Os dois mais fortes candidatos ao governo não pretendem falar em Pandora
Isabel Paz e
Natasha Dal Molin
isabel.paz@jornaldebrasilia.com.br
natasha.dalmolin@jornaldebrasilia.com.br
Um dos maiores esquemas de desvio de dinheiro público no GDF, denunciado na Operação Caixa de Pandora, não será tema abordado nos programas eleitorais dos dois principais candidatos ao Palácio do Buriti. Apesar de explorar a necessidade de mudança, a coligação Esperança Renovada, liderada pelo ex-governador Joaquim Roriz (PSC), não fará referência ao "Mensalão do DEM" nos sete minutos e quarenta e cinco segundos de tempo destinado para a propaganda eleitoral na televisão. Seu principal adversário, o petista Agnelo Queiroz, mantém comportamento semelhante e garante priorizar as propostas, diferente dos partidos menores que partirão para o ataque.
Perto de concluir o programa da chapa majoritária, que deverá ser veiculado a partir do dia 18 do próximo mês, os candidatos preparam o discurso. Na busca do voto, cada partido segue uma linha estratégica. "Fomos os primeiros a liderar os movimentos e vamos continuar com as denúncias", disse Toninho do PSOL, candidato ao governo.
Toninho garantiu que utilizará as duas inserções diárias que o partido dispõe para relembrar o episódio ao eleitor. "A população tem que saber que nas duas grandes coligações (Agnelo e Roriz) há pessoas que aparecem ou são citadas nas denúncias", disse. Ao avaliar se há vantagem em omitir o assunto, Paulo Kramer, cientista político e professor da Universidade de Brasília (UnB), sintetizou: "Não se fala em corda em casa de enforcado".
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