Serra tenta golpe do dossiê de novo e dá mais um tiro no pé
José Serra (PSDB) tenta repetir o golpe do suposto "dossiê" que ninguém viu. Planta na imprensa factóides de que ele seria "vítima" da suposta violação de sigilo fiscal na Receita Federal.
Tudo em conluio com a Folha, Estadão, Globo e Veja, que engolem qualquer lixo que Serra planta, sem fazer jornalismo, sem questionar as contradições, a motivação, os lances óbvios e sem procurar desvendar o caso, preferindo manter no ar ilações do que esclarecer.
Porém, o que a declaração de Ricardo Sérgio de Oliveira de 2009, e a de seu sócio, tem a ver com José Serra? E a de Gregório Marin Preciado? E de Luiz Carlos Mendonça de Barros? E mesmo a de Eduardo Jorge Caldas Pereira?
Essas pessoas já protagonizaram escândalos nos governos tucanos. Serra procurou passar uma imagem de distância deles, nos últimos anos.
A estratégia de Serra torna-se um tiro no próprio pé, ao chamar para si, para sua companhia, essas pessoas, como se uma suposta violação do sigilo deles atingisse Serra.
O que o cidadão vai pensar? Por que o sigilo fiscal de pessoas envolvidas em escândalos financeiros, atinge José Serra?
Serra acabou de pular dentro do caldeirão fervente dos escândalos de FHC, que andavam meio esquecidos no tempo.
- Ricardo Sérgio e Mendonça de Barros estiveram envolvidos no escândalo dos grampos na privatização das teles. No caso Banestado, Ricardo Sérgio operava a CONTA TUCANO em paraíso fiscal (na época do governo FHC).
- Gregório Marin Preciado também esteve envolvidos em diversos escândalos relacionados ao BANESPA; privatização das empresas estaduais de eletricidade COELBA (Bahia), a CELPE (Pernambuco) e a COSERN (Rio Grande do Norte); e o mais recente escândalo imobiliário na Ilha do Urubu, em Porto Seguro (BA), no governo Paulo Soutro (DEMos/BA).
Já foi dito aqui no blog e repito: As declarações de renda destas pessoas, ainda mais de 2009, não desperta nenhum interesse de fundo político. Essa declaração é a própria pessoa quem faz, e nenhum figurão como estes, deixa de fazer com bons advogados e contadores, para não se incriminar. Esses tucanos, alvo de investigação na privataria, não colocariam nada na declaração que pudesse comprometer.
Além disso, estes tucanos não tem qualquer apelo eleitoral, não tem e não dão votos. Sempre atuaram nos bastidores da política.
A "bisbilhotice" não tem características de ser ação política que pudesse interessar a petistas. A começar pela data: 8 de outubro de 2009, quando nem se sabia, com certeza, se o candidato da oposição seria Serra ou Aécio.
O vazamento da investigação da receita para jornais, as ilações destes jornais, e a exploração do fato para Serra se apresentar como "vítima" é que é politicagem, e não deve dar outro resultado que não seja o tiro no pé.
Dos fatos
A Receita Federal identificou um terminal e uma senha, usados para a suposta bisbilhotagem. Pode ser produto de ato criminoso de algum mau funcionário: vender dados, ou tirar proveito deles. Mas é preciso concluir a investigação, antes de pré-condenar funcionários da Receita, e muito menos fazer imputações políticas levianas, pois se fossêmos fazer ilações, quem teria motivações políticas contra Serra, naquela época, era o grupo ligado a Aécio Neves.
Agora, os jornais já dizem que até a apresentadora de TV, Ana Maria Braga, teve sua declaração consultada neste mesmo terminal. Só falta o Serra dizer que a declaração de renda de Ana Maria Braga é um "dossiê" que poderia implodir sua candidatura.
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