mais honesta do que você, eis a razão para aprendermos política e participarmos, para substituir os viciados por novas pessoas, com interesse real de fazer justiça social. Chega de criticar, é hora de agir…”
Paulo Vasconcellos, presidente do PTN-DF.
Varridos pela Justiça ou pelas urnas
Câmara dos Deputados em 27/11/2010 às 19:24
Pandora, Pitiman
“A crise deixou um registro histórico para o Brasil: é preciso uma grande mudança na forma de fazer política atualmente. O político que insiste com essas práticas ou ainda não entendeu com clareza que é preciso mudar será varrido do cenário, seja pela Justiça, seja nas urnas, pelo voto. Mas quem entender que o tempo das velhas práticas acabou e é preciso mudar nossa cultura sairá na frente nesta caminhada”.
Deputado federal eleito Luiz Pitiman, ex-presidente da Novacap.
Câmara dos Deputados em 27/11/2010 às 19:24
Pandora, Pitiman
“A crise deixou um registro histórico para o Brasil: é preciso uma grande mudança na forma de fazer política atualmente. O político que insiste com essas práticas ou ainda não entendeu com clareza que é preciso mudar será varrido do cenário, seja pela Justiça, seja nas urnas, pelo voto. Mas quem entender que o tempo das velhas práticas acabou e é preciso mudar nossa cultura sairá na frente nesta caminhada”.
Deputado federal eleito Luiz Pitiman, ex-presidente da Novacap.
É preciso prestar contas ao povo
Partidos em 27/11/2010 às 20:15
Abrantes, Pandora
“A maior lição que Caixa de Pandora deixou para sociedade foi marcar a história da política local, e até nacional, ensinando que ninguém pode estar acima da sociedade ou usá-la para interesses pessoais. A democracia exige a política, mas a política só existe se servir à sociedade. As autoridades devem prestar contas ao povo e nenhuma outra qualidade pode superar a honestidade e o zelo com a coisa pública. Por ironia, a caixa mitológica que continha todos os males, pode ter feito um bem à política, pois a força de Pandora fez cair personalidades políticas, mas impulsionou a discussão, votação e aprovação de um grande desejo dos cidadãos e um instrumento contra maus políticos: a Lei da Ficha Limpa. Brasília sobreviveu à Pandora; com traumas, é verdade, mas está bem viva! Agora esperamos um novo caminho e um novo tempo para nossa terra”.
Claudio Abrantes, deputado distrital eleito e presidente licenciado do PPS-DF.
Partidos em 27/11/2010 às 20:15
Abrantes, Pandora
“A maior lição que Caixa de Pandora deixou para sociedade foi marcar a história da política local, e até nacional, ensinando que ninguém pode estar acima da sociedade ou usá-la para interesses pessoais. A democracia exige a política, mas a política só existe se servir à sociedade. As autoridades devem prestar contas ao povo e nenhuma outra qualidade pode superar a honestidade e o zelo com a coisa pública. Por ironia, a caixa mitológica que continha todos os males, pode ter feito um bem à política, pois a força de Pandora fez cair personalidades políticas, mas impulsionou a discussão, votação e aprovação de um grande desejo dos cidadãos e um instrumento contra maus políticos: a Lei da Ficha Limpa. Brasília sobreviveu à Pandora; com traumas, é verdade, mas está bem viva! Agora esperamos um novo caminho e um novo tempo para nossa terra”.
Claudio Abrantes, deputado distrital eleito e presidente licenciado do PPS-DF.
Disputa por Cidades complica xadrez
Depois de montar a equipe econômica e o núcleo político do Planalto, desafio da eleita será compor os ministérios de infraestrutura
Christiane Samarco, Estadão.com
O "pote de ouro" da Esplanada, que se transformou em maior ponto de discórdia entre os aliados e ameaça rachar até o PMDB, chama-se Ministério das Cidades.
Com R$ 5 bilhões para investimentos no Orçamento de 2011, além dos R$ 12,9 bilhões do programa de construção de habitações populares Minha Casa Minha Vida, a pasta é cobiçada por quatro partidos governistas: PMDB, PT, PSB e PP.
Pelo cronograma da presidente eleita Dilma Rousseff, uma vez definidos os nomes da equipe econômica e do núcleo político do Palácio do Planalto, vai começar o verdadeiro desafio, que é acomodar os representantes dos partidos governistas nos ministérios da infraestrutura.
Essa é uma categoria muito cara aos políticos: são as pastas que têm dinheiro para investimentos, como os Transportes (R$ 16,7 bilhões) e a Integração Nacional (R$ 3 bilhões, sem incluir as estatais vinculadas).
A briga pelo Ministério das Cidades é superlativa na base governista porque extrapola os limites do Executivo e atinge, por tabela, o comando do Congresso.
A montagem do governo de Dilma Rousseff interfere na eleição do futuro presidente da Câmara.
E é esse jogo de interesses que hoje divide o PMDB.
Depois de montar a equipe econômica e o núcleo político do Planalto, desafio da eleita será compor os ministérios de infraestrutura
Christiane Samarco, Estadão.com
O "pote de ouro" da Esplanada, que se transformou em maior ponto de discórdia entre os aliados e ameaça rachar até o PMDB, chama-se Ministério das Cidades.
Com R$ 5 bilhões para investimentos no Orçamento de 2011, além dos R$ 12,9 bilhões do programa de construção de habitações populares Minha Casa Minha Vida, a pasta é cobiçada por quatro partidos governistas: PMDB, PT, PSB e PP.
Pelo cronograma da presidente eleita Dilma Rousseff, uma vez definidos os nomes da equipe econômica e do núcleo político do Palácio do Planalto, vai começar o verdadeiro desafio, que é acomodar os representantes dos partidos governistas nos ministérios da infraestrutura.
Essa é uma categoria muito cara aos políticos: são as pastas que têm dinheiro para investimentos, como os Transportes (R$ 16,7 bilhões) e a Integração Nacional (R$ 3 bilhões, sem incluir as estatais vinculadas).
A briga pelo Ministério das Cidades é superlativa na base governista porque extrapola os limites do Executivo e atinge, por tabela, o comando do Congresso.
A montagem do governo de Dilma Rousseff interfere na eleição do futuro presidente da Câmara.
E é esse jogo de interesses que hoje divide o PMDB.
Cargos no governo Dilma envolvem controle de R$ 291 bi
Regina Alvarez e Cristiane Jungblut, O Globo
Definida a equipe econômica e o núcleo de poder instalado no Palácio do Planalto, a corrida da ampla coligação partidária que elegeu Dilma Rousseff se concentra na tentativa de ocupar cargos nos ministérios setoriais e nas estatais, com seus orçamentos bilionários.
Na Esplanada, a área mais cobiçada é a de infraestrutura, que ganhou musculatura com as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O programa dispõe de R$ 43,5 bilhões para 2011. Os orçamentos dos ministérios setoriais e das estatais, somados, chegam a R$ 291 bilhões.
O controle desses recursos é que está em jogo neste momento de intensa disputa entre o PT de Dilma e os demais partidos da base governista.
O PMDB, por exemplo, quer ficar com a melhor fatia entre os ministérios de grandes obras. Já tem praticamente assegurado o comando do Ministério de Minas e Energia, com o retorno do senador eleito Edison Lobão (MA) à pasta.
O MME tem um orçamento modesto comparado com outros dessa área, de R$ 850 milhões, mas estão debaixo do seu guarda-chuva as principais estatais: Petrobras e Eletrobras. Esta é uma área valorizada também porque é vista como "a menina dos olhos" da presidente eleita Dilma Rousseff, que comandou a pasta no governo Lula.
Com o vice-presidente eleito, Michel Temer, e uma das maiores bancadas no Congresso, o PMDB quer ampliar o espaço que ocupa hoje no governo, mas a disputa com os demais partidos da base aliada está acirrada.
Hoje, o partido comanda cinco pastas: além do MME, os ministérios da Integração Nacional, Agricultura, Comunicações e Saúde. Deve perder os de Saúde e Comunicações. Em troca, não abre mão de um ministério na área de infraestrutura.
Regina Alvarez e Cristiane Jungblut, O Globo
Definida a equipe econômica e o núcleo de poder instalado no Palácio do Planalto, a corrida da ampla coligação partidária que elegeu Dilma Rousseff se concentra na tentativa de ocupar cargos nos ministérios setoriais e nas estatais, com seus orçamentos bilionários.
Na Esplanada, a área mais cobiçada é a de infraestrutura, que ganhou musculatura com as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O programa dispõe de R$ 43,5 bilhões para 2011. Os orçamentos dos ministérios setoriais e das estatais, somados, chegam a R$ 291 bilhões.
O controle desses recursos é que está em jogo neste momento de intensa disputa entre o PT de Dilma e os demais partidos da base governista.
O PMDB, por exemplo, quer ficar com a melhor fatia entre os ministérios de grandes obras. Já tem praticamente assegurado o comando do Ministério de Minas e Energia, com o retorno do senador eleito Edison Lobão (MA) à pasta.
O MME tem um orçamento modesto comparado com outros dessa área, de R$ 850 milhões, mas estão debaixo do seu guarda-chuva as principais estatais: Petrobras e Eletrobras. Esta é uma área valorizada também porque é vista como "a menina dos olhos" da presidente eleita Dilma Rousseff, que comandou a pasta no governo Lula.
Com o vice-presidente eleito, Michel Temer, e uma das maiores bancadas no Congresso, o PMDB quer ampliar o espaço que ocupa hoje no governo, mas a disputa com os demais partidos da base aliada está acirrada.
Hoje, o partido comanda cinco pastas: além do MME, os ministérios da Integração Nacional, Agricultura, Comunicações e Saúde. Deve perder os de Saúde e Comunicações. Em troca, não abre mão de um ministério na área de infraestrutura.
Deu na Folha de S. Paulo
Na ditadura, Dilma deu aulas de política
Presidente eleita tinha tarefa de coordenar operários e ensinar a trabalhadores para "doutrinar o proletariado'
Relato sobre a atuação consta de processo que estava trancado no STM; depoimentos confirmam os relatos
Lucas Ferraz e Matheus Leitão
A mulher que vai suceder o presidente-metalúrgico a partir de janeiro teve, entre outras atribuições, a responsabilidade de atuar na coordenação operária e dar aulas de política a trabalhadores nas organizações da esquerda armada que integrou.
Do final de 1966 até ser presa pela repressão, em janeiro de 1970, a hoje presidente eleita, Dilma Rousseff (PT), ensinou política acreditando que só "a doutrinação do proletariado" poderia mudar o país e que isso deveria ser feito paralelamente à luta armada contra a ditadura.
Em 1969, quando já estava em São Paulo integrando o comando da VAR-Palmares (uma das organizações da esquerda armada), Dilma esteve próxima ao "proletariado (...) ministrando aulas de marxismo-leninismo".
O relato consta do processo sobre a atuação de Dilma no regime militar, que estava trancado no Superior Tribunal Militar e foi liberado após três meses de disputa judicial travada pela Folha.
Os cursos, que ocorriam em salas de universidades ou em "aparelhos" (onde se escondiam os militantes), compreendiam ainda a exposição de lutas políticas como as revoluções russa, cubana e chinesa - modelos para a esquerda brasileira à época.
Além das aulas, Dilma colaborou com um jornal chamado "O Piquete", editado pelo setor operário e estudantil da Colina (Comando de Libertação Nacional), a segunda das organizações de esquerda em que a presidente eleita militou.
Mas as ideias da petista sobre a doutrinação do operariado eram antigas.
(...)
No Brasil da década de 1960, todas as organizações clandestinas da esquerda pregavam a tomada do poder - derrubando os militares - com a participação dos trabalhadores. Algumas eram mais militaristas do que outras e defendiam a tomada do poder pela luta armada.
O presidente Lula, em declarações feitas entre 1978 e 1980, criticava o modelo de atuação das organizações de esquerda na ditadura, como a desenvolvida por Dilma.
"A esquerda no Brasil sempre usou o nome da classe trabalhadora, mas nunca teve a classe trabalhadora", disse Lula em depoimento presente no livro "Lula, o início", do jornalista Mário Morel, publicado em 1981.
Na ditadura, Dilma deu aulas de política
Presidente eleita tinha tarefa de coordenar operários e ensinar a trabalhadores para "doutrinar o proletariado'
Relato sobre a atuação consta de processo que estava trancado no STM; depoimentos confirmam os relatos
Lucas Ferraz e Matheus Leitão
A mulher que vai suceder o presidente-metalúrgico a partir de janeiro teve, entre outras atribuições, a responsabilidade de atuar na coordenação operária e dar aulas de política a trabalhadores nas organizações da esquerda armada que integrou.
Do final de 1966 até ser presa pela repressão, em janeiro de 1970, a hoje presidente eleita, Dilma Rousseff (PT), ensinou política acreditando que só "a doutrinação do proletariado" poderia mudar o país e que isso deveria ser feito paralelamente à luta armada contra a ditadura.
Em 1969, quando já estava em São Paulo integrando o comando da VAR-Palmares (uma das organizações da esquerda armada), Dilma esteve próxima ao "proletariado (...) ministrando aulas de marxismo-leninismo".
O relato consta do processo sobre a atuação de Dilma no regime militar, que estava trancado no Superior Tribunal Militar e foi liberado após três meses de disputa judicial travada pela Folha.
Os cursos, que ocorriam em salas de universidades ou em "aparelhos" (onde se escondiam os militantes), compreendiam ainda a exposição de lutas políticas como as revoluções russa, cubana e chinesa - modelos para a esquerda brasileira à época.
Além das aulas, Dilma colaborou com um jornal chamado "O Piquete", editado pelo setor operário e estudantil da Colina (Comando de Libertação Nacional), a segunda das organizações de esquerda em que a presidente eleita militou.
Mas as ideias da petista sobre a doutrinação do operariado eram antigas.
(...)
No Brasil da década de 1960, todas as organizações clandestinas da esquerda pregavam a tomada do poder - derrubando os militares - com a participação dos trabalhadores. Algumas eram mais militaristas do que outras e defendiam a tomada do poder pela luta armada.
O presidente Lula, em declarações feitas entre 1978 e 1980, criticava o modelo de atuação das organizações de esquerda na ditadura, como a desenvolvida por Dilma.
"A esquerda no Brasil sempre usou o nome da classe trabalhadora, mas nunca teve a classe trabalhadora", disse Lula em depoimento presente no livro "Lula, o início", do jornalista Mário Morel, publicado em 1981.
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