Necessidade de acalmar a base
Câmara Legislativa, GDF em 24/02/2011 às 15:55
Agnelo, distritais
O governador Agnelo Queiroz (PT) se reúne com os deputados distritais na próxima terça-feira (1º) em um café da manhã na residência oficial de Água Claras. O encontro será para estreitar relações. Desde 1 de janeiro, Agnelo ainda não conseguiu uma base sólida e unida no Legislativo. Entre correligionários, aliados históricos e aliados de última hora, a base de apoio ao governo vem variando de 11 a 22 deputados. O problema é que, nos momentos mais importantes para o Executivo, o número que vale é sempre o menor.
Uma explicação para o problema, segundo os distritais, seria a falta de comunicação entre governo e deputados. Boa parte dos parlamentares anda se queixando pelos corredores da Casa da atuação dos interlocutores do GDF - o líder de governo, Wasny de Roure (PT), e o coordenador de Relações Institucionais do governo, Wilmar Lacerda. Reclamam que os dois ainda não ocuparam seus espaços e, constantemente, são atropelados por outros governistas que acabam fazendo esse meio de campo entre os dois poderes. Para a base, a falta de um único interlocutor forte e com poder de negociação, tem sido a principal falha do atual governo.
A indefinição desses papéis, aliás, está criando saias-justas em toda a bancada do PT. Esta semana, os governistas foram pressionados pelos concursados da Saúde e Educação na luta para serem nomeados. Mas foi o líder do bloco PT-PRB, deputado Chico Vigilante, quem ligou para o secretário de Saúde, conversou sobre o problema e trouxe uma solução para os servidores (com nomeações prometida para os próximos dias).
Na manhã desta quinta-feira (24), na reunião com o secretário de Habitação, Geraldo Magela, novo momento constrangedor. Ao tentar confirmar com o líder do governo a realização do café da manhã com o governador, o presidente da Casa, deputado Patrício, ouviu uma provocação como resposta de Wasny: “Não sei, não é você o todopoderoso?”
O clima ruim com Patrício tem justificativa - nas reclamações pela falta de um interlocutor forte, o nome do presidente é seguidamente citado como opção para o diálogo. As menções a ele vêm criando um ambiente desconfortável na bancada e mesmo com o governo. Ao Wasny, nesta quinta, Patrício apenas respondeu: “Meu líder é você e eu sigo o que você mandar”.
Atualização: O encontro entre governador e distritais, que estava previsto para a manhã desta sexta-feira, foi cancelado. Será na próxima terça-feira.
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