sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Dilma quer ex-presidentes como embaixadores especiais






Ex-presidentes, inclusive o atual senador Fernando Collor de Mello, recém-eleito para a presidência da Comissão de Relações Exteriores do Senado, poderão ser nomeados embaixadores especiais do Brasil para missões de importância no exterior, segundo proposta em análise pela presidente Dilma Rousseff. Ela se baseia na experiência dos Estados Unidos, onde ex-mandatários como o presidente Bill Clinton e Jimmy Carter têm atuado como emissário para assuntos no Haiti ou como observador em eleições latino-americanas.





O candidato mais evidente para receber uma missão próxima é o antecessor , Luiz Inácio Lula da Silva, que, segundo o Itamaraty, já atuou nos últimos dias em missões de diplomacia informal com governos africanos. Lula, ao deixar o governo, anunciou planos de constituir um instituto para tratar de questões relativas à pobreza e desenvolvimento na África e na América Latina e já se dispôs a procurar forças políticas africanas para pedir união em torno de programas para eliminação da pobreza.





A ideia de nomear ex-presidentes ainda é embrionária, como noticiou nesta semana o jornal "O Globo". Mas Dilma mostra simpatia pela ideia, e, no Planalto, já se mencionam os nomes de Lula, Collor e o presidente do senado, José Sarney, como possíveis enviados do governo em ações no exterior. O fato de Collor ter saído da presidência por um processo de impeachment aparentemente não o desqualifica para o Planalto, já que o político alagoano hoje é aliado do governo, e sancionado pelos demais senadores a ponto de ocupar uma comissão importante como a de Relações Exteriores, que também cuida de assuntos de Defesa Nacional.





Lula é apontado como um político com trânsito em todos os países africanos, que prestigiou durante sua presidência. Suas possíveis missões serviriam para levar aos governos africanos a experiência do Bolsa Família e de outros programas sociais bem sucedidos, de agricultura familiar. Em conversa ontem com o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, o ministro de Relações Exteriores, Antônio Patriota, conversou sobre a possível atuação de Lula com países africanos, na defesa da união das forças políticas em torno de programas sociais que podem ser apoiados pelo banco. Zoellick, segundo um assessor de patriota, incentivou o governo a buscar apoio de Lula nesse tipo de missão.Com informações do Valor Econômico

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