Dilma, Mantega e Tombini mostram números e resultados na economia, contra a chiadeira do "mercado"
Na primeira reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) de seu governo, os principais temas foram sobre economia e reforma tributária.
A presidenta Dilma, o Ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central, Tombini, afirmaram que a inflação está sendo acompanhada com rédeas curtas, e que todas as medidas necessárias estão sendo tomadas, cada uma a seu tempo. Também reafirmaram o cuidado em preservar o crescimento econômico sustentável.
Mantega foi o primeiro a dizer que as medidas para conter a expansão do crédito e os cortes nos gastos do governo estão surtindo efeito. Informou que governo obteve um superávit primário de 9,1 bilhões de reais em março, acumulando 25,9 bilhões de reais no ano, o equivalente a 2,77 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).
"Os ajustes que governo está fazendo permitem o crescimento sustentável com inflação sob controle e solidez fiscal", disse Mantega, prevendo que o país cumprirá facilmente a meta de superávit primário em 2011, de 3 por cento do PIB.
Na mesma linha, Tombini falou que a inflação tem um componente global (quase todos os países estão com inflação acima do normal, devido ao aumento mundial das "commodities") e outro componente do mercado interno aquecido.
"A inflação brasileira reflete a inflação global elevada... mas também tem componentes locais", salientando a alta de preços no setor de serviços, "um reflexo do aquecimento da economia".
Na mesma linha de Mantega, ele defendeu as medidas que vêm sendo tomadas, ressalvando que tem por objetivo desacelerar o crescimento do crédito e não contrair o crédito.
Tombini mostrou que as medidas do governo para conter a entrada de dólares (IOF de 6% para aplicações inferiores a 2 anos) têm funcionado. Até o dia 20, o país registra um saldo positivo de apenas 133 milhões de dólares no mês, estancando a entrada no primeiro trimestre, superior a 35 bilhões de dólares.
Dilma foi enfática no compromisso de controlar a inflação sem perder de vista o crescimento econômico:
"O aumento da inflação vai exigir que o governo tenha atenção especial sobre suas fontes e causas... Não nos furtaremos a colocar em ação todas as medidas, e aí repito, todas as medidas que julgarmos necessárias e urgentes... Meu governo está diuturnamente e, até, noturnamente atento a todas as pressões inflacionárias, venham de onde vierem...
... Eu me preocupo com a questão do crescimento sustentado e do controle da inflação, simultaneamente. O que garante a estabilidade da inflação a longo prazo é o aumento do investimento e da capacidade produtiva, que vai permitir que o Brasil tenha, no futuro, uma inflação estável".
Referindo-se a histeria do mercado e da imprensa, sobre o assunto, a presidenta falou:
"Compreender a paixão que envolve o debate não pode significar para o governo aquecê-lo mais do que o necessário. Trataremos com seriedade e segurança e não nos furtaremos em colocar em ação todas as medidas que julgarmos necessárias e urgentes".
Dilma disse também que o governo federal dará sequência ao ajuste fiscal através de mecanismos que classificou de "não usuais" ao Brasil e prometeu dar sequência a medidas de reforma tributária:
"(São medidas) para agilizar devoluções de crédito, beneficiar micro e pequenas empresas, estimular exportações e investimentos, diminuir a guerra fiscal e aumentar os empregos formais", disse. (Com informações da Ag. Reuters)
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