segunda-feira, 30 de agosto de 2010
Dilma desautoriza salto alto e especulaçoes com nomes
Em entrevista coletiva em Brasília, neste domingo, Dilma Rousseff (PT), disse que seria uma "pretensão" discutir governo durante a campanha, e negou ter sido procurada por aliados que já disputam fatias de seu eventual governo:
"Nunca falaram para mim. Tenho de dizer com a maior sinceridade. Não chegou nenhum partido político da minha base para colocar uma questão dessas na mesa. Até agora, para mim, essa questão só chegou através da imprensa...
... Qualquer discussão de nome da minha parte, da minha campanha, é factoide. Eu desautorizo todas as especulações sobre quem quer se seja, ocupar qualquer cargo que seja porque nós não achamos isso politicamente correto, eticamente correto. É colocar o carro na frente dos bois."
As pesquisas indicam vitória no primeiro turno, mas pesquisa é pesquisa, campanha é campanha, e eleição é eleição.
A imprensa está criando um clima de já ganhou, que só atrapalha, porque pode desmobilizar a militância.
A especulações de nomes para um futuro ministério, também é um claro factóide da imprensa, inclusive pautando nomes com a intenção de provocar desgaste e intrigas na candidatura, porque qualquer pessoa que conhece como funciona a política brasileira sabe muito bem de 5 coisas:
1) Além de ter que ganhar as eleições presidenciais primeiro, a composição do ministério está relacionada com a governabilidade, e só dá para montar governo depois de saber o tamanho e perfil das bancadas que ainda serão eleitas;
2) A disputa que existe agora dentro da coligação de Dilma, não é para ocupar espaços em um futuro governo, e sim cada partido ou facção partidária lutando para eleger a maior bancada possível, tanto na Câmara, como no Senado;
3) O governo do presidente Lula só acaba dia 31 de dezembro, e está funcionando em pleno vapor. Dilma vencendo, o futuro governo será dela, mas ninguém que possa contar com o presidente Lula como um dos articulares políticos, deixaria de usar esse trunfo, e ela contará com total apoio do presidente Lula na fase transição;
4) Quem tem de fato cacife para ser ministro, sabe que lançar nomes antes da hora, só serve para se queimar, e ficar de fora do governo. Nenhum político experiente faz isso, a imprensa está inventando coisas;
5) As "fontes" da imprensa não passam de conversas com políticos de menor expressão, mas que querem impressionar seu eleitorado e correligionários, exibindo poder e prestígio que não tem, até para colher mais votos nas urnas.
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