Serra ameaçou deixar PSDB se ficasse sem cargo
O ex-governador de São Paulo José Serra ameaçou deixar o PSDB caso ficasse sem cargo na executiva tucana. O momento mais crítico ocorreu entre quarta e quinta-feira. Hoje, em convenção do partido, em Brasília, Serra foi contemplado a presidência do conselho político que terá sete membros e atribuições que influenciarão nas decisões da sigla. A presidência da legenda ficou mantida com o deputado Sérgio Guerra (PE). “O conselho vai tomar decisões político-partidárias, discutir eventuais fusões (...) e formas de escolher candidatos”, disse Serra.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (SP), o governador Geraldo Alckmin (SP), o senador Aécio Neves (MG), o presidente reeleito do PSDB e deputado, Sérgio Guerra (PE), e o governador Marconi Perillo (GO) também farão parte do conselho. O ex-governador Tasso Jereissati (CE) ficou com a presidência do Instituto Teotônio Vilela, órgão tucano com orçamento de R$ 11 milhões.
Para aceitar a presidência do conselho político tucano, Serra exigiu que o conselho tivesse mais poder de decisão, ou seja, que fosse responsável por definir alianças políticas em nome do partido. O acordo final foi fechado entre ontem e hoje. Ao longo da semana, um grupo de 35 deputados ligados a Aécio se reuniu em Brasília para deixar claro que não cederiam uma vírgula nos pedidos de Serra. O principal objetivo do ex-governador paulista era ficar com a presidência do Instituto Teotônio Vilella (ITV), que tem R$ 11 milhões de orçamento.
Para os mineiros, isso significaria criar um partido para Serra dentro do PSDB. O ITV deverá ser comandado pelo ex-senador Tasso Jereissati (CE). Rodrigo de Castro se manteve na Secretaria Geral, o segundo cargo mais importante da estrutura partidária.
Meses atrás, em conversa com o governador Marconi Perillo (Goiás), Serra já havia ameaçado deixar o partido. Naquele momento, Sérgio Guerra havia consolido o apoio de toda a bancada da Câmara para ser reconduzido ao comando do partido. A ação foi contestada pelo serristas como o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) e o deputado Jutahy Jr. (PSDB-BA).
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