domingo, 28 de novembro de 2010

Disputa por Cidades complica xadrez




Depois de montar a equipe econômica e o núcleo político do Planalto, desafio da eleita será compor os ministérios de infraestrutura



Christiane Samarco, Estadão.com



O "pote de ouro" da Esplanada, que se transformou em maior ponto de discórdia entre os aliados e ameaça rachar até o PMDB, chama-se Ministério das Cidades.



Com R$ 5 bilhões para investimentos no Orçamento de 2011, além dos R$ 12,9 bilhões do programa de construção de habitações populares Minha Casa Minha Vida, a pasta é cobiçada por quatro partidos governistas: PMDB, PT, PSB e PP.



Pelo cronograma da presidente eleita Dilma Rousseff, uma vez definidos os nomes da equipe econômica e do núcleo político do Palácio do Planalto, vai começar o verdadeiro desafio, que é acomodar os representantes dos partidos governistas nos ministérios da infraestrutura.



Essa é uma categoria muito cara aos políticos: são as pastas que têm dinheiro para investimentos, como os Transportes (R$ 16,7 bilhões) e a Integração Nacional (R$ 3 bilhões, sem incluir as estatais vinculadas).



A briga pelo Ministério das Cidades é superlativa na base governista porque extrapola os limites do Executivo e atinge, por tabela, o comando do Congresso.



A montagem do governo de Dilma Rousseff interfere na eleição do futuro presidente da Câmara.



E é esse jogo de interesses que hoje divide o PMDB.

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