Mudança de escala é a gota d’água
Diante da notícia publicada nos jornais desta sexta-feira (27), o deputado Cabo Patrício afirma que policiais e bombeiros militares não vão aceitar, de forma alguma, qualquer alteração na escala de trabalho. As reportagens afirmam que o governador Rogério Rosso solicitou estudo ao comandante geral da Polícia Militar para alterar a escala de trabalho.
“Policiais e bombeiros militares do DF não tiveram reajuste. Não receberam a antecipação do risco de vida. Na PM, a situação é ainda pior por causa dos coronéis, que não reduziram o interstício, o que poderia ter possibilitado a promoção de mais profissionais. Ou seja, se a escala for alterada, a categoria vai parar”, garante Patrício.
Em 2008, o então governador Arruda alterou a escala, tirando um direito conquistado pelos profissionais da Segurança Pública, mas precisou voltar atrás. “Nessa época, nos mobilizamos e conseguimos impedir a volta do retrocesso”, lembra Patrício. “Se agora, diante de mais uma ameaça, for preciso, voltaremos à Praça do Relógio”, avisa o deputado.
O aumento da violência tem duas causas, na opinião de Patrício: falta de planejamento e incompetência dos gestores. “A previsão do quadro da PM, por exemplo, é para 37 coronéis. Hoje, tem 59, muitos deles em casa, sem função para ocupar, apenas se aproveitando das regalias. Se houvesse uma gestão eficiente, a escala do dia seria também 12 x 60, o que aumentaria o número de policiais nas ruas e no serviço voluntário. A Secretário de Segurança não tem políticas de prevenção. O resultado é esse: violência aumentando. O problema é que os policiais não podem ser punidos em suas escalas de trabalho”, conclui Patrício.
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