domingo, 29 de agosto de 2010

Sites fazem o eleitor lembrar em quem votou e ajudam a cobrar promessas








Carla Rodrigues



carla.rodrigues@jornaldebrasilia.com.br











De quatro em quatro anos, o eleitor brasileiro passa pela mesma situação: são candidatos de vários partidos fazendo todo tipo de promessa para conseguir votos. Sem acreditar nos discursos dos postulantes, boa parte da população não leva as urnas a sério e acaba dando seu voto a qualquer um. Na tentativa de reverter esse cenário, alguns sites foram criados para aumentar o envolvimento do eleitorado. As invenções servem como termômetro para o pleito de outubro e, além disso, permitem fazer colas do voto e a fiscalização da atuação dos políticos.











No site Eu lembro, por exemplo, (http://www.eulembro.com.br/), os eleitores têm como principal missão lembrar para quem deram seu voto. Confirmando a inscrição, a pessoa pode navegar em todas as áreas, inclusive em uma na qual pode escrever o nome dos candidatos nos quais vai votar para depois cobrar deles as propostas que fizeram. Não por acaso, um elefante é o símbolo da página, que tem como slogan: "Seja um eleitor com memória de elefante".











"O ideal seria que esse tipo de site nem precisasse existir. Mas, como, de fato, muita gente nem sabe em quem votou nas últimas eleições é interessante que exista esse tipo de ferramenta. Assim, as pessoas acabam mesmo participando mais da política, o que não deixa de ser uma forma de divulgação", avalia o cientista político da Universidade de Brasília (UnB) João Paulo Peixoto.











Para indecisos







Para aqueles que estão na dúvida se devem ou não reeleger algum parlamentar, o portal Extrato Parlamentar (http://www.votoaberto.com.br/extratoparlamentar/) pode facilitar a decisão. Na página, o eleitor responde como votaria em uma série de projetos que tramitaram pelo Congresso. O site, então, faz um ranking dos parlamentares que votaram de forma mais parecida com a qual os desejos e anseios do internauta respondidos no questionário. "Esse tipo de ferramenta acaba se firmando como formador de opinião", constata Paulo Kramer, outro professor do Departamento de Ciências Políticas da Universidade de Brasília

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