PSD tem viés pró-Dilma em 12 Estados
Da redação em 08/05/2011 09:21:32
Definido pelo prefeito Gilberto Kassab como "nem de direita nem de esquerda nem de centro", o PSD (Partido Social Democrático) nasce com claro viés pró-governo. Das 23 unidades da federação onde está formado, em 12 o comando é de aliados da presidente Dilma Rousseff. No mapa do DNA do novo partido, a Folha considerou "oposicionistas" as seções capitaneadas por notórios críticos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
São seis: São Paulo (Kassab e o vice-governador Guilherme Afif Domingos), Rio de Janeiro (Indio da Costa, ex-vice de José Serra), Santa Catarina (o governador Raimundo Colombo), Paraná (o ruralista Eduardo Sciarra), Tocantins (a senadora Kátia Abreu, presidente da CNA) e Goiás (Vilmar Rocha, secretário de Marconi Perillo).Mesmo nessas seções, os caciques preferem o rótulo de "independentes". "Eu sou identificado com a oposição, porque fui candidato a vice do Serra. Mas tudo o que eu defendi a Dilma está fazendo: privatização de aeroportos, defesa dos direitos humanos", diz Indio da Costa.
Ele segue: "O PSD é uma criança que ainda está na barriga da mãe. Não seremos do contra, como muita gente na oposição. O que for a favor do Brasil, apoiaremos." Há cinco Estados considerados "neutros", seja porque o comando está com não políticos -como em Minas, onde será presidido por um empresário-, seja porque ainda não está claro como os caciques vão se comportar.
VOTO "SIM"
Há quatro unidades, entre elas o DF, onde o PSD ainda não tomou corpo.Quando se analisa a bancada na Câmara -de 42 deputados, pela lista mais atualizada-, a orientação pró-Dilma é mais clara. Mesmo os dissidentes de partidos como DEM e PSDB aportam na sigla idealizada por Kassab com a disposição de votar a favor do governo.Na Bahia, por exemplo, os seis deputados que aderiram devem seguir a orientação do vice-governador Otto Alencar, ex-PP e aliado do governador Jaques Wagner.
O rol de neogovernistas inclui até um sobrinho de Antonio Carlos Magalhães, Paulo Magalhães. O PT baiano sempre se opôs ao carlismo. Na Paraíba, o líder do PSD será o vice-governador Rômulo Gouveia, que deixou o PSDB para ficar ao lado do governador Ricardo Coutinho (PSB) e de Dilma.Em Mato Grosso, o vice-governador Chico Daltro, ex-PP, comandará uma das maiores bancadas: um senador de saída do DEM e três federais, todos dispostos a rezar pela cartilha dilmista.
Para Kassab, a diversidade ideológica é natural nessa fase inicial do partido, cuja composição é heterogênea.
"O ano de afirmação do PSD, de sua consolidação, será 2018, quando já teremos passado por duas eleições e será possível fechar uma posição única", diz o prefeito.Para 2012 e 2014 vai vigorar a política de alianças, já que o partido não terá tempo de TV nem fundo partidário. A ordem na sucessão presidencial é clonar o PMDB: liberar as seções estaduais para apoiar a reeleição de Dilma ou o candidato do PSDB, sem fechar questão.Informações da Folha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário