Aylton Gomes teve bens bloqueados
Câmara Legislativa, TJDFT em 27/02/2011 às 10:14
Aylton
Do blog de Ana Maria Campos: O deputado Aylton Gomes (PR) teve os bens bloqueados por decisão do juiz Álvaro Ciarlini, da 2ª Vara de Fazenda Pública do DF. Trata-se de uma medida cautelar que tem como propósito a devolução aos cofres públicos de R$ 1.786.224, prejuízo supostamente causado pelo distrital pela participação no esquema de corrupção denunciado na Operação Caixa de Pandora. A ação é de autoria do Núcleo de Combate às Organizações Criminosas (NCOC) do Ministério Público do DF, como desdobramento na esfera cível das investigações que tramitam no inquérito 650, em curso no Superior Tribunal de Justiça (STJ), sobre o caso. Lá se discute o envolvimento em crimes. No Tribunal de Justiça do DF, o MP ajuiza ações de improbidade administrativa e de ressarcimento de recursos desviados de contratos públicos.
Aylton Gomes é acusado de cobrar mesada em troca de apoio ao governo de José Roberto Arruda. Ele é o sétimo político citado no esquema que ficou conhecido como “mensalão do DEM” a ter os bens bloqueados pelo juiz Álvaro Ciarlini, a pedido dos promotores do NCOC. Também estão nesta situação os ex-distritais Leonardo Prudente (sem partido), Eurides Brito (PMDB), Rogério Ulysses (PSB) e Júnior Brunelli (sem partido), além dos deputados Rôney Nemer (PMDB) e Benedito Domingos (PP).
O bloqueio inclui imóveis, veículos, aplicações financeiras e participação em empresas. No Natal do ano passado, Aylton Gomes ganhou na promoção do shopping Iguatemi um cinquecento, carro da Fiat avaliado em R$ 60 mil. Ele foi sorteado depois de comprar o terno da posse como distrital reeleito. Agora o carro novo não poderá ser vendido. Entra no bloqueio dos bens.
O deputado Aylton Gomes disse considerar injusta a medida decretada pela Justiça, já que nunca foi chamado para prestar depoimento. Ele afirma que não foi citado no inquérito da Polícia Federal sobre a Caixa de Pandora. De acordo com a assessoria do distrital, ele colocou todos os sigilos, bancário, fiscal e telefônico, à disposição, mas não teria sido usado nas investigações. O deputado avalia que essa é uma medida padrão do Tribunal de Justiça e aguarda a notificação oficial para se defender.
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