GDF teria fraudado parecer sobre reajuste de passagem
Da redação em 06/05/2011 18:29:40
Dois pareceres técnicos do GDF – sobre o mesmo assunto, com a mesma data, e com redação semelhante, apenas os números são diferentes, 33 e 34 – podem ser vistos como uma tentativa de fraude do Estudo Tarifário da Secretaria de Transportes do DF. Ambos são de 23 de julho de 2010, e teriam sido solicitados pelo então governador, Rogério Rosso, para avaliar a necessidade de aumento das passagens das empresas permissionárias do sistema de transporte. A reportagem do Coletivo teve acesso a dois documentos, que possuem as três primeiras páginas idênticas. O cenário muda no fim da quarta página, quando aparece um simulado para o reajuste tarifário, tendo como relevante a Lei do Passe Livre.
O primeiro parecer mostra que, mesmo com a concessão do benefício, a passagem de ônibus poderia ter redução de 13,24%. No segundo simulado, com algumas alterações (previa que 1/3 da tarifa seria paga pelo estudante e 2/3 pelos passageiros pagantes), que poderiam ser efetuadas na legislação que beneficia estudantes, haveria queda de 10,33% no valor. As informações são do jornal Coletivo.
Já no parecer nº 34, a situação muda drasticamente e existia margem para elevação dos valores. No primeiro simulado, o aumento chegava a 7,94%, e no segundo, com a mudança na Lei do Passe Livre, o estudo permitiria reajuste tarifário de 11,57%.
Os dois pareceres informam que as “memórias dos resultados estariam anexadas ao processo 00980011898/2010. Tal documento mostrariam com detalhes os itens que fizeram parte do estudo. Porém, o processo teria “sumido dos arquivos do GDF”, conforme relatou uma fonte.
A equipe do Coletivo entrou em contato com o secretário de Transportes, José Walter Vazquez Filho, mas a assessoria informou que não ele não poderia atender a reportagem. O empresário Wagner Canhedo, presidente do Setransp, também não atendeu a reportagem.
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