sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Dilma x Serra: mutirão é 'remendo' neoliberal na saúde




Imaginem se em vez do programa "Minha Casa, Minha Vida" que deve contratar 1 milhão de residência até o fim do ano (e mais 2 milhões no PAC 2), virasse um programa de construção de casas por mutirão? Levaria décadas para chegar a 1 milhão de casas construídas.



Serra, no debate da Band, insistiu em mutirão de cirurgias como proposta para a saúde. Dilma respondeu que mutirão é ação emergencial, não é política estruturante.



Dilma está coberta de razão. Se as estatísticas de saúde mostram que existe uma demanda mensal por um tipo de cirurgia, então a rede pública precisa estar equipada para atender essa demanda, e não ficar contingenciando as cirurgias mês a mês, para acumular, e depois de 1 ou 2 anos fazer um mutirão para cobrir o déficit, como sugere Serra, em versão neoliberal para contingenciar as despesas com saúde.



Mutirões se justificam apenas para zerar o déficit do passado, mas jamais para planejar a demanda futura.



Como disse Dilma, o SUS precisa ser um sistema robusto, onde alguém com problema de visão, possa consultar o oftalmologista e, se diagnosticar necessidade de cirurgia de catarata, a rede do SUS deve estar pronta para operar em tempo hábil, sem deixar os pacientes na fila a espera de um mutirão.

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