segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Deu em O Globo


TV será arma regional de Dilma e Serra



Campanhas abordarão questões específicas no horário eleitoral para reagir a diferenças de intenção de voto nos estados



A última pesquisa Ibope revelou distâncias, algumas abissais, na disputa regional entre os dois principais candidatos à Presidência da República e no enfrentamento entre seus aliados nos estados.



Apesar de darem mais atenção aos números globais, que apontam uma vantagem de Dilma Rousseff (PT) sobre José Serra (PSDB) — 39% a 34% —, as coordenações das campanhas vão intensificar a mensagem de seus candidatos nas regiões onde eles estão em desvantagem.



A ideia, tanto de petistas como de tucanos, é utilizar o horário eleitoral, que tem início dia 17 de agosto, para divulgar propostas específicas para cada estado.



Dilma leva extrema vantagem sobre Serra na região Nordeste, onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem altos índices de aprovação.



De acordo com o Ibope, a petista tem quase o dobro de intenção de votos de Serra: 49% a 25%.



Em compensação, o tucano está bem à frente que a petista no Sul, onde conta com 46% das intenções de voto, contra 31% para Dilma.



No Sudeste, os dois concorrentes estão praticamente empatados — a petista tem 37% e o tucano, 35%, e, no Centro-Oeste/Norte, Dilma reconquistou a dianteira, e agora tem 40%, enquanto Serra tem 33%.



O presidente do PT, José Eduardo Dutra, minimiza o desempenho mediano de Dilma na região Sul. Para ele, em alguns estados, como no Paraná, o PT demorou a fechar uma aliança local. Mas agora, com o palanque de Osmar Dias (PDT) ao governo do estado, as coisas poderão melhorar por lá, acredita.



O petista disse que o programa de TV da candidata abordará questões específicas por estados, assim como as realizações do governo federal.



— Na TV, vamos mostrar o programa de governo em todos os estados e regiões — disse.



Já Sérgio Guerra, presidente do PSDB, questionou o resultado do Ibope no Nordeste.



— Não é o que demonstram nossas pesquisas. Não vejo nada que justifique a mudança constatada pelo Ibope. Mas vamos examinar com toda a tranquilidade. Pesquisas, nesta fase, não são tão consistentes.

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