Metrô não circulará durante os domingos de junho
Da redação em 19/05/2011 17:26:17
Do G1 DF
O Metrô do Distrito Federal não vai circular durante os domingos do mês de junho. Os 42 quilômetros de linhas passarão por manutenção, a primeira realizada em 12 anos de funcionamento do sistema. A operação custará R$ 4,8 milhões e deve durar cerca de três meses. O Metrô-DF não soube informar o número de usuários que utiliza o serviço aos domingos.
socadeira (esquerda), que faz o nivelamento da via, e a esmerilhadeira, que corrige as imprefeições
dos trilhos do metrô (Foto: G1 DF)
O trabalho começa a partir desta sexta-feira (20), no período em que os trens não estão circulando. Segundo a ampresa, duas máquinas vão alinhar e corrigir as imperfeições dos trilhos.
O barulho causado durante a manutenção deve incomodar quem mora próximo às linhas. O Metrô informou que vai começar nos próximos dias uma campanha alertando os moradores sobre a mudança de rotina.
O desgaste dos trilhos é causado pelo tempo e ocorre principalmente nas curvas. “Nos trechos retos, a esmerilhadeira passa só oito vezes no mesmo lugar. Nas curvas, ela passa umas 26 vezes para fazer o acerto. Por causa disso, é um trabalho demorado”, explica o chefe de manutenção do Metrô, Germano Blankenburg.
Em abril de 2010, um trem do metrô descarrilou a poucos metros de uma estação em Ceilândia. Os passageiros que estavam nos três vagões no momento do acidente tiveram que desembarcar no meio do trajeto. Ninguém ficou ferido.
Segundo o vice-governador do Distrito Federal, Tadeu Filippelli, a falta de manutenção foi a provável causa do descarrilamento em Ceilândia. “Lá, em um trecho, o metrô se desloca em velocidade mais baixa, exatamente por falta de manutenção”, disse.
Filippelli afirmou que a manutenção está prevista no contrato original de serviço e que a recomendação técnica é que seja feita a cada cinco anos. “Talvez possa não ter sido feita em função da rigidez do terreno, da conservação dos itens originais do projeto e não ter demandado antes, porém estamos no limite”, completa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário