segunda-feira, 29 de novembro de 2010

TRANSIÇÃO




Jobim é convidado e aceita continuar no Ministério da Defesa



O ministro da Defesa, Nelson Jobim, aceitou convite da presidente eleita, Dilma Rousseff, e vai permanecer no comando das Forças Armadas no próximo governo. Dilma convidou Jobim na sexta-feira, em São Paulo. Ela estava na capital paulista para tratar de assuntos pessoais, e Jobim embarcava para uma viagem oficial de uma semana a quatro países da Europa. Na conversa, ficou decidido que a Secretaria da Aviação Civil sairá da Defesa e passará a ser uma secretaria especial vinculada à Presidência da República. A desmilitarização atingirá, também, a Infraero.



O convite para Jobim foi precedido de uma conversa entre o ministro da Defesa e o futuro chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, em 17 de novembro. Palocci comunicou a Jobim que a presidente eleita queria mantê-lo no cargo, mas retirando de sua pasta as atribuições da aviação civil. Jobim concordou, dizendo que a comunidade internacional, em encontros da área, considerava excêntrico que um ministro da Defesa tratasse de aviação civil.



Apesar dessa conversa com Palocci, na semana passada, ao participar de reunião dos ministros da Defesa dos países da América do Sul, Jobim anunciou que estava se despedindo, pois não deveria ser mantido no próximo governo.



Quando fez esta declaração, Jobim quis sinalizar para a presidente eleita que não estava em campanha para permanecer no cargo. Mas esta era a vontade do presidente Lula, cujos argumentos acabaram convencendo Dilma. A avaliação de Lula, avalizada por Dilma, é a de que o Ministério da Defesa sob o comando civil só virou realidade com a chegada de Jobim à pasta.



O entendimento dominante é o de que ele está desenvolvendo a modernização e o reaparelhamento das Forças Armadas, que devem ter continuidade. Pesou ainda o fato de que os comandantes militares respeitam o atual ministro.



A expectativa nas Forças Armadas, com a manutenção de Jobim na pasta, é a de continuidade e de ampliação dos investimentos na área da defesa. Entre os militares, desde a semana passada, circulam informações de que Jobim, já prevendo sua permanência, comunicou aos chefes das Forças - Exército, Marinha e Aeronáutica - que gostaria que eles permanecessem no comando.



O chefe conjunto das Forças Armadas também deve permanecer. Sobre a capacidade política e de diálogo deste, Jobim costuma brincar fazendo uma analogia com o futebol:



- O general José Carlos de Nardi é candidato ao Conselho Deliberativo do Internacional por duas chapas adversárias, nas eleições diretas para eleger o presidente do clube. Informações de O Globo.





Da redação Blog em 29/11/2010 09:51:36

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