sexta-feira, 27 de agosto de 2010

MPE faz pedido de impugnação de Roriz





Relatório diz que Ficha Limpa não interfere nas eleições

Tamanho da Fonte Redação Jornal Coletivo



Foto: Wilson Dias/ABr

Gurgel explica que lei é anterior às convenções eleitorais e deve valer A pressão do Ministério Público Eleitoral por um posicionamento moralizante do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) prossegue. Ontem, o procurador-geral eleitoral, Roberto Gurgel, encaminhou ao TSE parecer no qual se manifesta contra o registro de candidatura do ex-governador Joaquim Roriz (PSC).





Roriz teve seu registro negado pelo Tribunal Regional Eleitoral do DF (TRE-DF), com base na Lei da Ficha Limpa e, inconformado com a decisão, recorreu ao TSE, onde aguarda julgamento. Segundo divulgado pelo site G1, a apelação de Roriz aguardava o parecer da procuradoria para ser analisado pelo ministro Arnaldo Versiani.





Em 2007, Roriz renunciou ao mandato de senador para escapar de um processo por quebra de decoro parlamentar no Senado. Com base nesse acontecimento notório e público, visto que teve grande repercussão local e nacional, o procurador-geral afirma em seu parecer que Roriz renunciou para burlar norma constitucional e escapar da cassação. “O que realmente pretendia era preservar sua capacidade eleitoral passiva, com vista ao próximo pleito, pois, se cassado seu mandato, ficaria inabilitado para o exercício de cargo público, pelo prazo de oito anos”, relatou Gurgel.





A Lei da Ficha Limpa veta candidatura de políticos condenados por colegiados ou que renunciaram ao mandato para não responderem a processos de cassação. O procurador-geral ressalta que a Ficha Limpa não interfere no processo eleitoral. "A lei foi editada antes mesmo da realização das convenções e está sendo aplicada a registro de candidatura posterior à sua entrada em vigor, e não a registro de candidatura passada", diz Gurgel no parecer.

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