Foto: Sandro AraújoWagner Canhedo Filho: sem recursos não há como implementar melhorias na cidade
Propostas para aumentar a qualidade do sistema coletivo no DF foram apresentadas, na manhã de hoje, pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Setransp). Porém, a entidade avisa que as empresas precisam de recursos para promover tais melhorias. “Não adianta cobrar melhorias, se os empresários não têm como arcar com elas”, enfatizou o presidente do Setransp, Wagner Canhedo Filho, dizendo que com o aumento, as mudanças podem começar a ser sentidas em 90 dias.
A proposta do sindicato patronal segue a mesma linha de algumas medidas implementadas no município de Londrina (PR), que foi apresentado pelo jornal Coletivo na última semana. Criação de faixas exclusivas para ônibus e melhorias dos veículos que circulam pela cidade então entre os tópicos apresentados pelos empresários. “Gastaria menos que o Metrô, que tem custo de R$ 20 milhões por mês, para as empresas realizarem essas melhorias”, diz Canhedo.A direção do Setransp não apresentou os valores que seriam necessários para a implementação de melhorias. Mas ainda trabalha com a perspectiva de reajuste das tarifas do transporte. O setor não tem reajuste há mais de cinco anos e os empresários pedem aumento de 62% na passagem (índice considerado ideal).
Para se ter uma ideia, desde 2006, a mão de obra do setor (aumentos salariais e benefícios) teve um incremento de 46%. O gasto com funcionários é um dos maiores na planilha das empresas para a manutenção do transporte: representa 50%. Canhedo disse ainda que não tem condições de atender a reivindicação dos rodoviários e que se houver greve, o movimento vai perdurar até que o GDF conceda o reajuste.
A previsão era de que o governo desse uma posição definitiva sobr o assunto em 20 de maio. Mas na ocasião, a Secretaria de Transporte do DF (Setrans) informou, em último comunicado sobre o assunto, que não havia até aquele momento, “qualquer definição a respeito da reivindicação de aumento de tarifa apresentada pelos empresários”.
Informações do jornal Coletivo.
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