Durval Barbosa confirma suspeitas do Ministério Público
Lilian Tahan
Ana Maria Campos
Publicação: 01/05/2011 06:10 Atualização: 01/05/2011 06:14
Em um dos depoimentos que prestou à Polícia Federal, Durval Barbosa contou que Roberto Cortopassi esteve com o então governador José Roberto Arruda no primeiro semestre de 2009 para tratar de um empréstimo que fez com o Banco de Brasília, que tinha como objetivo reunir capital necessário para a construção do Residencial Monet, em Águas Claras. Cortopassi teria ido acompanhado de um amigo antigo de Arruda, Renato Malcotti, que no Inquérito nº 650 é considerado um lobista na engrenagem da corrupção descoberta pela Operação Caixa de Pandora.
Nesse encontro, Cortopassi disse a Arruda, segundo Durval, que conhecia vídeos em que ele aparecia recebendo dinheiro. Para o delator, foi uma tentativa de negociar favorecimentos. Durval contou que entregou os vídeos para Cláudia Marques, amiga de Deborah, que os apresentou à promotora.
Deborah Guerner foi denunciada pelo Ministério Público Federal por extorsão a José Roberto Arruda. Ela procurou o governador na Residência Oficial de Águas Claras e teria exigido dele R$ 2 milhões em troca de reserva sobre as gravações. Em um universo de crimes que vão desde falsidade ideológica, passando por fraude processual e extorsão, o aprofundamento das investigações sobre os interesses empresariais dos Guerner tem potencial para revelar uma trilha de crimes ainda mais extensa do que a já desvelada até agora.
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