DISTRITO FEDERAL
CEB está atolada em uma dívida que chega a R$ 800 milhões
Da redação em 28/02/2011 12:17:51
A recuperação da Companhia Energética de Brasília (CEB) é um dos grandes desafios do governo de Agnelo Queiroz (PT). Atolada numa dívida que chega a R$ 800 milhões, a empresa que fatura R$ 1,8 bilhão por ano precisa encontrar uma equação econômico-financeira que a permita quitar compromissos herdados sem perder de vista a necessidade urgente de fazer investimentos para evitar apagões. À frente da empresa, o engenheiro Rubem Fonseca tem feito uma peregrinação em órgãos federais para buscar financiamentos que garantam o alongamento do pagamento da dívida por até 30 anos.
Parte dessa dívida decorre do aporte de recursos em investimentos da CEB Distribuição na geração de energia e em empreendimentos como a construção da usina de Corumbá IV. Há ainda o acúmulo de multas cobradas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), pela má prestação de serviços. Além disso, o presidente da CEB explica que havia uma relação promíscua entre os órgãos do próprio governo do Distrito Federal e a empresa. Obras e serviços eram requisitados sem que fossem remunerados. A dívida do próprio GDF com a CEB chega a R$ 2 milhões, mas agora vem sendo regularizada. “Há uma compreensão do governador Agnelo sobre esse quadro”, afirma Rubem Fonseca.
Apesar das adversidades, o contexto é favorável. Nesse momento crítico, a ajuda federal será fundamental. A expectativa é de que a presidente Dilma Rousseff, pela relação com o setor elétrico, tenha uma atenção especial à necessidade de reerguer a empresa na capital do país. No órgão fiscalizador, a CEB também tem um olhar especial. O diretor-geral da Aneel, Nelson Hubner, pertence aos quadros da empresa e integrou a diretoria no governo de Cristovam Buarque (1995-1998), quando a CEB era reconhecida pela excelência. Entre 1995 e 1996, Rubem Fonseca foi presidente da empresa, cargo que deixou para assumir a chefia de gabinete de Cristovam.
No coração do Palácio do Buriti, a CEB também tem um aliado. O secretário de Governo, Paulo Tadeu, é empregado da empresa e um dos responsáveis pela nomeação de Rubem Fonseca na presidência. Os dois se conheceram e construíram uma boa relação durante o governo Cristovam. Paulo Tadeu era diretor do Sindicato dos Urbanitários (STIU-DF), que representa empregados da CEB, e manteve grandes embates com a direção da empresa sob o comando de Rubem. Informações do Correio Braziliense
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