terça-feira, 3 de agosto de 2010

Voto em Dilma segue satisfação econômica




Segundo Ibope, a petista tem 17 pontos porcentuais de vantagem sobre Serra entre os que acham que o poder de compra melhorou



Daniel Bramatti, O Estado de S.Paulo



A pesquisa Ibope/Estado/TV Globo mostra uma correlação direta entre o desempenho da presidenciável do PT, Dilma Rousseff, e a percepção dos eleitores de que houve melhora nas oportunidades de emprego e no poder de compra nos últimos dois anos.



Segundo a pesquisa, sete em cada dez eleitores consideram que seu poder de compra melhorou desde 2008. Nesse segmento, Dilma tem 47% das intenções de voto, 17 pontos porcentuais a mais que o tucano José Serra.



No eleitorado total, a petista está com cinco pontos de vantagem sobre Serra (39% a 34%).



Em relação ao emprego, 57% dos entrevistados disseram que as oportunidades melhoraram "um pouco" ou "muito". Entre esses eleitores, a candidata do PT volta a aparecer com 47% das preferências, enquanto Serra fica com 28%.



O candidato tucano tem maioria entre os eleitores que perceberam deterioração no mercado de trabalho e no poder de consumo. E também está na frente no segmento do eleitorado que considera a situação ficou igual nos dois tópicos.



Os números ajudam a entender as diferenças regionais no desempenho de Dilma e de Serra. O Nordeste, principal reduto eleitoral da candidata petista, é a região que concentra mais eleitores satisfeitos com a evolução de seu poder de consumo (75%).



No Sul, onde o candidato do PSDB colhe seus melhores resultados, a percepção de melhora é menor - atinge 58% do eleitorado. A mesma tendência se verifica em relação ao emprego: 61% veem melhoras no Nordeste, e 53% no Sul.



Dadas as diferenças de perfil econômico. Nordeste e Sul sofreram impactos distintos de políticas públicas do governo, como a valorização do salário mínimo e a ampliação de programas sociais. Entre os entrevistados pelo Ibope no Nordeste, 39% se declaram beneficiados direta ou indiretamente pelo programa Bolsa Família. No Sul, essa parcela foi de apenas 10%.

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