sábado, 19 de fevereiro de 2011

Deputada que falsificava selos de cigarros é acusada de crimes de formação de quadrilha, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro






O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu, na quinta-feira, denúncia contra a deputada federal Aline Correa (PP-SP), acusada de utilizar selos falsos de IPI na comercialização de cigarros. Ela responderá a ação penal na Suprema Corte, na condição de ré, pelo crime de utilização de papéis públicos falsificados.





Na denúncia, o Ministério Público Federal (MPF) também acusava a deputada pelos crimes de formação de quadrilha, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro. No entanto, os ministros só acolheram a acusação de utilização de papéis públicos falsificados.





De acordo com o documento, Aline Correa seria sócia de uma empresa que estaria envolvida na fabricação, distribuição e comercialização de cigarros. O que, segundo o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, seriam típicas características de instituições constituídas para encobrir atividades ilícitas.





A denúncia, que no Supremo tramita apenas contra a parlamentar, aponta que a empresa da deputada era proprietária de caminhões que foram apreendidos, mais de uma vez, com centenas de caixas de cigarros contendo milhares de maços, sempre com selos de IPI falsos. As apreensões aconteceram entre 1999 e 2002, em diversos Estados brasileiros.





O MP fez referência às mais de 300 mil laudas de documentos reunidos pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pirataria, da Câmara dos Deputados, instituída em maio de 2003 para investigar a pirataria de produtos industrializados e sonegação fiscal, principalmente o contrabando de cigarros no Brasil.

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